22/06/2021 - Pequeno Expediente Dr. Yglésio Yglésio Moyses

Yglésio Moyses

Aniversário: 19/09
Profissão: Médico

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O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – Olha aí que maravilha!  A gente tem que fazer um registro aqui à memória do Steve Jobs por esse sistema operacional da Apple.  Eles são muitos bons. De fato, mudou o computador. Eles  funcionam realmente melhor. Presidente, eu venho falar um pouquinho sobre uma pauta que tem criado corpo que a gente levantou nesta Casa e que, por coincidência, logo em seguida, começou a ganhar, inclusive, corpo nacionalmente: a revacinação de idosos. Saiu um estudo Vebras Brasil, que está relacionado a eficácia da Coronavac dentro da vacinação dos pacientes com mais de 70 anos. Mostrou a redução da eficácia da vacina. A gente pautou isso na reunião da Assembleia, na sessão da Assembleia da semana passada. O Ministro da saúde  deu uma declaração, inclusive, de que a tendência  é que o Ministério da Saúde não continue com a utilização de Coronavac para novas doses de vacina. A gente percebe claramente isso também com o recebimento das doses. Agente recebeu lotes de Coronavac agora nessa última remessa do Ministério da Saúde e apenas para segunda dose, então é um indicativo que eles estejam com tendência de descontinuação da vacina, tendo em vista esta redução da eficácia nos idosos. Nós temos entrado em contato com o Ministério Público, com a Defensoria, o Ministério Público, no primeiro juízo de valor, tem olhado com bons olhos essa questão da revacinação dos idosos, tem disparado para as Secretarias de Saúde, para Comissão Intergestores bipartite os ofícios necessários também buscando as informações para subsidiar. Nós temos corrido atrás de Associações para nos ajudarem e também temos disparado aí ofícios solicitando informações. Eu mesmo busquei junto a colegas discutir o assunto e a discussão tem ganhado corpo felizmente. Há um plano de ação em curso no Ministério da Saúde para vetar inclusive essa utilização da Coronavac, tendo em vista essa redução da eficácia em idosos. A expectativa é de que logo seja substituída, o próprio Butantan substitua a Coronavac pela Butanvac, é uma vacina com uma tecnologia superior em termo de produção e espera-se também em eficácia. Não poderia deixar de comentar nessa Sessão, Presidente, que já fiz ontem, de maneira tempestiva, nas minhas redes sociais, em relação ao acontecido em Presidente Dutra. É com grande pesar que a gente trata do caso do Hamilton, Hamilton César Lima, um jovem de 23 anos, filho de D. Ana, do povoado Calumbi, lá de Presidente Dutra, na quinta-feira passada, ele foi vítima... na verdade, foi um assassinato aquilo ali por três membros da Polícia Civil, três agentes da Polícia Civil, eu, infelizmente, recebi ontem essas imagens, ele foi vítima de três disparos. O disparo que o matou, entrei em contato com os colegas do Hospital de Presidente Dutra, com Dr. Reginaldo, que fez o atendimento, o disparo que matou o Hamilton foi um disparo no abdômen, um tiro fatal, o grande crime que o Hamilton cometeu, um jovem de 23 anos, que sofria de problemas psiquiátricos, que fazia uso de medicações antidepressivas, várias receitas nos foram apresentadas pela família, foi colocar num Story de Facebook, uma frase dizendo que: “ele era o ídolo do tal criminoso Lázaro”. Claramente uma descompensação do problema psiquiátrico do rapaz, um rapaz jovem, franzino, que costumava brincar no povoado dele, com as crianças na rua, com jovens na rua, que causou uma grande comoção em Presidente Dutra, levando até uma manifestação da população, agressiva, mas muito justa, fizeram uma queima de pneus, está prevista uma passeata em defesa da memória do Hamilton, amanhã, e contra a truculência, a violência dos agentes de polícia. Conversei com o promotor responsável também, ontem, o promotor Clodoaldo, o delegado responsável também