05/05/2021 - Pequeno Expediente Socorro Waquim Socorro Waquim

Prof. Socorro Waquim

Aniversário: 30/11
Profissão: Professora

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A SENHORA DEPUTADA SOCORRO WAQUIM (sem revisão da oradora) - Senhor Presidente, demais deputados, deputadas aqui presentes, imprensa, hoje eu vou dedicar o meu tempo para ser menos guerreira como política e ser mais mulher como mãe, para aproveitar esse breve tempo de cinco minutos e fazer aqui uma breve homenagem às mães. Aproveitando que no próximo domingo, historicamente, se parabeniza, se cumprimenta e se abraça com afeto as mulheres com a brilhante tarefa de ser mãe. Então, Senhor Presidente, eu quero aproveitar para fazer essa homenagem especial às mulheres mães do mundo, do Brasil, do Maranhão e, em especial, às mães do município de Timon. E nesse diapasão, milhares de mulheres mães que tem um lugar especial, uma fala especial de amor, de luta, de labuta, de doação, de respeito e de história. História política e social e familiar que se somam no tempo para a construção de um mundo de paz. Que papel relevante é esse que foi dedicado às mulheres do mundo inteiro. Deus teve um momento de luz ao fazer essa escolha a essas mulheres que se transformaram em multiplicidade, em pluralidade, em mulheres que sem esquecer a sua doçura de mãe, o seu respeito de mulher pela sua família tem também sido essas mulheres de muita labuta, de muita luta na sociedade e por que não dizer na política. Entretanto, se nós olharmos o tempo de agora o que vamos ver com a pandemia que avança é a orfandade de milhares, deputado César, de filhos cuja as mães foram ceifadas pela covid, talvez a gente, aqui falou muito bem o deputado Yglésio na preocupação dos dados apresentando, a gente para e também não olha esse lado, a orfandade. Quantos milhares de jovens, crianças ficaram sem as suas mães. Isso vai significar o que para a sociedade, para esse mundo de pais que nós tanto defendemos e que tanto queremos? Como ficarão essas crianças, como irão para escola, quem as que conduzirá? Porque também milhares de pais, milhares de senhores foram ceifados e de avós que, na maioria das vezes, também fazem o papel importante de mãe. Então, essa preocupação da covid é preciso se trazer sempre à luz da discussão porque não só a covid ceifa mulheres e mães, mas o feminicídio também que se agravou no Brasil, no mundo, deixando inúmeras crianças órfãs. O feminicídio, deputada Daniella, que vem num momento em que, se agrava a condição familiar de subsistência da família, então vem o feminicídio como uma forma de resposta à sociedade e especificamente à mulher, matando a mulher, tirando das crianças do nosso país, que nós tanto dizemos, deputado Arnaldo, que é o futuro do Brasil, que é o futuro do mundo tirando a oportunidade de ter uma mãe para cuidar. Então, o que fazer? Lamentar? Ou até ter raiva? Porque eu acho que muitas vezes o nosso sentimento é de raiva, é de raiva por que queremos ser mães, queremos ter mães vacinadas, queremos ter pessoas vacinadas e a gente não consegue avançar, é verdade, deputado Yglésio, passamos dos 15% da primeira dose, mas é muito pouco, não atingimos ainda ¼ da população brasileira, e a segunda dose, mais difícil ainda, caminha mais lentamente ainda, e não tem outra solução, não tem outra condição plena, a não ser a vacinação. E o nosso sistema de saúde continua, vai combalindo, mesmo resistindo, mas vai combalindo diante de tudo isso. E nós vemos que não há, criado num país pelo nosso presidente, uma condição plena de vacinação já, de vacinação imediata. Vamos fazendo assim a conta gotas, vamos buscando quem tem comorbidades, vamos baixando o nível de idade, e as coisas vão acontecendo e a