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O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – Primeiramente, uma satisfação, Presidente, no dia 06 de abril de 2021, trazer boas notícias, boas notícias no sentido de que os leitos da rede privada de saúde, aqui de São Luís, eles já começam a ter vagas e isso está sendo acompanhado também por uma redução dos casos tanto na Ilha de São Luís quanto nos grandes municípios do Maranhão. Imperatriz, o cenário começou a melhorar também, a pressão sobre a rede termina sendo menor, o que garante uma atenção maior aos pacientes com claros resultados melhores, claro, que nós chegamos aqui infelizmente a custa de várias tragédias, tragédias pessoais, tragédias familiares, tragédias decorrentes de situações como, por exemplo, o transporte público que não foi organizado nesse período pelas Prefeituras da Ilha, que não contou com o suporte interessante do próprio Governo do Estado, o Ministério da Saúde inclusive reconheceu nas últimas 48 horas, a visão que a gente tem da transmissão da covid-19, apesar das empresas de transportes terem construído aí um estudo, que é completamente enganoso, do ponto de vista da pesquisa científica, tentando dizer que o transporte público não tem nenhuma participação na disseminação da pandemia, claro, um grandioso absurdo. Às custas também, às custas de situações como dos supermercados grandes, aqui de São Luís, o principal deles, o grande vilão da pandemia, o Mateus, que tem atuado aí praticamente sem fiscalização, o PROCON tem sido ineficiente nesse sentido, nas lojas não têm cumprido as obrigações dos decretos do Governo do Estado, tem sido passado o pano em cima disso aí, ao passo que vários pequenos comércios têm sido fiscalizados, de maneira bem intensa, com muitas viaturas, com muitas instituições envolvidas. Não houve até o momento, nenhuma dessas blitz dentro do supermercado Mateus para garantir uma adequada fiscalização. Os bares e restaurantes, eles continuam fechados, e é de uma maneira verdadeira, porque funcionar da forma que está funcionando até 21h, tem pulverizado o faturamento dos bares e restaurantes, claro que a gente acredita que não seja o momento de reabrir da forma que vinha aberto, a gente necessita de manutenção desse distanciamento, da redução da capacidade, mas o que a gente discute, é a questão do tempo de funcionamento, você manter um bar, e um restaurante aberto, apenas ate as 21h, e ele funcionando, gerando conta até 20h30, porque depois disso, as cozinhas já estão fechando, é você manter o restaurante aberto, ele com custo alto de abrir, de pagar o funcionário, de tudo aquilo ali, e ele não ter faturamento, quem e que chega em um restaurante seis, sete horas da noite, aqui em São Luís, culturalmente? Não chega, então, eles estão tendo praticamente, uma hora para funcionar, o delivery, é claro, que o delivery ele não consegue cobrir essas taxas, principalmente, porque o principal parceiro do delivery hoje é IFOOD, e o que o IFOOD faz? O IFOOD fica com 25 a 30% do recurso da operação do fornecedor, no caso do bar, restaurante que fornece o gênero alimentício. Tenho tentado construir sem sucesso uma agenda com o secretário Simplício Araújo que tem colocado aí uma maneira subliminar que tem gente querendo politizar a questão de bares e restaurantes. Eu espero que o Simplício não tenha dirigido isso aí à minha pessoa, até pelo carinho que eu tenho pelo Simplício, de longo tempo aí, mas eu espero que ele entenda que não é possível que ele tenha isoladamente protagonismo nisso. Eu sou médico, eu entendo de saúde, eu entendo de pandemia e entendo de funcionamento de restaurantes e bares também, até porque a gente tem conhecimento jurídico, de acordo com a formação que a gente tem para saber, entender o que que é um balanço, por exemplo, contábil, de um restaurante bar que só está funcionando 1h, precisa funcionar até pelo menos 23h, eu espero, Simplício, que a gente possa sentar e discutir isso, junto ao setor, para que até sexta feira, na próxima coletiva do Governador, ele anuncie esse prolongamento, essa prorrogação do funcionamento dos horários de bares e restaurantes. Em relação à Secretaria Estadual de Saúde e à EMSERH, nós temos tido grande dificuldade de conseguir audiências com o Secretário Lula, eu entendo que ele esteja à frente do CONASS, viajando bastante, isso é normal, na EMSERH, a situação está muito mais difícil, tem várias situações que a gente precisa colocar, por exemplo, os estágios dos estudantes de Medicina aqui do Maranhão que estão interrompidos, eu já falei, a nossa mortalidade aqui no Maranhão, ela é proporcionalmente uma das maiores do Brasil, e por quê? Porque a gente não está investindo em formação acadêmica, em formação dos nossos estudantes, grande parte desses estudantes, graças a uma luta nossa, que a gente não desistiu de colocar os estudantes entre os grupos prioritários, eles já estão vacinados, portando