Discurso - download do áudio

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – Bom dia a todos, bom dia a todas! Subo a esta tribuna hoje para trazer à Assembleia Legislativa a reclamação justa dos moradores do Condomínio Jomar Moraes. Nos últimos meses, eles têm sofrido bastante em relação ao problema de falta de água, dentro do condomínio. São 35 blocos de apartamentos que, infelizmente, têm tido dificuldades no fornecimento de água, da seguinte forma. Tem água dia sim, outro dia não, fornecimento apenas de 02h da manhã até as 05h da manhã. Aquilo claramente enche um grande reservatório de água no condomínio e não tem sido suficiente para garantir a distribuição para os moradores. A vida dessas pessoas tem sido impactadas de maneira muito grave com viés, logicamente, muito negativo e a gente sobe aqui para solicitar que tanto a Caema, quanto a Secid, elas adotem providência no sentido de melhorar esse fornecimento de água. A gente sabe que historicamente o fornecimento na cidade de São Luís, para quem não tem oportunidade de ter um sistema autônomo na sua residência, no seu condomínio, é muito difícil, as complicações desse fornecimento de água, elas são visíveis na vida e na saúde das pessoas. E toda aquela população que tem uma renda baixa, que mora no Jomar Moraes, tem a sua vida impactada de forma muito negativa. Então, a Caema, a gente vai oficiar para que adote providências nesse sentido. A gente vai organizar uma reunião também na Secid. Amanhã, nós iremos receber uma comitiva de moradores do condomínio para tratar desses problemas, para fazer um apanhado geral de todas as situações, e a partir daí, a gente vai iniciar as tratativas para tentar solucionar o problema. Fato é que esses problemas de moradia, principalmente nesses condomínios que foram concebidos, a partir do Minha Casa Minha Vida, eles têm problemas estruturais muito graves. E, acima de tudo, eles têm a dificuldade dos serviços ao redor. Como foi concebido o programa, o projeto, ele tem uma ótima intenção de dar moradia digna às pessoas, porém, em muitos locais, nós temos distanciamento, por exemplo, de escolas, de creches, de postos de saúde, regiões completamente desamparadas de serviços públicos, bancos. Então, as pessoas, literalmente, foram retiradas dos bolsões de pobreza habitacional do centro, do grande centro urbano da cidade e foram colocadas para fora. E, aí, a gente vai chamar isso de engenharia social, de gentrificação, como quer que queiram chamar. Fato é que as pessoas foram retiradas e não estão sendo oportunizados direitos mínimos. O acesso à água está muito bem estabelecido, hoje em dia, por legislações como o marco de saneamento. É um direito universal. A segurança hídrica é um princípio, hoje, que é necessário a todos os municípios do país. Então, quando a gente tem uma obra com essa extensão, trinta e cinco blocos, um dos maiores conjuntos habitacionais do Estado do Maranhão, sem dúvida, a gente vai ter que ter uma ação firme do Poder Público, de uma empresa pública como a Caema, que, infelizmente, apesar de a gente perceber que há um esforço para melhorar o serviço com essa nova gestão em comparação com as anteriores, mesmo que uma melhora pequena, houve melhora. Uma empresa que o Governo, lamentavelmente, tem que injetar todo mês recurso para fechar as contas. A gente vai precisar desse esforço adicional da Caema para melhorar a vida dessas pessoas. É uma crítica que a gente faz à empresa necessária. A gente precisa trazer a Secid também para enfrentar esse problema junto. O que a gente não pode deixar são as pessoas nessas condições de vida tão ruins, porque, de fato, quem sabe aí o que é ficar sem água vários dias, como na época era morador do centro da cidade, do Monte Castelo, muitos anos atrás. A gente sofria. A água era três vezes por semana. É bem complicado. Então fica aqui o nosso registro, o nosso apelo tanto à Caema quanto à Secid para a gente adotar providências nesse sentido. Nós estamos aqui para contribuir, para somar, para agregar.