23/03/2021 - Pequeno Expediente Dr. Yglésio Yglésio Moyses

Yglésio Moyses

Aniversário: 19/09
Profissão: Médico

Discurso - download do áudio



O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) - Senhor Presidente, nós, no último boletim de ontem, chegamos a 234 mil casos de Covid-19 aqui no Maranhão, é um número bem expressivo. A gente ainda não conseguiu chegar a 5% de vacinação da nossa população, infelizmente o Maranhão está entre os cinco estados que menos vacinaram proporcionalmente no Brasil. A gente precisa reverter esse dado tão negativo, e está sendo importante essa questão da abertura dos leitos para a covid-19, eu tive a oportunidade de fazer uma avaliação in loco, nesta semana ainda, do Hospital de Campanha de São Luís, que tem 60 leitos apenas, 10 leitos de UTI, 50 leitos clínicos. A meu ver, é um hospital muito pequeno, deveria ser maior e já deveria estar pronto. Eu já venho batendo nessa tecla praticamente há um mês. Então, ele ainda tem uma previsão de entrega aí para os próximos 16 ou 17 dias, estamos um pouco atrasados nesse quesito. Enquanto isso, a gente continua tendo problemas, principalmente em relação à lotação de UPAs, muitos pacientes aguardando leitos, aguardando transferências de leitos. A gente deve lembrar que o papel das UPAs é de um atendimento inicial e, é claro, que isso compromete os resultados. É muito difícil a gente não ter alguém nesse momento que seja próximo e que não tenha sido acometido pela doença de maneira grave ou até mesmo morrido. E o que é lamentável, e eu me solidarizo com todas as vítimas de covid-19 do Maranhão e do Brasil, é a condução da política de covid no país com vários ministros da Saúde substituídos, o que tem levado a esse resultado tão grave. De cada morte do planeta terra, praticamente 30%, de cada 10 mortes, três mortes hoje de covid-19 são no Brasil. Então, isso aí é resultado de uma política muito ruim. Ao passo que Bolsonaro tenta vender a falsa impressão de que é um dos países que mais vacinam porque colocou 13 milhões de doses de vacina, na verdade, nós estamos muito abaixo no ranking porque isso deve ser levado segundo o critério de proporcionalidade para uma população. Então, bem como já falei aqui, os leitos precisam ainda ser ampliados, a própria prefeitura tem tido um pouco de dificuldade em relação aos leitos do Hospital Universitário que, naquele primeiro momento, anunciaram 40 leitos, mas esses leitos não entraram em atuação logo no primeiro momento. Eles foram inaugurando 10, agora inauguraram mais 10. A gente espera que, de fato, todos esses leitos estejam funcionando integrados ao sistema. Mesma coisa vale para os leitos do Estado, a gente precisa de mais agilidade nessa abertura, sabendo que importantes são as medidas restritivas. Mas hoje o meu papel principal aqui é falar da questão dos ônibus. A gente já falou de lotação de tanta coisa, Presidente: lotação de restaurante, lotação de bar, lotação de culto religioso, escolas como meio de transmissão, mas a gente tem colocado essa sujeira para debaixo do tapete. A gente não tem tratado de uma maneira clara e objetiva da questão dos ônibus. Eu venho batendo, há vários dias, nessa questão e, no final de semana, ontem a gente conseguiu concluir um videodocumentário que mostra que os pátios das empresas de transporte estão cheios. Então, não é questão de não ter ônibus, São Luís tem uma frota em torno de 835 ônibus, que não estão 100% à disposição da população, mas que precisa estar. Sabe por quê? Porque as pessoas estão se aglomerando dentro dos coletivos, e ali está havendo transmissão. Não adianta fechar o bar, o restaurante, as escolas, regular o supermercado, que mesmo com essa norma do 50% de lotação de supermercado, uma pessoa por família, não está tendo fiscalização, quem deveria fiscalizar não está fiscalizando. O que acontece? Os ônibus estão lotados, a gente precisa da criação imediata de um fundo excepcional entre Prefeitura de São Luís, Prefeitura de Paço do Lumiar, Prefeitura de Ribamar, Prefeitura da Raposa e governo do Estado a fim de que se coloque um subsídio extraordinário para as empresas de transporte, porque outro dia estava tendo disfunção de aumento de passagem. De fato, com esse aumento de gasolina, aumento de pneu, aumento de todos os custos, ou a gente faz essa ajuda ou de fato não tem como colocar a frota toda. Fato é que nós precisamos colocar toda a frota de ônibus à disposição da população, por isso a gente está colocando inclusive o transporte intermunicipal que é o que nos cabe, aqui na Assembleia Legislativa, uma lei que faça com que não se aceitem pessoas em pé dentro dos coletivos, porque está acontecendo o tempo todo. A Câmara de São Luís também precisa adotar o mesmo posicionamento. A gente precisa de ônibus na rua já para que a população tenha segurança no transporte, porque, senão, não vai impedir nada. A gente está vendo que os números continuam a subir porque o problema real não foi enfrentado. De 80% a 90% da população de São Luís, da ilha, é usuária de transporte público, a maioria das pessoas vai às feiras e todos esses ambientes estão lotados, é preciso que a gente pare de brincar de fazer medida restritiva contra covid e enfrente o problema. Essa minha solicitação que o Governo do Estado, as Prefeituras da ilha dialoguem com o Sindicato dos Transportes para que coloque esses ônibus na rua, do jeito que está não dá! Ônibus nas ruas já!

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