06/04/2021 - Pequeno Expediente César Pires César Pires

César Henrique Santos Pires

Aniversário: 13/10
Profissão: Professor

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O SENHOR DEPUTADO CÉSAR PIRES (sem revisão do orador) - Que Deus abençoe a todos nós, Presidente, nos dê muita paz e muita saúde! Espero que a Semana da Páscoa tenha sido boa para todos. Presidente, eu filmei ontem e irei publicar nas minhas redes sociais e quero aproveitar aqui a nossa sessão, ainda que virtual, para fazer uma denúncia que eu vi nos campos de Santa Rita, nos campos da Baixada, que liga ali Santa Rita, Anajatuba e Arari, que são os mais próximos que interagem naquela região. Filmei uma máquina retroescavadeira, totalmente na sua parte funcional, onde fica motor e consequentemente tanque de combustível, danificando todo aquele campo, uma lâmina de óleo, não sei qual extensão, não deu para eu observar a extensão, a filmagem não alcançou, porque se confunde com a vegetação, mas ali, com certeza, tirará num futuro bem próximo a sobrevivência de muitas pessoas. Um crime ambiental de proporções jamais vista dentro do Campo de Peris, sobretudo ali naquela região de Santa Rita. Dano ambiental, crime ambiental e por trás de tudo isso um silêncio sepulcral, franciscano, do Ministério Público. É preciso que se entenda que no caso de Bacabeira, por exemplo, 70% ou 75% da sua população convive em áreas inundáveis e que quase 70% tira proveito dos campos, seja com criação de bovinos, de búfalo ou extração nativa de peixe, pesca do peixe. Esses peixes agora, esses alevinos podem estar sendo destruídos, porque o crime ambiental ali é visível. Isso tudo, Presidente, patrocinado por uma empresa chamada CESBE Sociedade Anônima, que ganhou a licitação e terceirizou a CLTSUL Energia. Duas empresas irresponsáveis e as minhas filmagens já, já irão mostrar isso. Eu denunciarei hoje ou amanhã cedo ao IBAMA, já falei inclusive com o superintendente do IBAMA. Vou denunciar ao Ministério Público do Meio Ambiente com cópia para o corregedor e para corregedora. E vou denunciar também ao Governo Federal que está acontecendo ali em Santa Rita. Pior do que isso, essa empresa trafega ali com máquinas pesadas, destruindo a estrada que dá acesso ao campo também. Estrada essa refeita agora ainda no verão passado. Ora, foi dinheiro publico jogado fora que essas empresas estão destruindo. Não pode dizer o contrário, porque passei ontem, Presidente, filmando tudo com detalhes, com riqueza de detalhes já distribuído nos meus grupos que eu tenho naquela região. O certo é, que é comum a partir de junho, ou a partir do final de maio as pessoas, ou mês de maio, perdão, as pessoas começarem a fazer aquelas pescas do anojado, do jeju e podem estar sem esse tipo de elemento que compõe a sua fome. Olha bem, auxilia na sua fome, no matar da fome, ainda de ver para poder comprar o complemento, a mistura como eles chamam lá no interior. Tudo isso destruído, Presidente, e o mundo faz alarde quando apenas um contêiner é destruído no mar, olha eu estou falando de mar, de oceano, Presidente. Um contêiner lá, eu estou falando de água com lâmina que não alcança um metro, de uma extensão que parece grande, mas rasa, muito rasa, o que a capacidade de contaminação por parte do óleo se torna muito maior, se torna muito maior. E a sociedade ali organizada não está deixando ninguém passar, porque ela sabe o que significa aquilo, sabe o que significa um açude no campo, quando as águas baixam, fica ali o chamado peixes nativos que eles também colhem, pescam, vendem, mas também se alimentam, Presidente. É horrível! Essa empresa lá trafega de braços abertos, de mar aberto como se não tivessem ninguém, é passando indo e voltando essas máquinas todos os dias, muitas delas envelhecidas e derramando óleo. Confesso a V. Ex.