27/04/2021 - Pequeno Expediente César Pires César Pires

César Henrique Santos Pires

Aniversário: 13/10
Profissão: Professor

Discurso - download do áudio



O SENHOR DEPUTADO CÉSAR PIRES (sem revisão do orador) – Vamos agora aqui, Presidente. Eu me referia pedindo minhas bênçãos a Deus como sempre faço, isso há mais de 30 anos. O Deputado Edivaldo me olhou agora com o olhão muito grande em cima de mim, porque é um religioso também. E agradecer a saúde do Edson e do Ariston, com que conversei ontem. E dizer que a narrativa do Deputado Zé Inácio esqueceu de uma coisa, Presidente. Eu conheci e tive a felicidade de conhecer o Dr. Gersino, na época, líder do governo. E eu fui um dos patrocinadores. Liguei para Roseana e botei para falar com ele lá e juntos na Assembleia criamos a Delegacia Agrária. O restante da narrativa do Deputado está tudo ok. Nada tenho a fazer nenhum reparo. Mas, Presidente, eu estive ontem na rodoviária. Confesso que o que vi ali na rodoviária é a contramão de tudo aquilo que eu tenho assistido na tentativa do Governo Flávio Dino de estar a favor das pessoas pobres, a favor das pessoas desamparadas, sobretudo neste momento de pandemia. O que eu vi ali foi uma majoração absurda do preço dos aluguéis. O que eu vi foram documentos pedindo a rescisão contratual e dando prazo até 31 de dezembro para essas pessoas saírem da rodoviária, sobretudo, aqueles que têm mais de 40 anos, ali instalados dentro daquele ambiente de trabalho. Ora, se no momento de pandemia que nós devemos abrigar as necessidades do povo, nós estamos expurgando esse povo do seu labor, do seu trabalho. Fiquei abismado com as declarações, com choro, com gritos, com brados, sobretudo, se sentindo desamparados pelo Governo do Estado. Ora, há muito tempo ali já estava ruim, carcomido, destruído, difícil até do ser humano trafegar. O Governo passou esses anos todos sem dar a menor assistência ali, mas tentou fazer politicagem, fez uma licitação. Uma empresa maranhense ganhou, e não é por ser maranhense, não aqui para torcer paternalista de empresários estaduais não, mas ganhou e ajuizaram e botaram uma segunda empresa da Bahia para tomar conta dali, e essa empresa sem amálgama, sem vínculo nenhum com os sentimentos das pessoas maranhenses dar esse prazo, botar para fora, Presidente, onde o Governo alardeia a questão do auxílio emergencial, faz na contramão de toda esta situação botar essas pessoas para fora. O que uma pessoa com mais de 40 anos num empreendimento ali vai fazer agora? São 100 famílias, eu repito, são 100 famílias vivendo, ainda que na precariedade, e para agravar tudo isso, Presidente, ali se transformou uma ambiência de vendedores de drogas. E a polícia que deveria estar presente, ali também para poder fazer essa situação, que aí o Governo deveria colocar ali dentro para evitar isso, não faz a menor questão de proibir, ou de diminuir essa situação ali dentro de vendedores de droga. Olha bem a situação em que nós estamos vivendo, pandemia, que já zera a miséria de um Estado pobre, bota as pessoas para fora, cria dificuldade. O que essas pessoas vão fazer agora? Nada, o que é pior, alguns aluguéis que me mostraram lá, que era 259,00, 275,00, foram para 500,00, para 400,00 reais, 50% de majoração, 100% de majoração, onde em janeiro deu apenas 20% nos aluguéis, quem tem um aluguelzinho sabe que isso aumentou, mas o Governo não, o Governo fez muito mais do que isso, ou seja, que disse que dar com uma mão, que, aliás, recebi agora a quantidade de pessoas que receberam essas ajudas. Não vou ler agora, vou fazer questão de ler, quando começar o presencial, o nível de propaganda que foi feito é muito maior a despesa da propaganda, porque ajuda a relação das ajudas que me mandaram, muito maior, muito maior, era melhor não ter feito a propaganda, e ter aumentado o leque das pessoas beneficiadas, mas voltemos ao assunto principal, que é a Rodoviária, é preciso atenção dessa Casa, é preciso também aí dentro agora as Comissões de Direitos Humanos poder ir lá visitar, que a Assembleia, aliás, as comissões são comissões de clausuramento, como e o caso da Comissão de Saúde, que deveria ter feito algum papel, até agora, em relação à pandemia, como eu vejo de outros fazem e não faz, então deveria a Comissão de Direitos Humanos ir lá, largar esse medo, esse pavor exagerado que tem do Governo, e cumprir a sua missão social, a sua missão institucional, e, sobretudo, as suas alianças feitas em campanhas, como eu vi lá, ir lá visitar, para, de perto, poder retratar a realidade dos fatos que acontecem ali na rodoviária. Antigamente, até um ponto turístico. Hoje, além da diminuição das passagens que, segundo os guichês me informaram, diminuiu em 