tem base científica praticamente nula, hoje em dia, os estágios não estarem regularizados, eu faço o apelo ao Secretário Lula, que é uma pessoa razoável, que ele autorize o retorno imediato dos estudantes, dos estagiários para a área da saúde, e por final, aqui, Presidente, nesse primeiro pequeno momento, nesse Pequeno Expediente, é lamentar, eu ouvi aí de um membro graduado do Governo, nos últimos dias que alguns secretários estão me considerando como que eu estivesse na Oposição, lamento essa impressão de ser Oposição, eu não sou Oposição, porque basta você analisar o resultado das minhas votações, eu tive a oportunidade de fazer uma análise aqui, eu votei mais de 99% das vezes com o Governo, portanto, jamais poderia ser considerado como parlamentar de Oposição, mas também é uma coisa que eu deixo claro e jamais serei refém do silêncio e vassalo de nenhum homem, seja ele secretário de Estado, vice-governador, governador do Estado, a única coisa que eu exijo é o respeito a um papel de deputado, é o respeito a esta Casa, que representa o povo do Maranhão. Casa, que há algumas coisas estranhas, Presidente, felizmente, o senhor tem sido diligente nesses últimos tempos em relação às comissões, Comissão de Direitos Humanos, por exemplo, nós que somos membros da comissão, não estamos sendo informados, eu, por exemplo, eu não estou sendo informado, ou seja, eu estou sendo submetido a uma exclusão de uma comissão que eu tenho direito regimental de participar, de receber o link da comissão, tem 7 projetos meus parados na comissão esperando a boa vontade do presidente, que, por ser um desafeto declarado, ele acha que a comissão é dele, de propriedade dele, eu jamais vou poder aceitar. Eu enviei um ofício a V. Ex.ª, espero um posicionamento urgente de V. Ex.ª, que a participação nossa seja garantida, se não a gente vai ter que ingressar com medidas cabíveis judiciais, se for o caso. Claro que a gente entende que isso é uma matéria interna corporis, mas as dificuldades que a gente sabe que a gente tem às vezes em processar as coisas na nossa Comissão de Ética pode nos levar tomar medidas mais contundentes nesse sentido. Então, muito obrigado pela atenção, Presidente, e a todos vocês que nos ouviram até agora.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO OTHELINO NETO – Deputado Yglésio, eu já fiz o encaminhamento do expediente que V. Ex.ª protocolou relativo a esse assunto da Comissão de Direitos Humanos. Hoje pela manhã, conversei por WhatsApp com o Deputado Duarte que preside a comissão no sentido de fazer esse ajuste. V. Ex.ª também fez referência à questão dos acadêmicos de medicina que estão naquela fase que chamam de internato. Também fui procurado por um grupo de estudantes e tratei desse assunto com o Secretário Lula. Ele me disse que o próprio corpo clínico, no caso aí foi o Hospital Carlos Macieira, salvo engano, o corpo clínico, os médicos pediram que suspendesse a participação dos acadêmicos nesse momento mais crítico da pandemia. Então, a decisão teria sido provocada por esse pedido do corpo médico da própria unidade, mas realmente o quanto antes tiver condições de os estudantes terem novamente acesso ao hospital, é claro que é muito importante para todos. Com a palavra, o Deputado Vinicius Louro, por cinco minutos. Aliás, Deputado Yglésio, V. Ex.ª acenou aí? Habilite o áudio.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Eu queria só fazer o registro de sua participação nessa intermediação com o Secretário Lula. Não são apenas os acadêmicos de medicina, a gente tem acadêmicos em todas as unidades do estado. Essa questão é maior do que apenas o Hospital Carlos Macieira, nós temos o Nina Rodrigues, nós temos vários estágios curriculares. O fato é que a decisão é uma política pública baseada em dados técnicos e, portanto, não pode ser tomada com base na opinião de um ou de outro membro do hospital. Existe um critério técnico. Qual é? O estudante de medicina, os estudantes da saúde são prioritários na vacinação. Foram vacinados. Existe um termo de cooperação que faz com que esses estudantes, que pagam mensalidades caríssimas em suas universidades, as quais dão contrapartidas também para a Secretaria Estadual de Saúde, prova disso é que, por exemplo, o Ceuma doou o Espaço Renascença para a construção do hospital de campanha. Os estudantes precisam voltar à carga das aulas sob pena de ter uma formação impactada. Eu acho que nenhum de nós aqui, na Assembleia Legislativa, deseja ser atendido por alguém que não teve uma formação mínima dentro da universidade. Faltou citar a Comissão de Orçamento. Eu pedi, ontem, ao Deputado Roberto para fazer a inclusão também nessa questão do grupo. Ele se prontificou, eu agradeço a ele também, vou ficar aguardando o meu amigo querido incluir na Comissão de Orçamento também para participarmos das discussões importantes do estado. Deputado Roberto, um abraço. E obrigado, Senhor Presidente.