ª que se tivesse uma ação forte, por parte do Ministério Público, por parte dos meios de comunicação, por parte dos órgãos de cobrança, não estaríamos assistindo o que nós estamos assistindo. Para mim, que tem origem ali de pai e mãe, eu fiquei extremamente entristecido e já vislumbrando um futuro próximo de como irá ser a pescaria daquele pessoal nativo ali da região. Horrível! Degradação ambiental, destruição ambiental. Ah, e se isso fosse bem aqui no Porto do Itaqui, os holofotes do mundo já estariam voltados para cá para dentro. Os greenpeaces da vida estariam aí voando, indo aos navios, fazendo estardalhaços no mundo. Mas bem aí, numa lâmina d’água de menos de um metro, é o pobre que está ali sobrevivendo, nada disso é levado em consideração, mas tem uma voz minha que vou denunciar, vou continuar denunciando, vou continuar torcendo para que os órgãos públicos cumpram o seu mister, cumpram o seu papel para que a gente possa assistir, num curto espaço de tempo, algo que venha a corrigir. A informação que eu tenho é que agora eles querem inventar que foi a comunidade que derramou óleo, benza a Deus, Senhor Presidente, vai querer ganhar de quem numa situação como essa, não é não, aquilo está sendo destruído. Como é que o próprio nativo vai destruir os seus alimentos? Eles têm fome, fome grande. Então, eles já esperam que aqueles alevinos vão crescer, distorcido ou não, eu não sei se deformados ou quanto vai ser o lastro, o rastro deixado por esse dano ambiental causado ali por essas empresas, de forma irresponsável, que deveriam ser suspensos os processos licitatórios, que as máquinas deveriam ser retiradas com urgência, que o reparo do estrago deva ser feito, sob pena de o governo gastar 02 vezes para uma empresa tirar proveito privado das suas construções que ela recebe em nível federal ou em nível privado, porque o que me consta é que a extensão dessa rede é privada, e, consequentemente, eles fazem e desfazem o que querem sem que haja um freio em relação a isso. Os nativos se reuniram comigo e pediram com o termo de clamor público, já, alguns mais conscientes, sabem o que significa esse desdobramento disso no futuro e se não for esbarrado essa situação degradante no meio ambiente que nós estamos vendo bem em Santa Rita, pertinho. Vou continuar defendendo isso e gritando por isso nos meios de comunicação, farei uma visita ao Ministério Público, mostrando as filmagens que tenho, para que alguém possa tomar uma providência em relação ao que está acontecendo bem aqui debaixo dos nossos olhos aqui em Santa Rita. .... filas de máquinas Pocanzo ou máquina retroescavadeira ali danificando o meio ambiente, óleo danificando, e a gente aqui às vezes o que nos resta é apenas a voz. Era isso, Senhor Presidente, o meu registro, as minhas angústias aqui colocado por alguém que viu muitas gerações crescerem ali dentro, por alguém que viu ali o meu pai vir dali, os meus avós também, eu.. não me resta outra situação senão a minha indignação. E ainda bem que existem pessoas indignadas com isso, alguém que preserve esse ambiente, alguém que brinca naquilo dali, alguém que curte aquilo dali, que faz daquilo dali um misto de ganha pão com um misto de veraneio, mas também os olhos voltados sempre para que essa situação não morra. E não vou deixar, Presidente, enquanto nós tivermos voz e pudermos alardear, gritar aos cantos do que é necessário para essa preservação dessa situação nós vamos continuar fazendo e espero que essa Casa também tenha a mesma compreensão, as pessoas que foram votadas em Santa Rita, a quantidade de deputados, com muito mais votos que eu, que também ergam seus olhos para aquela região ali, que façam desse púlpito aqui... dos seus escritórios como eu estou, possa dar voz, dar eco a tudo que está acontecendo ali, dessas pessoas imobilizadas, quando o poder muito mais forte, o dinheiro derramado muito mais forte, derrama também o óleo, derrama a gasolina, porque não há máquina com a idade daquela que já não esteja vazando pelo pito, vamos dizer assim, como se dizia no interior, e drenando óleo e consequentemente matando alevinos que já, já, se transformarão em alimentos para aquela população. É feio! É ridículo! Muito digo, muito feio o que eu estou assistindo ali, vou as últimas instâncias das minhas forças públicas para poder denunciar aquela tragédia que eu vi ontem, que se deu ontem bem aqui nos campos de Santa Rita. Obrigado.

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