30/03/2021 - Pequeno Expediente César Pires César Pires

César Henrique Santos Pires

Aniversário: 13/10
Profissão: Professor

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O SENHOR DEPUTADO CÉSAR PIRES (sem revisão do orador) – Que Deus abençoe a todos nós! Senhor Presidente, primeiro desejar a V. Exa., a sua família, mais uma vez, uma excelente Semana Santa a todos da Mesa, aos meus pares presentes à sessão remota, aos que, por razões ou motivações diferenciadas, não estão podendo estar e aos internautas. Senhor Presidente, eu ouvi os colegas e, como não é diferente, dado o momento que nós estamos vivendo, tratar sobre a questão da pandemia. Essa pandemia tem rendido. Eu acompanhei agora a imprensa paulista e ela deixa claro que a morte está alcançando parte da população internada por ausência de insumos, já trabalhado pelo colega Yglésio. Mas me preocupou também com essa questão do decreto de calamidade, trabalhada pelo Governo do Estado, que me parece muito mais um pano de fundo diferenciado para poder, mais uma vez, manietar os recursos ao bel prazer e da forma que quer. Ora, se alardeia todo dia que a situação vai bem, por que se apropriar de uma situação dessas? Inclusive passando, eu diria assim, manietar de forma, mais uma vez, aos nossos parcos recursos ou possíveis recursos de uma emenda impositiva. Mas eu acho que isso é próprio do comunismo, Presidente. Analisa bem. Quando houve a revolução Russa, um dos pressupostos básicos para a confirmação daquela revolução era justamente a estatização. E passou a ser tomada a propriedade das pessoas que eram moradores, eu diria assim, da “cortina de ferro”. Isso prevalece em certo momento, embora, esporadicamente, até hoje e aqui no Maranhão, a simbologia do comunismo não é diferente. O decreto é um sintoma básico da mentira que houve, porque, se precisa de instrumento dessa forma para agilizar é porque, lá atrás, não agilizaram e não houve planejamento. O que já era esperado. Houve sim, um desmonte daquilo que já fora feito e mais, presidente. Digo a V. Excelência, agora, é mais profundo. Ele adentrou no patrimônio privado, estatizando a questão do ferryboat, tomando conta do transporte do ferryboat, de algo que já passa de muito tempo pertencente a uma família. Que criasse instrumentos legais de competitividade, criasse instrumentos da necessidade de modernização. Eu acho tudo isso normal. Aparentemente, essa Casa silencia, os políticos silenciam. Mas olha, isso é muito pouco, daqui a pouco, vira moda, a venda no (...) recorre à Justiça, mostrando a perversidade, o STJ, mais uma vez, deu ganho de causa, mas o certo que isso começa a criar raiz, uma cultura, um aculturamento de um comportamento já vencido pelo tempo e pela própria evolução do processo democrático e não ditatorial. Lamento, mas não se esgotou por aí, a vaidade e a presunção e a prepotência é tão grande que até também um hospital de uma cooperativa também está sendo estatizada. Sem limites um governador dá uma emenda impositiva, e quando eu digo dá eu volto a repetir, a emenda que gerou a emenda substitutiva foi de autoria do governo, apresentado pelo seu líder, rompendo toda essa... e sem vaidade cedemos cada um a seu modo pra que pudéssemos atingir os nossos desejos de atender a população. Agora, ele não se aquieta, nós a população do Maranhão e essa Casa vai na verdade vai dar mais um aval para que ele possa depois dos seus atos de incompetência... ausência de planejamento... voltar a fazer algo que adentra ao patrimônio. Indo na contramão da história que quando as nações modernas tentam diminuir a força estatal o governo aumenta a força estatal. O certo é que às vezes vai tomar e não vai apresentar nenhuma modernidade, será o espelho de sua incompetência, mais uma vez. O que eu fico aqui me perguntando é o seguinte: hoje achamos muito bom essa insegurança jurídica que reina no Maranhão, amanhã, quando adentrarem os judiciais para poder tomar posse de propriedades pacificamente reconhecida pela Justiça ou de bens, o Governo não dá o suporte necessário, mas quando é para ele mesmo tomar, ele utiliza as suas forças e os seus trâmites para poder tomar patrimônio, e olha que eu nem conheço a família do senhor Menezes, nem conheço nem um contrato válido desse hospital, o que eu digo, o modus operandi com que trabalha, para que amanhã ele possa tomar o patrimônio de outra pessoa, hoje, alguém ri, alguém se silencia, alguém acha que isso não acontece, me parece muito a situação de pandemia, você só vai sentir na pele quando uma pessoa muito próxima dói, aí você vai compreender que isso é uma realidade (inaudível) fato. Portanto, Senhor Presidente, eu quero alertar, porque se nós não barrarmos essas situações, esses avanços do Governo, essa Casa e nós, parlamentares, quando fizermos opção por alguém que não seja vinculada ao seu sonho, seus desejos, podemos pagar um futuro próximo, começar por aquele que nós estamos assistindo. Fica o meu registro aqui, fica aqui a minha indignação, e não posso ficar... mas volto a frisar uma frase histórica; quando todos pensam igual, é por que alguém ou ninguém está pensando. Eu não quero pensar igual a muitos que pensam que isso é apenas uma brincadeira, e o apoio ao Governo me parece ser a coisa mais importante, como se ali fosse um regozijo, fosse uma brincadeirinha de criança de fundo de quintal, mas não é não, estão tomando o patrimônio alheio, conquistado historicamente por uma família, que agora se vê refém de decisões jurídicas sem necessidade. É o meu registro, é a minha indignação e uma certeza, eu não vou me silenciar diante de situações como essas. Feliz Páscoa para todos nós!

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