Discurso - download do áudio

O SENHOR DEPUTADO RAIMUNDO CUTRIM (sem revisão do orador) - Bom dia, senhores deputados, Senhor Presidente, imprensa, internautas. Senhor Presidente, ontem, eu falava aqui nesta Casa, acerca do caso que ficou emblemático, no Maranhão, sobre os meninos emasculados. É uma história muito grande, se eu fosse falar de toda a investigação, com certeza, em duas ou três horas talvez ainda fosse muito curto o tempo. Foi uma história longa, como eu disse ontem, aqui no Maranhão, foram trinta crianças e adolescentes que foram mortos, emasculados pelo Francisco das Chagas, e, lá no Pará, foram 14. E eu dizia também que foram muitas pessoas indiciadas, condenadas, tanto aqui como no Pará. Eu lembro que, lá em Porto Franco, tem um médico conhecido e ele foi preso pela Justiça do Pará, onde aquela pessoa ali, acabaram com a vida dele, evidentemente, foi preso muitos anos e eu acredito que até em 1993, quando foram todos os fatos esclarecidos, para 1994, não sei se ainda ele estava preso. No Maranhão também, havia muitas prisões decretadas, pessoas foragidas, condenados, com penas com mais de 19 anos, e alguns inquéritos também que sequer foram abertos e que, naquela época, como eu disse, a polícia, nós implantamos a numeração do inquérito, a partir de 1998. Em 1997, até 1997, a Polícia Civil não tinha a numeração do inquérito e, a partir na realidade de 1999 para 2000, eu determinei naquela época que, a partir do dia 1ª de janeiro, os inquéritos por delegacia começassem com o número 1 e terminariam, após o dia 31 de dezembro, os inquéritos daquele ano, aí é que também não tinha corregedoria, não tinha quem fiscalizasse os inquéritos, então se o delegado pegava e ouvia uma declaração ficava na gaveta, se ninguém solicitava ficava ali e assim que funcionava. Mas, ontem, eu falava que eu queria retificar, que eu disse com relação a Corumbá, que foi o Doutor Afonso foi quem presidiu o inquérito, e Doutor Afonso é um delegado experiente, tem um grande serviço prestado para o Maranhão, foi Secretário de Segurança, deu sua parcela de contribuição e continua prestando grandes serviços ao Estado Maranhão, tendo em vista que ele é paraense, mas adotou o Maranhão como sua terra Natal. Mas, na realidade, quem presidiu esse inquérito foi o Doutor Sidonis que, ontem, eu terminei confundindo, mas o Doutor Sidonis é um delegado, eu acredito que ele está aqui, que faz muito tempo que eu não tenho contato. Um grande delegado que trabalhou também no sistema penitenciário, trabalhou em São Bento. E ele foi que presidiu esse inquérito do Corumbá, que foi julgado agora recente. E ele fez um grande trabalho, fez toda a investigação. Foi lá em Barreirinhas , foi em Goiás. Então o Dr. Sidonis foi o presidente desse inquérito e foi também o responsável por todo esse belíssimo trabalho que ocasionou, por meio da investigação, na prisão do Corumbá, que também que já havia assassinado diversas pessoas. Era um serial killer menor. O Chaga foi o maior do Brasil. Então foi um dos grandes trabalhos feito pelo sistema de segurança pública do Estado do Maranhão. E todos esses trabalhos grandes foram auxiliados pela perícia. Eu comungo com uma perícia séria, de qualidade, transparente. E hoje a perícia... Nós, naquela época, compramos um comparador balístico que eu acredito que o Maranhão foi o primeiro ou o segundo estado a comprar esse equipamento. Então nós comungamos que as perícias, não só a do Maranhão, mas vai ter que ser bem estruturada. Para que haja boa investigação, um bom inquérito policial , um bom procedimento para o pessoal, nós precisamos de quê? De peritos qualificados para que possa dar robustez nos inquéritos policiais para que, na justiça, o Ministério Público possa fazer uma denúncia com segurança e o juiz possa dar uma sentença ou absolvição também com segurança. Era só isso, Senhor Presidente.