10/08/2021 - Pequeno Expediente Dr. Yglésio Yglésio Moyses

Yglésio Moyses

Aniversário: 19/09
Profissão: Médico

Discurso - download do áudio



O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) - Bom dia a todos, bom dia a todas! Eu subo à tribuna para trazer algumas questões relevantes. A primeira questão é tratado que aconteceu recentemente, no final de julho, o Uruguai decidiu oferecer uma terceira dose de imunizante para as pessoas que tomaram a vacina conhecida como Coronavac. Duas semanas depois, o Chile também anunciou que essas pessoas que fizeram o uso da vacina, cerca de 85% da população, também terão direito a uma terceira dose, no caso, com imunizante da Pfizer ou da AstraZeneca. Isso parte da própria observação dentro dos países, principalmente no Chile, que tem uma alta taxa de imunização, então, em relação a segunda dose, com a Coronavac que teve um aumento grande, principalmente por conta da variante Delta, dentro do país, teve uma retomada de casos naquele momento. Então, apesar de, por conta do próprio ciclo da doença ter reduzido a curva, lá dentro, mas eles iniciaram essa imunização. E isso faz coro com o que a gente está defendendo desde do início do mês de junho, não é uma coisa que nós tiramos da cartola. Nós já estamos aí praticamente há dois meses e meio tentando buscar isso. Enviamos para o Ministério Público, uma representação, a promotora responsável, em um dado momento, ela chegou a anunciar que iria ajuizar a Ação Civil Pública. O Estado do Maranhão, a Secretaria Municipal de Saúde pediram mais tempo para analisar a demanda. O fato é que os prazos já foram excedidos e ao que parece é que o Ministério Público vai deixar a questão, de fato, ser tomada aí pelo Executivo no momento em que algumas pessoas ainda, na verdade, uma quantidade grande, principalmente para quem perde o seu parente e morre, as pessoas imunizadas com Coronavac, principalmente os idosos, eles forem a óbito. E aí lá na frente eles vão dizer que fizeram uma vacinação, depois para tentar conter a curva de disseminação da doença e que não pode pensar na questão da vacina, individualmente. É fácil dizer isso, para quem não morreu, é fácil dizer isso para quem não perdeu um familiar, é fácil dizer: Espere o ano que vem para ter uma dose de reforço, para quem, de fato, não tem nenhum tipo de perda nesse sentido. Tem trabalhos recentes, inclusive esse estudo chileno mostrou que ainda há, mesmo com as duas doses da vacina, cerca de 14 a 16% de óbito com a Coronavac, quando a gente pega, por exemplo, um imunizante da Pfizer, a gente já tem 99% de proteção, tem 1% de falha apenas. Ou seja, eu tenho uma vacina aqui que me dá 1% de falha, a outra me dá 16% de falha. Como é que eu não vou ofertar aos grupos mais vulneráveis, principalmente aos idosos, uma terceira dose do imunizante tendo em vista que aquele que eu já forneci ele é 16 vezes menos potente do que o que as pessoas têm. É uma questão muito lógica, isso, só que a lógica no Brasil ela está cada vez mais como um ativo em falta aqui no País, porque as pessoas têm tomado aí decisões muito estranhas, como o Deputado Luiz Henrique falou, há pouco, tem hoje desfile de armamento de tanque em Brasília, num dia de votação de voto impresso, dentro do Congresso Nacional. Então, são umas coisas que a gente, de fato, não consegue entender. Então, essa questão da Coronavac, eu tenho certeza que logo, logo, nós vamos ter aqui no Brasil em resposta a essa observação científica, não é observação de opinião de ninguém da política, não, é ciência aqui. Vai ter que revacinar todo mundo, que lamentavelmente perdeu seus parentes nesse período, eu recomendo que analise até inclusive medidas legais, cabíveis, em relação a essa questão, porque já está provado que a vacina tem 16% de falha. Se você chegar para uma pessoa e disser para ela que tem 16% de chance de um avião cair, eu duvido se essa pessoa entra. Se 16 em cada 100 vezes, o avião cair, oferece para ela! Diz que é 16% para ver se ela entra no avião. Então, está na hora do poder público tomar medidas no sentido de revacinar as pessoas. Agradecer aqui a Assembleia, a aprovação, e houve inclusive a sanção, apesar do veto ao inciso 7 do artigo 2º da lei, da nossa lei, do Projeto de Lei, que virou Lei 11.519 de 2021 sobre perdas gestacionais. É um projeto que, claro, ele reafirma direitos das mulheres que tenham perdas gestacionais, no período de acompanhamento, de ser acompanhado por pessoa da confiança, vedação de procedimentos médicos desnecessários, não podem ser obrigados a conter suas emoções, tem que ter liberdade dentro do ambiente da maternidade, podem escolher inclusive ter contato imediato com um natimorto, não é preciso tirar o feto da proximidade da mãe, ou o natimorto. Então, são medidas importantes, lamentavelmente, houve veto do inciso 7 que garantia a gestante que teve uma perda gestacional um ambiente separado de outras gestantes que estão com seus filhos, porque, claro, que isso gera uma ferida psicológica grave na mulher que perdeu o filho e está ao lado de uma aqui que está com o seu filho nascido e feliz. Nossa opinião: o Governador não deveria ter vetado. A nossa opinião é de que ele não deveria ter vetado. Vetou com base no artigo 43 da Constituição. Eu tenho impressão que a constitucionalidade pode ser secundária muitas vezes ao interesse público dentro da análise de um veto. Então minha discordância nesse sentido. Vou trabalhar aqui na Assembleia para que a gente possa derrubar esse veto, muito respeitosamente, divergindo da opinião do Governador Flávio Dino. Em relação ao voto impresso, já foi falado aqui, a Comissão Especial da Câmara rejeitou, por 22 a 11, o veto impresso. O Presidente da Câmara vai colocar novamente, vai colocar ao Plenário essa votação. A gente crê que vai ser enterrado de vez esse assunto. E a gente espera um posicionamento firme, principalmente, do Supremo Tribunal Federal para coibir essa palhaçada que se tornou a defesa do Bolsonaro em cima de voto impresso. Está chegando ao ponto de ameaçar a legalidade, as instituições democráticas. Já passou do momento no país. O Congresso, na verdade, está discutindo umas coisas muito estranhas. Hoje eu ouvi, pela manhã, que eles aprovaram um texto para ir ao Plenário, para ser discutido, que vai criar uma lista de preferência, Deputado Ariston, para votação de Executivo. Você vai votando em cinco candidatos para Executivo, do principal até o menos favorável. É uma loucura que está sendo discutida lá em Brasília. Mas eles estão querendo reinventar a roda. A gente fica preocupado com o que pode surgir desse tipo de situação. Está certo? Então muito obrigado a todos pela paciência. Inclusive, obrigado, Presidente, pela tolerância, obrigado.

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