03/03/2021 - Pequeno Expediente Dr. Yglésio Yglésio Moyses

Yglésio Moyses

Aniversário: 19/09
Profissão: Médico

Discurso - download do áudio



O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – Senhoras e Senhores, muito bom dia! Trago a esta tribuna alguns assuntos que têm sido trazidos de maneira recorrente, mas que não perdem a sua relevância, até pelo fato de haver uma necessidade de uma continuidade das ações não apenas subir aqui para fazer informes. Nós recebemos ontem uma comissão de produtores culturais, de músicos, no nosso gabinete. Uma reunião muito longa. A verdade é que há uma iminência de uma medida restritiva bem intensa hoje por parte do Governador Flávio Dino, agora às 10h30. A gente sabe que o setor de entretenimento tem sido penalizado de maneira recorrente aqui no Maranhão. As pessoas muitas vezes se esquecem do ônibus lotado, as pessoas se esquecem do supermercado, sem qualquer tipo de organização, pela capacidade de pagamento de ICMS, dentro do Estado, as pessoas se esquecem da Rua Grande, que muitas vezes não obedece ao mínimo padrão organizacional, do ponto de vista das aglomerações. As pessoas não se lembram dos grandes comércios, as pessoas se esquecem dos pequenos empresários, as pessoas se esquecem dos produtores culturais, mas, principalmente, dos músicos, da grande maioria que trabalha sem saber o que vão ganhar hoje ou amanhã para sustentar a sua família. Lamentavelmente, as ações, do ponto de vista do Poder Público, em todas as esferas, têm sido insuficientes, desde a Lei Aldir Blanc quanto ao lançamento dos editais, quanto ao auxílio emergencial também aqui em São Luís, os critérios não têm sido claros, eles dão margem, inclusive à utilização dos recursos, por pessoas que não são músicos, que não dependem da música do setor cultural. Ano passado, por exemplo, a Prefeitura de São Luís não empenhou os recursos da Lei Aldir Blanc, devolveu os recursos, porque o Secretário estava muito preocupado fazendo a eleição do filho Vereador de São Luís e a classe artística ficou à míngua da forma que hoje também continua sem perspectiva. A grande verdade é que muito provavelmente em abril e março, março e abril, nós vamos ter como sempre o músico como bode expiatório da situação. A gente espera que hoje seja feito uma organização, de fato, com medidas restritivas sérias que consigam de uma maneira legítima, trazer um impacto do ponto de vista da crescente curva da covid-19 no Maranhão. E por falar em covid-19, eu volto a trazer a esta Casa a fala necessária e em defesa do retorno do Hospital de Campanha de São Luís, neste momento, não daqui a duas semanas, não com o fechamento das atividades no serviço público, a partir do dia 08, por quê? Porque, em covid-19, quando a gente pensa que está cedo, é o momento. Quando a gente acha que é a hora, nós já perdemos o time, o tempo já passou e a gente tem como resultado o caos que está instalado aqui no município de São Luís já e que não se enganem, vai chegar a todo o Maranhão, porque as prefeituras não fizeram a sua parte. Agora pela manhã, a gente tem notícia de Imperatriz, Operação Recôndito da Polícia Federal, está lá busca e apreensão, um monte de mandados de busca e apreensão na Prefeitura de Imperatriz, na Secretaria de Saúde, suspeita de fraude. Ontem foi em Pinheiro, ou seja, as prefeituras do Maranhão, todas sendo praticamente investigadas por conta de roubalheiras descaradas de recursos de covid-19. Cadê esse dinheiro todo que veio para essas prefeituras? Cadê os equipamentos? Cadê os testes, Deputado Arnaldo Melo? Aqui nessas prefeituras do Maranhão? A população de novo paga o preço, o ambulante, o pequeno comerciante, o músico, o professor, que ganha por hora/aula, o pai de família que não vai ter faturamento, vem chumbo pesado por aí. Para fazer a doença estancar, vai ter que fazer restrição mais séria, por quê? Por que não se prepara o sistema de saúde, não se utiliza gasto de comunicação com propaganda institucional. Quantos anúncios patrocinados a comunicação institucional pública está fazendo para orientar a população, para tranquilizar a população? Nenhum. Quantos horários comerciais dos sistemas de TV com alta audiência aqui no Maranhão têm sido utilizados de maneira rotineira para informar a população? Quase nenhum. Gasto com propaganda de alto promoção tem sido a regra nesse estado, infelizmente. A gente precisa colocar profissional de saúde para falar com a população, porque nós políticos já ficou claro, com os números aqui, que nós falhamos. Até que momento a gente vai deixar de entregar para quem é da técnica, para quem está na linha de frente coordenar o enfrentamento à covid-19? Até quando a gente vai permitir que tantas vidas sejam perdidas? Além de tudo, como não pode ficar só na situação de roubalheira a questão da saúde, até o esporte que já quase não tem verba estadual, via lei de incentivo, começa a ser alvo também de manipulação. A gente recebeu, ontem, uma notícia muito ruim a respeito de uma suspeita de manipulação no Campeonato Maranhense de futebol. O time do São José, no jogo com Bacabal, jogador do São José aliciado a cometer pênalti para site de aposta. Até isso no Campeonato Maranhense, que já não basta a destruição moral do futebol maranhense nos últimos anos, agora a gente tem suspeita de vendas de resultados para site de aposta, porque, até hoje, no Brasil foram regulamentados. Desde 2018, tem a lei, mas, até hoje, não tem regulamentação. Têm mais de cem sites de apostas internacionais para gente manipular o pequeno jogador, que ganha aí mil ou dois mil reais. O pequeno esportista, arriscando a sua saúde para fazer manipulação. Então é lamentável esse ciclo de corrupção em todas as áreas aqui no estado do Maranhão. Lamentável!

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