que foi de São Luís, já está pedindo a exumação do corpo, para que seja realizada uma perícia técnica, de fato, no Instituto Médico Legal para verificar as condições, o que foi de fato, onde foram os tiros, sei que um foi na coxa, um no abdômen, e o outro não sei onde foi, o fato é que a Polícia Militar não deu oportunidade da família registrar um boletim de ocorrência, a Polícia Civil, no caso, o delegado Cláudio Ferro não oportunizou, me parece o relato da família que não foi contradito pela Polícia Civil até o momento, o delegado não  se encontrava. Então não houve a oportunidade deles registrarem ocorrência, ficou apenas o relato da Polícia Civil, dos policiais civis que inventaram uma história que o rapaz saiu com uma faca, o rapaz foi assassinado dentro de casa, sem direito a reação, com o avô de 99 anos na cama. Então, lamentavelmente, três tiros foram dados. Ou seja, se tivesse a oportunidade de mostrar, eu mandei as imagens aí. Não sei, não entendi por que não foi permitido colocar a imagem do rapaz. Oh, pode colocar.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO OTHELINO NETO – Deputado Yglésio, foi autorizado, sim, a veiculação das imagens. V. Ex.ª vai precisar ser objetivo, porque já terminou seu tempo.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Obrigado. Vamos colocar aqui rapidinho, só mostrar as imagens porque é importante, a sociedade precisa ver. Obrigado, Presidente. Obrigado, Bráulio. Olha essa aqui foi a frase. Esse jovem colocou aqui. “Sou teu ídolo, Lázaro. Boa sorte, Lázaro” Isso aqui alguém da comunidade mandou para a delegacia, e os agentes foram lá fazer a execução do rapaz. Pode colocar a próxima foto aí. Esse era o rapaz que recebeu três tiros e foi jogado dentro da viatura. Pior que o tratamento dado a um animal morto, para jogar no Socorrão. Bateu a cabeça. Coloca mais uma foto. Aqui a escoriação. Colocado dentro do carro de maneira bárbara. Pode colocar. Esse aqui era o rapaz, franzino, 23 anos, que era a ameaça a três policiais civis treinados. Coloca ele com a família, por favor. Esse aqui era o rapaz. Claramente aqui o avô ao lado dele, 99 anos, que foi quem acompanhou ele ser barbaramente executado. Essa aqui é a mãe dele, a Dona Ana, de 41 anos, que, quando chegou em casa, recebeu a notícia do seu filho morto por aquela postagem ali. Ou seja, eu tenho certeza, Presidente, que isso não aconteceria com o filho de barão aqui na Península da Ponta D’Areia. Se ele colocasse uma frase como essa, ninguém chegaria na casa de um barão da Península atirando dentro da casa de uma pessoa como essa. Lamentavelmente, a nossa Polícia Civil e nossa Polícia Militar ainda mata. E eu vou aqui, para finalizar, lamentar a volta do Carlos Eduardo Pereira, a volta dele aos quadros da Polícia Militar do Maranhão. A volta publicada, no dia 15 de junho, por conta de uma decisão judicial do Dr. Nelson, juiz da Vara Militar, acusado do assassinato da ex-mulher, a Bruna Lícia Fonseca Pereira, de 23 anos, e do namorado dela, José William dos Santos Silva, de 24 anos. Caso clássico, duplo homicídio com feminicídio em janeiro de 2020. O soldado teve a sua expulsão anulada por uma decisão judicial. O processo administrativo foi suspenso. O juiz na decisão dele proibiu a abertura de um novo processo administrativo até a conclusão do processo criminal. E ele está aí reintegrado às forças da Polícia Militar por uma decisão judicial. Esse aí é o paradoxo do sistema judicial brasileiro. Quem deveria zelar pela segurança mata e é reintegrado às forças de segurança.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO OTHELINO NETO – Conclua, Deputado Yglésio, por gentileza.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO - Quem deveria ser protegido na sua hipossuficiência é morto dentro de casa. Fica o nosso protesto, o nosso repúdio e nosso lamento. Muito obrigado, Senhor Presidente.

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