Discurso - download do áudio

O SENHOR DEPUTADO YGLÉSIO MOISES (sem revisão do orador) – Bom dia a todos e a todas, eu subo a esta tribuna para falar muito rapidamente sobre a questão da Covid-19 nas eleições. Ontem, nós tivemos o relato pela imprensa, que um candidato testou positivo para a Covid-19. E isso nos faz a reflexão de que é necessário, de fato, levar a questão das aglomerações nos bairros, nas ruas, como uma coisa séria. Isso não é brincadeira, mesmo. Nós que estamos fazendo campanha hoje, Pastor Ribinha, nós precisamos ter cuidado com a cidade, quem se propõe a ser prefeito de uma cidade como São Luís, não pode dar hoje a possibilidade do sistema de saúde voltar a ser sobrecarregado. E essa possibilidade é real. Ela é real porque a Covid19 é uma doença extremamente transmissível, e nós começamos a baixar a guarda. Quantas pessoas estão alcoolizando mão ainda durante o dia? Quantas pessoas estão tendo cuidado com abraço nessas passagens pela rua? É muito sedutor para todo candidato a oportunidade de aglomerar, de colocar gente, de demonstrar apoio popular, de mostrar força nesta caminhada, mas nós estamos num momento em que isso é perigoso. Imagina o candidato que estava testando positivo para Covid-19, ele está fazendo uma caminhada no Coroadinho, ele abraça 50 pessoas, aperta mão de 100 pessoas ali, gera possibilidade de um novo foco de infecção. À tarde, ele está na Vila Esperança; à noite, ele está fazendo uma reunião abraçado com as pessoas no Sacavém. Um candidato, hoje, nestas condições, perspectivas, ele é potencialmente vetor da doença. E isso é uma coisa que nós temos que ter muito cuidado. Aglomeração, neste momento, gerar aglomeração é ser irresponsável com a saúde da cidade que você quer administrar. Nós temos, hoje, meios virtuais para que a mensagem chegue. Nós temos a possibilidade de aparecer nos debates e, paradoxalmente, alguns candidatos estão se furtando de comparecer aos debates, que é quando a população pode fazer a comparação entre um e outro de uma maneira muito clara das ideias, das propostas, do que não é ensaiado pelo marketing eleitoral. Nós precisamos fazer com que a população conheças as ideias, não que a população esteja sendo submetida a possibilidade de uma doença. Quem causa a aglomeração é a vontade do candidato demonstrar força perante o eleitor. E muitas vezes é uma demonstração de força que vem às custas de um investimento, 20, 30 reais, 40 reais para colocar uma pessoa ali na caminhada. Eu não entendo por que as pessoas ainda estão fazendo bandeiraço, dentro da cidade de São Luís, em um momento como esse, submetendo pessoas que geralmente têm uma renda muito baixa, a uma exposição, muitas vezes, vexatória, debaixo de sol quente, quando a gente pode utilizar o meio virtual, o adesivo veicular, tem outras formas da gente fazer a campanha, que a gente exponha de uma maneira menos vexatória a nossa gente e, principalmente, que a gente respeite a saúde das pessoas. Eram essas as palavras, Senhor Presidente, muito obrigado.