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O SENHOR DEPUTADO FÁBIO BRAGA (sem revisão do orador) – Senhores deputados, senhoras deputadas, Presidente Cleide Coutinho, todos que nos ouvem e nos assistem pela Rádio e TV Assembleia. O que me traz, hoje, aqui é mais um levantamento feito do ano passado da questão de produção de grãos no estado do Maranhão. Nós batemos, nos últimos quatro anos consecutivos, recorde em produção de grãos. E isso é motivo de comemoração para o estado do Maranhão, para a região Matopiba, para o Brasil. No momento em que passamos por dificuldades com a pandemia e em que muitas casas estão carecendo de comida, a produção de grãos cada vez crescente é sinônimo de que não faltará também comida à mesa de milhões e milhões da população no mundo inteiro. Mas, também, traz uma preocupação. Eu, ano após ano, venho a essa tribuna lamentar, esclarecer, fomentar, alardear a dificuldade que é aos produtores do sul do estado do Maranhão, principalmente na minha querida Tasso Fragoso e Alto Parnaíba, na região produtora de grãos do Matopiba, na região do Sul, na região de Balsas. E isso eu faço porque a MA-006 se encontra, mais uma vez, em situação muito precária. Não entendo como nosso Estado, como nosso país deixa um sofrimento muito grande a uma população daquela região, uma região produtora de grãos, região que se localiza no extremo do estado do Maranhão e que interliga e vai melhorar essa interligação com a região do Piauí e a região da Bahia através da ponte que está sendo construída na cidade de Alto Parnaíba com a divisa de Santa Filomena no estado do Piauí. Alto Parnaíba no Maranhão, Santa Filomena no Piauí. E isso faz com que a gente tenha uma reflexão. Nós sabemos que a produção de grãos a produção de arroz, a produção de feijão de uma série de produtos depende, necessariamente, dessa produção de grãos. Eu entendo que muita gente me pergunta se essa produção aumenta a receita do Estado do Maranhão. Nós temos uma questão tributária que faz com que o Estado não arrecade tanto, mas temos uma série de outras facilidades que, com que essa produção de grãos, a gente consiga fazer uma atração maior de investimento no Estado do Maranhão. Eu tenho conversado e muito com o Secretário de Indústria e Comércio e Energia, o Secretário Simplício Araújo, que é muito sensível no entendimento dele, um batalhador nessa atração de recursos para o Estado do Maranhão de novas empresas. E ele entende que essa produção, ano após ano, esse crescimento, vai atrair novas empresas no setor alimentício. Ninguém produz numa área que não se possa trazer empresas que possam beneficiar aquela produção. Outra coisa que o Secretário Simplício tem me falado é a questão da ampliação do polo de aves, principalmente na região nossa. O Deputado Wendell, que está aqui, Wendell Lages é da região de Itapecuru, Vargem Grande, Coroatá, que tem, ano após anos, aumentado a quantidade de aves naquela região, no que se imagina ser, hoje, uma dos maiores polos avícolas do estado do Maranhão, e também a suinocultura, a caprinocultura, a criação de peixes, todas dependem dos grãos para alimentar os animais. Então essa disponibilidade cada vez de ampliação da área de cultivo cria, nesses produtores, um investimento cada vez maior e fazendo com que essas empresas ampliem, aumentando, cada vez mais, a mão de obra local, os investimentos locais e fazendo com que a implantação de novas agroindústria, processamento de óleo e produtos de soja, milho se mantenham na nossa região, tendo emprego e melhorando a receita dessas cidades. Eu elencaria, mais ainda, que boa parte dessa produção, que escoada pelo Porto do Itaqui, tem uma dificuldade imensa. Eu lembro que as pessoas perguntam qual é essa dificuldade rodoviária. Primeiro: estradas precárias, com dificuldades de acesso, as rodovias em péssimo estado. E, hoje, nós temos que discutir. Já, há pelo menos dois ou três séculos, os Estados Unidos mantêm uma rede ferroviária, cortando de norte a sul dos Estados do Unidos e leste a oeste e fazendo com que a produção de grãos deles seja escoada com uma facilidade imensa a um custo muito pequeno. Nós temos aqui, no Maranhão, a ferrovia Transnordestina, que corta o Maranhão ao Piauí até o Ceará. E temos a ferrovia da Vale, que vai até Estreito, atravessando hoje, nós temos a Norte Sul, que vai a complementação pelo Centro Oeste maranhense e boa parte dela não tem tido a serventia que seria o escoamento da produção de grãos. Eu entendo que nós temos que discutir nessa Casa, fazer dessa Casa o momento de maior discussão de como vamos lidar com o futuro do Maranhão, com essa produção cada vez crescente de grãos, tanto do Norte e da minha região: da região de São Benedito do Rio Preto, Chapadinha, Anapurus, Mata Roma, Urbano Santos, Santa Quitéria, São Bernardo; e na região Sul do Maranhão: na Região de Balsas, Tasso Fragoso, Loreto, São Félix de Balsas, Riachão; indo até a região que faz com que essa interligação ao Porto do Itaqui faça o melhor escoamento da produção. Eu entendo que o Maranhão só será grande se o povo for mantido na sua região, produzindo na sua região e acima de tudo tendo um povo que tenha cada vez mais receita aos municípios. Nos últimos levantamentos das duas cidades do Maranhão que tiveram o melhor Produto Interno Bruto foram as cidades de Balsas e Tasso Fragoso, Tasso Fragoso é uma cidade com poucos habitantes e Balsas já é uma cidade que aumenta a cada ano o porte, se tornando uma das referências das cidades do Estado do Maranhão. Eu quero aqui, nesse momento, dizer da minha intranquilidade junto com os milhares e milhares de produtores no Estado do Maranhão com a preocupação de se cada vez mais ter essa preocupação com as estradas e com a ferrovias do Maranhão e que essa Casa, Assembleia Legislativa, é o local principal de discussão para que se possa criar um ambiente para se discutir e propagar a ideia de que temos que ter um novo ambiente no estado do Maranhão com ferrovias e estradas de qualidade.