12/05/2021 - Tempo das Lideranças César Pires César Pires

César Henrique Santos Pires

Aniversário: 13/10
Profissão: Professor

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O SENHOR DEPUTADO CÉSAR PIRES (sem revisão do orador) - Que Deus abençoe todos nós. Senhor Presidente Zé Inácio Lula, meus pares ainda restantes aqui. Senhor Presidente, eu não me canso de continuar reivindicando explicações do governo do Estado para determinadas situações. O caso em epígrafe a que eu me refiro é ao Fumacop, Fundo Maranhense de Combate à Pobreza. Todas as vezes que eu peço, o que eu vejo é um corolário de irresponsabilidades numa tentativa de maquiar o resultado daquilo que nós estamos pedindo. Eu pedi, para que vocês possam ter a compreensão, em que foi gasto o dinheiro do Fumacop, porque a expectativa que se tem com o dinheiro do Fumacop é de que o governo venha reverter a questão da pobreza no Maranhão. Esse Fundo foi criado sem outro pressuposto básico que não venha a ser justamente o combate à pobreza. Só que essa pobreza no Maranhão de 2015 para cá vem aumentando. Eu pedi, Deputada Mical, que a Senhora Secretária Cintia Mota Lima, me encaminhasse em que foi gasto. O que ela faz aqui? Oh, um arrazoado de besteira, de impropriedades, de impropérios, tão pequeno quanto é o seu cérebro. Mandou aqui e não me disse nada, nada. Aqui tem, bolsa família; fomento à pesquisa; fomento à produção agrícola; qualificação profissional, e aí, meus queridos, ele vai evoluindo, gestão de programa; bolsa escola; fomento à pesca; extra atividade. Se alguém me disser em que foi gasto mais ou menos, ou qual foi a prioridade da escolha feita pelo Governo do Estado, não está sentado aqui na sua resposta. Aí, eu fui atrás dos recursos do FUMACOP. Encontrei no site da Secretaria da Fazenda, arrecadação, arrecadação essa que não veio bem explícita para mim, mas eu fui atrás. No dia 04 de janeiro, nós tínhamos aqui cinquenta e quatro milhões de reais. Chegou-se em determinado momento a ter oitocentos e sessenta e quatro milhões de reais no dia 28 de fevereiro, de lá para cá, o que nos resta aqui é cento e trinta e três milhões de reais. Pouco menos do que o Governo do Estado pediu de empréstimo, ou seja, nesses meses agora do ano, o Governo torrou quase setecentos milhões de reais. Ora, eu extraí aqui do site da Secretaria da Fazenda que, segundo o site encaminhou para a Secretaria de Planejamento que se recusou a detalhar para mim as informações, mas fez aqui um arrazoado de besteira, um besteirol, como se tivesse enganando. Talvez ela se engane dentro dela mesmo, porque a sua rasa competência e a sua falta de visão de respeito a esse Parlamento talvez provoque determinado tipo de situação. Não consigo compreender como é que se faz isso. Ora, se o Governo pediu cento e oitenta milhões de reais, ainda ontem tinha cento e trinta e três do Fundo, a pobreza aumentou, os gastos aumentaram e o resultado é pífio, alguma coisa está errada. Que alguém venha dizer aqui à tribuna, terça que vem, quarta que vem, que eu estou errado, porque errado está o site, erradas estão as informações colocadas aqui pela senhora secretária. E aí permitam-me os que estão aqui, que eu vou ler algo que eu vi das Catilinárias de Cícero, para mim, um dos maiores oradores de tempos passados. Até quando, oh, Catilina? E aí no lugar de Catilina coloquem até quando Flavio Dino, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo ainda hás de zombar de nós tua loucura? A que extremo há de se precipitar a sua audácia sem freio? A ausência de freio é dada justamente pela leniência da Casa, pela forma com que a Casa se porta diante de tudo isso, e aí não existe outro caminho, senão os joelhos, não para orar, mas para poder dizer amém a alguém que não é santo. Enquanto isso a miséria no Maranhão se alastra e aí você vai para televisão para gastar os oitenta e seis milhões de reais e diz assim: “Olhe essa mídia! Prestem atenção! O governo passou por aqui! Olha! as máquinas estão na MA-006”, imagine quanto tempo essas máquinas não estarão na 006, quanto tempo aquela avenida do Araçagi eles vão colocar: “as máquinas estão no Araçagi, as máquinas estão, o governo passou por aqui”. Pobreza, falta de conteúdo, ausência de propostas e excesso de dinheiro patrocinado por essa Casa, é muito, gente! Muito! Muito dinheiro jogado fora para dizer baboseira. Enquanto isso, as necessidades se avolumam no Maranhão e a linha de pobreza baixa. Eu quero dizer para você que o sonho é possível. Lendo um livro agora “O Poder da China” encontrei ali que, em 1980 a China tinha 88 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza, 40 anos depois modificou tudo, o sonho é possível. O que não é possível é permanecer com incompetência, com a ausência de atitudes corretas, de se apropriar da fragilidade de oposição que tem o Maranhão e continuar levando tudo, como se não tivesse resposta a dar a nada. As mentiras acumuladas que o tempo não vai me permitir, mas irei ler em determinado momento desses auxílios que não consta aqui nessa situação que pesquisei como deveria ser colocado, todo dia tem milhões e milhões ditos gastos, você vai aqui está empenhado e não pago, de acordo com o site. Mas, Senhores, a nossa voz é tão pequena, o acúmulo da oposição é tão pequeno, restam tão poucos, e a facilidade vai de vento em polpa levando tudo, e aí Cicero deve estar agora com os ossos tremendo, Deputada Socorro Waquim, dizendo assim: “Ainda existe Catilina no Maranhão com outro nome, e esse nome chama-se Flávio Dino”. Até quando zombarás da nossa consciência, até quando humilharás esta Casa, até quando não terás vergonha de dizer a esta Casa tudo que quer e fica todo mundo calado?! Qual foi a vez que nós aqui nos arvoramos ao direito de um dia pugnarmos por defender o povo do Maranhão?! Aceitamos as coisas de vento em polpa como se estivesse tudo certo. R$ 700 milhões de reais gastos, e está aqui no site, aí eu vou dizer uma frase antológica que eu uso sempre, Deputado Vinicius, que eu uso sempre aqui de tanto ver triunfarem as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus. O homem chega a desanimar da honra e a ter vergonha de ser honesto, e eu não tenho, eu continuo com os pressupostos básicos dos meus alicerces que me fizeram político. Eu vou dizer para vocês, e não quero que ninguém se espelhe em nada, mas quero que alguém diga assim: vamos agora reagir. Ou se reage agora ou estamos condenados. Condenados, Senhores! Condenados!

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