Rodrigo Lago

Aniversário: 13/07
Profissão: Advogado

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O SENHOR DEPUTADO RODRIGO LAGO (sem revisão do orador) - Senhora Presidente, senhores deputados, senhoras deputadas, membros da imprensa, pessoas que nos acompanham pela TV Assembleia, membros dos movimentos sociais do campo, trabalhadores e trabalhadoras rurais, agricultores familiares, quebradeiras de coco, do meu estimado estado, meu querido estado do Maranhão. O que assistimos ontem, nessa Casa, foi um espetáculo de horrores, um espetáculo de horrores por quê? Como disse a deputada Iracema, nossa presidente, deputada Iracema, que tem uma ligação com os movimentos sociais do campo, eu devo reconhecer isso. Ela mesmo disse que a mãe dela participou de Marcha da Margarida, em Brasília, já várias vezes, mas isso me revolta a posição de ontem, desta Casa. E, minha presidente deputada Iracema, o que seria uma simples sessão solene se transformou em um marco para o Maranhão. Houve aqui, ontem, um silencioso grito de liberdade dos agricultores do Maranhão. O Regimento Interno desta Casa que, ontem, exigiram do presidente em exercício, o deputado Rodrigo Lago, que fosse cumprido rigorosamente. E assim eu fiz, assim apliquei o Regimento Interno, na minha interpretação. Fui vencido em um item, por recurso apresentado pelo deputado Neto Evangelista. Votação deste recurso do deputado Neto, com parecer favorável da CCJ, Comissão de Constituição e Justiça desta Casa. E exigiram de mim a aplicação do regimento. Uma votação, deputada Iracema, deputado Roberto Costa, que já estava concluída, encerrada. A votação estava concluída e encerrada, o requerimento aprovado. Eu cheguei a dizer da presidência desta Casa ao deputado Júlio que combinasse a data com a Mesa Diretora porque o requerimento já estava aprovado. O deputado Neto Evangelista articulou, o deputado Ricardo Seidel, representante do bolsonarismo na Região Tocantina, hoje aqui em exercício do mandato, gravou um vídeo nos corredores desta Casa e disse: “A articulação da direita venceu no parlamento estadual”. Meus parabéns àqueles que assim querem, mas o parlamentar ontem demonstrou a sua face e é essa face que eu tento mudar, que eu tento tirar, porque nós elegemos um governo formando uma frente ampla de centro-esquerda, dialogando com o centro. Nós não elegemos um governo da extrema direita. O seu governador, deputada Mical, o Lahesio Bonfim, perdeu. O seu presidente, Jair Messias Bolsonaro, o mesmo que tentou dar o golpe no nosso país e fechar este Parlamento, perdeu. Aliás, ele fugiu para os Estados Unidos, o presidente fujão, e é essa fuga da extrema direita, que o povo brasileiro decretou, é que a Casa está ressuscitando. E é isso que me revolta. O Regimento Interno que eu peço que seja cumprido é o mesmo que foi descumprido pela Casa para aprovar o que os movimentos sociais do campo chamaram de Lei da Grilagem. Dirão aqui, desta tribuna, se a homenagem, se a sessão for aprovada, dirão aqui da revolta desta Casa ter aprovado uma lei que permite a grilagem. As terras devolutas do estado, que eram reservadas apenas aos agricultores familiares, agora vão para os latifundiários. Não é isso que os movimentos desejam. De uma sessão solene a gente pode abdicar, mas não pode abdicar dos direitos que os trabalhadores rurais do Maranhão tinham e que agora perderam, por isso eu espero que o Supremo Tribunal Federal declare a inconstitucionalidade dessa lei. Isso será dito aqui da tribuna. Nesse dia, deputado Neto Evangelista, V. Ex.ª pode defender o bolsonarismo na Casa. Eu seguirei defendendo o presidente Luís Inácio Lula da Silva, os agricultores familiares e a esquerda brasileira, para isso que eu fui eleito e assim continuarei no exercício do meu mandato. Muito obrigado.