03/02/2021 - Pequeno Expediente Dr. Yglésio Yglésio Moyses

Yglésio Moyses

Aniversário: 19/09
Profissão: Médico

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O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) - Bom dia a todos, bom dia a todas. Senhor Presidente, eu subo a esta tribuna para trazer alguns assuntos. O primeiro deles foi uma nota de alerta à população do Estado do Maranhão em decorrência do aumento das internações e mortes por Covid-19. É claro e evidente que, de acordo com os últimos eventos, principalmente os acontecidos em Manaus, houve a criação de um clima de pânico e de histeria em vários estados do Brasil, incluindo obviamente o Maranhão. Fomos surpreendidos ontem por uma notícia de uma ação proposta por uma defensora pública e mais dois defensores, um deles inclusive da Raposa, pedindo um lockdown em todo o estado do Maranhão. A primeira coisa que a gente precisa verificar é a existência dos números. A SES, há vários dias, não registra taxas, números maiores do que 100 casos por dia em todo o Maranhão. Isso tem sido muito evidente, porém uma coisa tem que ser dita com verdade: aumentou bastante o número de internações. E aí a defensora, que há bastante tempo não estava no Maranhão, voltou com uma provável sede de mostrar serviço, espera-se que sim, que tenha sido essa a única motivação dela, protocolou uma ação com base em números que são equivocados. Ela utilizou a quantidade percentual de ocupação de leitos no estado, ora, ela pegou e disse: ah! Estamos com 78/80% dos leitos de UTI, leitos clínicos, ocupados por Covid-19, então é hora de lockdown. Senhoras e senhores, o que aconteceu no período foi que os leitos, durante o período crítico da pandemia até o momento, foram reduzidos, e com toda a razão, por quê? Porque a Covid-19 reduziu. Quando acontece isso, você utiliza parte dos leitos que estavam disponíveis apenas para Covid para tratamento de outras doenças: os AVCs, os problemas cardiovasculares em geral, as cirurgias eletivas que por muito tempo foram suspensas. Todas as unidades ficaram dedicadas à covid. E como todas as unidades ficaram dedicadas à covid houve um atendimento eficaz. Claro, o sistema agora precisa de reorganização, a população precisa, todos nós, e eu me incluo, colaborar também com o uso de máscaras, evitar aglomerações, mas aí a gente não pode chegar e pensar numa situação de decretação de lockdown, de maneira irresponsável, chega de fazer isso por canetada de juiz. Na última vez, o juiz da Vara de Interesses Coletivos e Difusos, ele deu a decisão em favor do lockdown. Dessa vez, ele teve uma atitude muito correta, que foi enviar para Secretaria de Saúde, que tem os números, um requerimento pedindo informações, inclusive para saber se, de fato, é necessário, até porque o Poder Judiciário não é responsável por medida de saúde coletiva de amplo espectro. Portanto, decisão acertada do juiz, e a petição da prezada defensora, completamente inepta, baseada em premissas falsas, em dados relativizados que não mostram a totalidade dos leitos do estado. Isso que dá quando a gente quer fazer interferência em função de saúde quando não tem expertise em saúde. Da mesma forma, em relação a isso, eu não poderia deixar de relatar a ação catastrófica do promotor Cláudio Guimarães, do controle externo da atividade policial. Claro, ele tem feito operações que são válidas no sentido de coibir aglomerações, mas a forma que tem sido feita, ele chegou no final de semana e subiu num palco para ameaçar todo mundo de prisão, lá no Quarteto Bar, aqui na área mais elitizada da cidade. Acontece que quando ele foi para os bairros periféricos, ele permitiu uma ação truculenta da Polícia Civil que acompanhava a operação. O policial por várias vezes ameaçou de prisão por desacato e de levar para Pedrinhas, um dono de bar que estava bêbado, sentado. Como é que você utiliza a lei e mente descaradamente dizendo que vai levar para Pedrinhas, alguém por crime de desacato que só precisa ir à delegacia assinar um TCO. Desacato cada vez mais caminha para ser um crime não tipificável. Isso tem que acabar, porque tem sido apenas um foco de abuso de autoridade. E se ele está fazendo controle externo da atividade policial, não é para ele silenciar, quando houver violações aos direitos das pessoas. Quer efetuar a prisão? Efetue a prisão, não fique se trocando com o cidadão que está bêbado, não haja com truculência, não faça falsa leitura da lei. Isso não pode acontecer, Cláudio Guimarães já vem há muito tempo agindo como se ele fosse xerife de São Luís. E nós não vamos permitir. A Promotoria que faz o controle de atividade policial, ela tem que verificar o bom andamento do cumprimento da atividade policial, não achar que ele é prefeito, que ele é governador do Maranhão, e que ele tem o poder de fechar as festas em São Luís, tem que fazer cumprir a lei, sim, mas de maneira republicana, democrática, chega desse xerifismo, aqui no Maranhão, ninguém aguenta mais. Promotor de festa vive ameaçado, o promotor não é para estar ameaçando ninguém, não é para subir em palco e dizer que vai colocar algema nas pessoas. Isso não pode acontecer. E outra coisa, é a situação da polícia que, infelizmente, nos últimos tempos tem acumulado erros que tem manchado o brilho da corporação. Pelo amor de Deus! Tem muito rumo a história de um perito da Polícia Civil ter sido morto pelo serviço velado da PM, por engano, Deputado Rildo, quer dizer, polícia matando polícia. No outro dia, teve um atropelamento, que a gente sabe que isso aí foi uma fatalidade, durante uma operação em que uma moto com um policial caiu e a van passou por cima. Infelizmente foi a óbito, e a gente lamenta muito pela família. Lamentamos pela morte do coronel também no final de semana, isso é uma tristeza grande para a Polícia Militar. Eu sei que, de fato, as coisas estão muito desorganizadas. Esse comando do Coronel Pedro Ribeiro precisa de um rumo. Secretário Jefferson, peço que intervenha de fato na Polícia Militar, porque o comando precisa de um rumo, a corporação clama, está perdida. Hoje, a cada dia, infelizmente com tantas pessoas valorosas na corporação, notícia negativa atrás de notícia negativa, e é isso que a gente não pode admitir aqui no Maranhão. Quanto à Covid-19, nós seguimos vigilantes, efetuando fiscalizações na Ilha de São Luís, recebendo sempre denúncias do estado do Maranhão inteiro em relação a possíveis irregularidades no fluxo de vacinação. Eram essas as palavras. Agradeço a oportunidade.

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