04/04/2024 - Pequeno Expediente Fernando Braide - Fernando Braide

Fernando Salim Braide

Aniversário: 04/11
Profissão: Empresário

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O SENHOR DEPUTADO FERNANDO BRAIDE (sem revisão do orador) - Bom dia, Presidente, bom dia aos colegas parlamentares, galeria, imprensa, quem está, de forma virtual também nos acompanhamos pelos canais da TV Assembleia. Assunto que me traz hoje à tribuna, já havia começado a falar, semana passada, sobre meu processo do TRE, processo do meu Partido, do PSC, que é acusado de fraude a cota de gênero, fraude essa que o Partido não cometeu e muito menos eu, o candidato o deputado Wellington também foi eleito pelo Partido, fui procurado por muitas pessoas, assim que foi a imprensa sobre a notícia da votação, foram perguntando o que foi que eu fiz, durante a campanha, para ser cassado, infelizmente, eu não fiz nada, meu Partido também não fez, mas é acusado por causa de duas candidatas, mas, infelizmente, quem paga o pacto são os deputados eleitos que não têm culpa de nada, mesmo que chegue a acontecer, no final das contas, o prejuízo ao Partido, mas quem devidamente teve o voto, que se elegeu é penalizado, isso para mim é um erro grave da Justiça do nosso País, que já cometeu erros, como esse no passado, inclusive, aqui do nosso Estado, com o ex-governador Jackson Lago, com quem tive o prazer de estar ao lado dele na campanha, campanha de 2006, meu pai que se elegeu deputado estadual pelo PDT, ele foi cassado pela Justiça e depois, a Justiça deu a cassação como inconstitucional. Então, isso é o que vem acontecendo também com a fraude a cota de gênero. A Justiça tem procurado uma forma errada de punir para poder ter ações afirmativas de inclusão às mulheres à política, mas eu venho aqui afirmar que está fazendo de forma errada e tenho certeza que, no futuro, a Justiça irá reconhecer e alterar esse entendimento, porque vem causando mais prejuízos do que benefícios. Nós estamos agora mesmo na reta final de filiação partidária e vai ficando cada vez mais difícil para as mulheres conquistarem mais espaço e para o cidadão comum poder participar da política, porque, quando chega no partido do jeito que estão atacando, do jeito que estão judicializando a política, o partido não quer mais botar um candidato qualquer, não quer dar mais a oportunidade ao cidadão comum para que ele entre na política, porque, afinal de contas, quem vai ser penalizado vão ser o partido e os eleitos. Então, acaba que é melhor não dar oportunidade ao cidadão comum, não dar oportunidade a qualquer mulher, porque, lá na frente, o partido vai ser penalizado, vai perder seus votos e, principalmente, os eleitos, os vereadores eleitos, os deputados eleitos, irão perder o mandato sem nada terem a ver com assunto. O que é que tem a ver o deputado que se elegeu, o vereador que se elegeu, se o partido mandou recurso ou não, se o partido deu a mesma oportunidade para as mulheres ou para os homens, os candidatos, menores ou não? Quem está simplesmente filiado e participando não tem gerência sobre nada. Inclusive foi uma fala da nossa presidente aqui numa entrevista que ela deu quando foi questionada sobre a fraude à cota de gênero. Precisa também participar e ter envolvimento na questão da punição, quando encontrada, da gerência partidária, porque a gerência partidária é que vai definir o recurso para onde vai o tempo de televisão, para onde vai se o candidato tem o registro de candidatura validada ou não, quem se filia ou não no partido. Os candidatos, muitas vezes, não conhecem os outros candidatos, principalmente numa eleição estadual, então, como é que quem está em São Luís vai conhecer os candidatos do sul, de Balsas, de Estreito, de Imperatriz ou vice-versa? Quem está em Caxias que vai conhecer quem está na outra ponta do nosso estado? Então, é preciso que a justiça reavalie essa questão da fraude à cota de gênero. São necessárias ações para que as mulheres participem mais da política, mas ações que ocorram de forma melhor, de forma realmente que venha a ser mais democrática e que se incluam mais pessoas, principalmente para que o cidadão comum possa ter mais oportunidade efetiva de se eleger e não dessa forma que está sendo feita. E como volto a reforçar, temos que ter muito cuidado com a judicialização da política. Foi matéria também do jornal O Globo, no final de 2023, sobre o que a fraude de gênero vem acarretando na questão partidária, na questão de oportunidade política do nosso país. Presidente, eu tenho até mais para falar, mas como o tema já se esgotou, logo após a Ordem do Dia, eu continuo o discurso. Obrigado.