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A SENHORA DEPUTADA DRA. HELENA DUAILIBE (sem revisão da oradora) – Senhor Presidente, colegas deputados, imprensa falada e escrita, funcionários desta Casa. Nesta manhã, eu quero retratar uma experiência exitosa E falar de uma mulher que nos honra e também de um fato que ainda hoje estamos vivendo, que é a violência contra a mulher, que é a questão que aconteceu com a Mariana. Falando inicialmente da mulher que nos honra, dei entrada no requerimento para homenagear essa mulher que se chama Admée Duailibe. Admée, no dia 30, completou 90 anos, nasceu em Rio Bonito, no Rio de Janeiro, vindo criança para o Maranhão. Durante os anos que aqui viveu a sua vida, sua infância, a sua adolescência e agora vive a sua velhice, tanto amor dedicado à nossa terra. Aos 40 anos, ela fez turismo e hotelaria e, dos 72 aos 79 anos, tornou-se professora universitária. Que exemplo! Foi tema de escola de samba, sendo famosa por seus dotes culinários que fazem parte da história gastronômica da nossa cidade. Sua fama se estendeu de tal forma que ela chegou a apresentar um programa de TV de culinária e, posteriormente, encantou figuras como a apresentadora Ana Maria Braga. Admée é autora de quatro livros com várias receitas e fotos do renomado Edgar Rocha. Fundou a Escola Cozinhart, que esteve em funcionamento por mais de 30 anos e existe até os dias de hoje. Ela deu esse exemplo de empreendedorismo e foi sempre uma mulher de visão. O livro Receitas Deliciosas foi um dos mais famosos, no qual Admée ensina o ABC para quem não entende nada de cozinha. O trabalho beneficente também é algo muito presente na vida de Admée. Ela é presidente da Sociedade Beneficente Feminina Libanesa, também integrou a Associação de Pais e Amigos (Apae) e foi a responsável por fundar a Sociedade Pestalozzi no Maranhão que também trabalha com crianças especiais. Admée é amada pelos oito filhos, pelos 18 netos, 20 bisnetos e uma tataraneta, além de toda família Duailibe e de uma legião de amigos que a amam e admiram como uma história de vida escrita com muitos anos de amor ao próximo. Mas não temos só coisas boas para falar, temos coisas que nos indignam. Quando a gente pensa que avança em relação à Lei Maria da Penha, em tantas conquistas que já foram feitas para colocar a mulher em seu lugar, nós vemos aqui casos como o de ontem. Então, eu venho aqui me solidarizar com o caso da jovem Mari Ferrer. Infelizmente, o que aconteceu com Mariana acontece todos os dias com centenas de mulheres. É necessário que a justiça seja feita, não existe estrupo culposo. A forma como Mariana foi humilhada perante o juiz é inaceitável. É preciso que as autoridades revejam essa situação e façam algo em prol de Mariana. Quero deixar registrado, mais uma vez, que a Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa do Maranhão está de portas abertas a todas as mulheres que sentirem a necessidade de nos procurar. Procuraremos sempre buscar justiça para as mulheres que de alguma forma sofrem violência, sendo física ou verbal. É isso que faz com que as mulheres fiquem com medo de denunciar! Elas já têm a dificuldade para denunciar e, quando denunciam, são humilhadas de forma brutal. O nosso repúdio, a nossa indignação. Queremos justiça para Mariana. Muito obrigada.