11/04/2024 - Pequeno Expediente Rildo Amaral - Rildo Amaral


Aniversário: 22/05
Profissão: Professor

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O SENHOR DEPUTADO RILDO AMARAL (sem revisão do orador) - Senhores Deputados e Deputadas, especialmente a nossa Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão. Senhora Presidente, a cidade de Imperatriz há muito reclama da segurança pública. Má segurança pública, Deputado Lula, é uma série de fatores. E hoje o jornal O Progresso, Major Bruno, o nosso Diário Imperatrizense traz a seguinte matéria de capa: “Investigado por cometer homicídios em Imperatriz morre em confronto com a polícia”. Esse que morreu em confronto com a polícia se trata do Bruno, que por acaso leva o seu nome. Mas esse Bruno aqui é o Bruno do mal, conhecido como Venezuela. O Venezuela, Deputado Arnaldo Melo, era considerado, até o dia de ontem, o subcomandante de uma facção criminosa no estado do Maranhão, um homem sem qualquer escrúpulo. Ele, muitas vezes, Deputado Júlio e Deputado Othelino, para satisfazer a sua sede por sangue, além dos crimes que ele mesmo cometia, quando ele não poderia cometê-los, ele fazia questão de assistir ao vivo todos os crimes que ele ordenava nessa facção. Ele ordenava os crimes na cidade de Imperatriz e na região tocantina e, muitas vezes, de moto os executores iam ali fazer o crime e, quando não estavam de posse do celular, ele assistindo quando ele estava preso, as pessoas estavam ali ao vivo como se fosse um videogame ao vivo. E no trabalho da Polícia Militar, destaco aqui o Coronel Paulo, comandante da Polícia Militar, o Secretário de Segurança Maurício e esses comandados pelo Governador Carlos Brandão. E dar destaque aqui também para o nosso Tenente Coronel Sampaio, lá de Imperatriz, junto com o Serviço de Inteligência, junto com a Polícia Federal, junto com a Polícia Civil do estado do Tocantins, monitorando esse elemento há mais de 60 dias. Mas o mais incrível disso é que, há menos de 60 dias, Deputado Jota Pinto, esse elemento estava preso. E eu não sei quem soltou um elemento que, desde setembro, cometia, em Imperatriz, vários assassinatos, que ele fazia questão de assistir, Deputado Wellington. E eu fiz questão de nem saber quem soltou esse rapaz. Mas, como eu disse, no início da fala, segurança pública não é só prender. E no combo da segurança pública, além da indignação da sociedade imperatrizense, além da polícia estar prendendo, além do monitoramento da segurança pública, tem outro fator: a justiça. E no dia 9 de março, esse Bruno e mais três elementos da laia dele foram postos no sistema máximo de monitoramento dentro do setor prisional maranhense, onde todos estavam isolados. Menos de 10 dias depois, como prêmio, a justiça liberou e soltou esse rapaz. E antes de ontem, ele foi para a prisão eterna e para a prisão perpétua, de lá não vai mais sair e, graças a Deus, está lá preso para sempre. Acusado de vários e em séries homicídios na cidade de Imperatriz, onde nos últimos dias, em insana decisão, ele ordenava que atirassem onde estivessem crianças. E numa cena muito forte, há menos de 20 dias, onde tinha uma criança de quatro anos tentando entrar em casa, várias pessoas correram, eles atiraram numa criança de quatro anos. Por nada, uma criança! Dois dias antes, atiraram também numa criança de 15 anos. Quando meu irmão foi ao hospital e perguntou para ele, em quem o tiro pegou nas costas e saiu na frente: “O meu filho estava fazendo o quê?”. “Não. Estava brincando com outras de criança de cinco, seis anos”. Para atormentar a sociedade, essa era a prática dele, de atormentar, de criar problemas. Para ele, o melhor era assistir. Ele tinha que assistir a tudo isso acontecer. E nesse combo de segurança pública, além da indignação da sociedade, que é essa indignação que eu trago agora, que é a indignação do setor público, que é a indignação que levou o secretário, o governador, o tenente-coronel Sampaio, o coronel Paulo, que me traz aqui agora, mas nós precisamos também que o setor judicial, que juízes e desembargadores tenham muito cuidado com suas decisões. Inclusive, sugiro que esta Casa estude e sugira ao Tribunal de Justiça que coloque nos processos, quando for caso de faccionados, na capa do processo, a letra F em destaque, para dizer que é faccionado. Se for faccionado, líder, como era o Bruno, vulgo Venezuela, bota um F e um L, que é líder de facção. Era o subcomandante de uma grande facção no Maranhão, acusado de mais de 14 assassinatos, só na cidade de Imperatriz, mas, menos de 10 dias depois de ser isolado pela segurança pública do Maranhão, ganhou de presente a liberdade. Viva o Maranhão. Viva a liberdade!