06/07/2021 - Pequeno Expediente Dr. Yglésio Yglésio Moyses

Yglésio Moyses

Aniversário: 19/09
Profissão: Médico

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O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) - Bom dia a todos, bom dia a todas! Muitas vezes, as pessoas dizem que a Justiça é lenta, mas a gente não imagina que é tão lenta quanto tem sido em relação a essa pauta dos cartórios. A gente já conhece a dificuldade que o Judiciário tem muitas vezes em relação a esses delegatários de função pública tão específica e tão cara à população, principalmente nesses negócios imobiliários, não custa nada a gente lembrar que tem cartório que fatura mais de um milhão de reais, por mês, tem CPF, aqui no Maranhão, que fatura mais de um milhão de reais, por mês, Deputado César, e que, lamentavelmente, ainda hoje está fora da questão aí do concurso público para serventia extrajudicial, infelizmente. Nós entramos com uma ação popular e desde 30 de março, pasmem vocês, os autos dessa ação estão conclusos, parados, lá na Vara de Interesses Coletivos e Difusos. O titular da Vara é o Juiz Douglas, ele se deu por suspeito na ação, portanto ficou a cargo do Dr. Anderson Sobral de Azevedo o julgamento desta lide e até o momento já se passaram praticamente 100 dias, ela segue incólume, intacta, conclusa para que o juiz decida. Não é nenhum problema que o magistrado, eventualmente, julga improcedente a ação, ou manifeste-se em contrário em decorrência do entendimento dele, mas que ele julgue, porque, enquanto isso, a sociedade continua pagando altíssimas taxas de cartório e, a nosso ver, com entendimento de uma lei que foi aprovada nesta Casa que penaliza o cidadão todo mês pelo menos em 8% em taxas extras cobradas por dentro. Então, por favor, doutor Anderson, julgue a ação popular. Quase cem dias, não é um prazo razoável. Todo mundo que tinha para se manifestar no processo já se manifestou, por que não julga? Tem medo de dar uma canetada? A Justiça tem que ser colocada no processo. Então esse é o primeiro ponto. Segundo ponto é em relação às vacinas que saiu uma matéria na Folha de São Paulo na semana passada que assustou todo mundo em relação às vacinas vencidas. Nos estados, é um problema grande. Além de, claro, por exemplo, o Estado de São Paulo confessou que administrou quatro mil vacinas vencidas. Aqui no Maranhão não teve um posicionamento oficial da Secretaria de Saúde até o momento. Alguns municípios se manifestaram. Eu vi o posicionamento de Presidente Dutra, vi de Tuntum, vi de São Luís, alguns outros municípios se manifestaram. Aqui em São Luís, depois de uma cobrança nossa, porque, no primeiro momento, a Secretaria Municipal de Saúde só pegou e disse que ninguém administrou vacina vencida aqui. Não basta só dizer que não administrou vacina vencida. A Folha de São Paulo colocou os lotes das vacinas, aí depois o Prefeito veio a público no Twitter dele, depois publicou no Instagram e esclareceu que os lotes 412, 005, o CTMA foram usados dentro do prazo de validade e que os dados da Folha eram referentes a um erro de sistema. Se tem erro de sistema, errou quem preencheu o sistema e se nos municípios está havendo falha de preenchimento de sistema, está havendo, claro, erro no cadastro de vacina. E erro no cadastro de vacina, atrapalha o mapeamento do processo. E por falar em mapeamento do processo, não tem nada pior do que a gente ter a sensação de que a gente não tem uma população de fato efetivamente vacinada dentro dos municípios. Há vários dias que a gente vem com crescimento bastante lento da vacinação em São Luís, aquele “boom” nós já tivemos, aquela quantidade de pessoas que vieram do interior, de outros estados para fazer a vacinação aqui, nós já tivemos também. E a gente está criando um argumento de que está todo mundo aqui em São Luís já 80% com a primeira dose. Se todo mundo tivesse com a primeira dose de fato, nós não estaríamos com uma lotação próxima a 100% nas nossas UTIs, por quê? Porque nós já temos um percentual grande de pessoas com a primeira dose também da vacina da AstraZeneca, que de alguma forma ela já protege mais que a Coronavac. Então, precisa que Governo do Estado, Prefeitura, Universidade Federal do Maranhão, comecem a fazer pesquisas de fato para saber quem está de fato vacinado ou não e quais os motivos. Tem situação que o pastor da Igreja diz para o fiel, que se ele vacinar, o demônio vai tomar de conta da alma dele. Tem gente lamentavelmente disseminando esse tipo de conteúdo pra pessoa, tem gente dizendo que se tomar a vacina, vai pegar um chip que vai mapear a vida da pessoa toda... eu conversei com uma representante recentemente do Ministério Público, que ela me disse que daqui há dois anos, todo mundo que tomou a vacina vai morrer! Então, se alguém que nível superior, que está no Ministério Público defendendo a lei, tem esse tipo de entendimento em relação a vacina, meus amigos, a situação está complicada demais, nós precisamos nesse momento, informar, conscientizar. Às vezes vão me chamar de “alarmista”, já fizeram questão aí nos meios de comunicação, de tentar vetar a minha participação quando eu pego e digo que a gente tem que revacinar idosos e profissionais de Saúde que tomaram Coronavac. Doutor Roberto Valim faleceu hoje, não tinha 70 anos de idade, duas doses de Coronavac, faleceu. Doutor Ronilton Silva de Sousa, meu colega de faculdade, 42 anos de idade, está entubado na UTI do São Domingos, gravíssimo, com duas doses de Coronavac. Então, a vacina não protege de evento grave. O Ministério da Saúde não está mais distribuindo a vacina para os municípios. Ou a gente vai fazer reconhecimento que erramos e eu mesmo faço mea-culpa aqui de dizer que já subir várias vezes na Tribuna pra defender e hoje se a gente tem acesso a vacinas melhores, eu faço a mea culpa. Agora, quando os executivos vão começar a fazer a deles? Quando é que a gente vai fazer reconhecimento de que os nossos idosos continuam desprotegidos em relação à vacinação? Quando é que a gente vai fazer reconhecimento de quem está na linha de frente, enfrentando a pandemia, está desprotegido porque foram os primeiros grupos a tomar a vacina? Fica aqui a reflexão. Quero registrar aqui com pesar também, o falecimento do nosso amigo e colega médico, ontem, o Dr. Itaguacy Rodrigues Coelho, pelo qual peço, presidente, inclusive nesse Plenário aqui, um Minuto de Silêncio pelo falecimento dele. Ele é natural de Bacabal, deputado Roberto Costa, e o Dr. Itaguacy morreu aos 55 anos, uma morte súbita dentro do seu domicílio, provavelmente um infarto ou AVC e lamentavelmente teve esse óbito ontem e deixou toda a comunidade médica do Maranhão extremamente consternada, além de milhares de pacientes atendidos aí ao logo de mais de 25 anos de exercício da Medicina, principalmente na área da Oncologia. Então, fica o nosso registro, o nosso pesar e o nosso pedido desse um Minuto de Silêncio pelo Dr. Itaguacy aqui nesta Sessão. Muito obrigado.

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