60%, 50% a quantidade de passagem vendida para fora do Estado e até para o interior. Vejam bem foi o que me disseram. Some-se a isso a majoração do preço das pessoas que são vendedores ali dentro daquela casa. E agora o que é pior, vão tomar o ganha pão dessas pessoas. E qual é a proposta paralela que o Estado tem para poder manter aquelas famílias ali dentro? Até agora não houve a contraproposta do Estado apenas o desabrigamento forçado dessas pessoas. E olha foi uma liminar precária, como toda liminar, para colocar essa empresa aí dentro. Ela se acha no direito, ela se afora ao direito de já começar a pedir os aluguéis daquelas pessoas, que há muitos viveram ali dentro com o seu labor e com o seu ganha pão. Uma tragédia humana que eu vou lhe dizer que é difícil e um inferno de Dante ser comparado aquilo. E aí eu lhe pergunto: o que essa Assembleia vai fazer? A comissão de Direitos Humanos agora vai lá? Ou não vai olhar toda aquela situação? Vai assistir ou não vai assistir? É isso que nós estamos e, sábado, estaremos eu senadores, ou senador, deputados federais visitando in loco para poder retratar de um posicionamento muito mais enlarguecido, muito mais amplo para mostrar como o Governo é mau, como o governo comunista Flávio Dino é mau. E agora eu já vejo os colegas dizendo assim: “O Governo me atendeu”. É claro, é natural. Está próximo da campanha. Talvez está se sentindo ameaçado por alguma coisa e começa a chamar as pessoas para poder atender. É natural. O que não é natural é agora as experiências de alguns serem vendidas por sonhos promessas que, ao longo do tempo, foram incubadas, nesse sétimo, último ano que nós estamos vivendo. É bom, Presidente, que a Comissão de Direitos Humanos se desloque ali. Peça um carro da Casa, dois carros da Casa. Vá lá olhar, vá assistir, vá ouvir aquelas demandas ali dentro, o desespero, o clamor daquelas pessoas. Presidente, tem gente com 40 anos. Isso não é ilação. Isso não é falácia. Isso é um testemunho que eu estou dando aqui, nesta Casa, em relação a tudo o que nós assistimos. Nós que festejamos tanto, nós que alardeamos tanto, nós que pulverizamos tanto, nós que sedimentamos tanto no nosso peito, no nosso coração quando o Governo faz. Mas eu vou mostrar a relação dos beneficiados. Diante de sete milhões de habitantes, vocês vão ver a quantidade mínima que me mandaram por meio da Secretaria de Cultura. Lamentável! Lamentável! Portanto eu quero aqui fazer desse meu pronunciamento uma lamentação por aquelas pessoas que não têm voz, que não têm a quem pedir, têm apenas uma cartolinazinha, com umas letras poucos legíveis, às vezes, nem sempre traduzido o sentimento das suas necessidades e vendo os seus sonhos de 40 anos ser agora destruído por uma empresa chamada SINART, do estado da Bahia. É lamentável. Eu tenho certeza, Presidente, que no momento de pandemia, onde todos nós temos que estender as mãos, o que eu vi ali foi a retirada, não foi da mão, não, foi de um corpo in totum de tudo aquilo que construíram a vida toda naqueles boxes ali que todos nós passamos. Quantas vezes eu não cheguei de viagem de Belém, de Fortaleza, onde estudei, e do próprio Codó, quando eu vinha para cá, quantas vezes? E o que eu vejo agora ali é destruição completa, antro de drogas. V avisar: antro de drogas, vendedores de drogas, pesadas e leves. Se é que assim eu o possa qualificá-las. Porque droga para mim sempre será droga. Fica o meu registro, o meu apelo a nossa Comissão de Direitos Humanos, porque vão quantas vezes, quando vão destruir uma casa, as pessoas vão para frente. Quantas vezes falam em tudo de defesas homéricas e vão destruir casas, vão invadir casas, por conta da prefeitura... Vão para frente. Por que não vão agora para frente da Rodoviária? Por que é do governo? Atitude é do governo? Talvez seja por isso. Mas fica aqui o meu registro, Presidente. Meu apelo também para que o governo possa ter compreensão mesmo sabendo da maldade, da insanidade, que é o senhor Flávio Dino, não tem sensibilidade. Parece, volto a afirmar, aquele presidente da Sibéria com as asas, com as penas arrancadas, com o milho no saco botando embaixo. Ele vai encostar para depois matar. Assim fará a mesma coisa com os deputados que hoje regozijam de terem, vamos dizer assim... Obrigado, Presidente. Obrigado pela atenção costumeira que o senhor tem comigo.

+ Notícias
banner-ouvidoria

ATENDIMENTO

Palácio Manuel Beckman
Av. Jerônimo de Albuquerque - Sítio do Rangedor - Calhau
São Luis - Maranhão - CEP: 65071-750
Telefones: (98) 3269-3000 | 3269-3001

EXPEDIENTE

De segunda a sexta-feira das 8h às 18h

SESSÕES PLENÁRIAS

• Segunda-feira: a partir das 16h;
• De terça a quinta-feira: a partir das 9h30.

AGÊNCIA ALEMA