onda vem e vai e mais uma vez nós temos milhares de mães ceifadas pela covid. E nesse momento, nós temos a ingrata situação política de ver um presidente da República enfrentando uma CPI com relação a não vacinação, em relação aos procedimentos direcionados à vacina em nosso país. Então, são decisões de gestão, Senhor Presidente, que poderiam ter sido tomadas melhores mais rápidas, mais céleres, salvando milhares de mulheres do mundo inteiro. Assim, nesse registro de mais 400 mil mulheres e, dentre elas, muitas mães, o que é justo é vacinar. O que é injusto é não termos uma ação imediata e continuarmos atrasados como estamos atrasados nesse processo de vacinação. Por isso nós vamos continuar. Senhor Presidente, só mais alguns instantes. Vamos continuar com as medidas, a máscara, o isolamento. Vamos continuar lutando pela vacina e vamos continuar lutando para diminuir a tristeza da perda e saudades de tantos amigos, de tantas mulheres, de tantas mães. E, por falar nisso, eu aproveito, hoje, como eu disse, para fazer essa breve homenagem à minha mãe Júlia, que foi uma mulher virtuosa, uma mulher ímpar no seu tempo. Mas eu trago aqui também uma breve homenagem a uma amiga chamada Labibe Gedeon Simão. Dona Labibe Gedeon, mulher tenaz, nascida em Cururupu na região da Baixada, que lá já nos idos de 1990 era vereadora, mulher protagonista, à frente do seu tempo, dando exemplo às futuras sucessoras que viriam, educadora, mãe. Uma mulher que trabalhou como diretora de educação mais de oito anos naquela região de Caxias, melhorando a qualidade da educação. Uma mulher dinâmica, mas uma mulher que no auge da sua vida, e nós poderíamos dizer que viveria mais tempo, foi ceifada pela Covid19. Enterrada em Timon, onde ela passou parte da sua juventude, onde ela criou a sua família. Deixou filhos ilustres, Jamil, Fause Júnior, Paulo, Flávia, e que são também prestadores de largos serviços ao Maranhão. E com essa mulher de estatura pequena, que poderíamos em francês chamar de mignon, em inglês, chamar de lady, que eu quero aproveitar e homenagear todas as mulheres mães maranhenses que pela covid-19 foram ceifadas. Mas, acima de tudo, eu quero registrar aqui que é preciso a gente continuar se cuidando. Claro, é preciso continuar se cuidando, mas é preciso continuar vacinando e é preciso cuidar melhorando o sistema de saúde do Maranhão, do Brasil para que nós, enfrentando epidemias como essa, não tenhamos mais que nos curvar diante de tantas mortes e derramar tantas lágrimas. Queremos lágrimas no domingo de emoção. Mas quantas famílias não mais poderão almoçar com suas mães. Quantos filhos não poderão mais dizer “mamãe”. Quantas famílias, no futuro, estarão marcadas, não indelevelmente, mas marcadas com a cicatriz de um tempo duro que foi a epidemia da covid, em que o Brasil, através da sua gestão maior da Presidência da República, não conseguiu fazer com que protegesse as suas famílias. E encerro, Senhor Presidente, com uma breve fala, rapidinho aqui, do nosso grande humorista que acabou de falecer, que foi ceifada a sua vida, Paulo Gustavo. Ele disse que a gente precisa se cuidar e não esquecer que, por trás de uma máscara, sempre terá um sorriso. O que ele quis dizer? Por trás dessa máscara, que é tão necessária, que é tão usual nesse momento e importante, tem uma vida, tem uma alegria, tem uma história. Parabéns às mães. Parabéns a todas as deputadas mães desta Casa. Parabéns às esposas mães dos nossos deputados, porque nós somos a fala do Maranhão. Nós somos o anseio dos maranhenses defendido aqui nesse parlamento. Feliz Dias das Mães a todas as mães e, em especial, às mães timonenses. Muito obrigada, Senhor Presidente.

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