02/09/2021 - Pequeno Expediente Betel Gomes Betel Gomes

Betel Santana Rodrigues

Aniversário: 21/02
Profissão: Professora

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A SENHORA DEPUTADA BETEL GOMES (sem revisão da oradora) - Bom dia a todos! Senhor Presidente, componentes da Mesa Diretora, Senhores Deputados e Senhoras Deputadas, TV Assembleia e a todos que nos acompanham pelas redes sociais. Toda honra e toda glória sejam sempre para o Senhor, agradeço a Deus pelo dom da vida! Hoje, eu venho a essa tribuna trazer um tema que tem dilacerado os corações de milhares de famílias no mundo inteiro: o suicídio. O suicídio é um fenômeno muito complexo, o qual preocupa os órgãos internacionais devido ao crescente número de pessoas que perdem a alegria de viver. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, no Brasil, cerca de 12 mil pessoas tiram a própria vida, por ano. No mundo, são cerca de 800 mil suicídios anuais. O Brasil só perde para os Estados Unidos. Em 2003, a Organização Mundial de Saúde instituiu o dia 10 de setembro para ser o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. No Brasil, a campanha “Setembro Amarelo”, foi iniciada em 2015 com o objetivo de conscientizar sobre a prevenção do suicídio e dar visibilidade à causa. Com base da Organização Mundial de Saúde no mundo, as notificações apontam para um suicídio, a cada 40 segundos, no Brasil, a cada 46 minutos, uma pessoa tira a própria vida. Uma realidade impactante quando se identifica o perfil das vítimas brasileiras, a maioria é homem, negro, com idade entre 10 e 29 anos, segundo dados do Ministério da Saúde, avaliados entre 2016 e 2019. No mês de setembro, a cor amarela tem um significado especial: chamar a atenção, cuidar de conscientização da sociedade para a prevenção do suicídio. Muitas instituições privadas e particulares aderiam à campanha do “Setembro Amarelo”, no intuito de alertar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil e suas formas de prevenção. Segundo a Organização Mundial de Saúde, nove em cada dez casos poderiam ser prevenidos, o que justifica a importância dessa campanha. Segundo os estudiosos desse fenômeno, o comportamento suicida não está atrelado a um único fato nem pode ser engessado como decorrente de única causa. No entanto, é importante compreender que a violência revela seus males não apenas em relação ao dano imediatamente sofrido, mas aos danos decorrentes das consequências psíquico sociais que, em cada realidade, serão expressas de forma diversas, entre elas, o comportamento suicida. Vale destacar que, segundo a Secretaria do Estado de Saúde, foram registrados em 2019, no Maranhão, 1.397 casos de violência autoprovocada, sendo 418 na capital. No mesmo ano, 335 pessoas se suicidaram no estado, 46 delas em São Luís. Segundo relatório da unidade da estatística em análise criminal da Secretária de Segurança Pública, referentes à Região Metropolitana de São Luís, no mês de agosto de 2020, foram cometidos nove atos contra a própria vida e, no mês de setembro, 01 caso. As vítimas têm entre 20 e 54 anos. Esses dados não significam só números, mas vidas que se foram e famílias que ficaram devastadas. Com esse índice crescente em que as pessoas estão perdendo a alegria de viver e muitos dão cabo a sua vida, é importante que as três esferas de governo busquem mais estratégias e mais ações para promover a valorização e proteção da vida. Segundo Bauman, a sociedade é liquida, onde as relações interpessoais são fluídas e ser amigo ou desfazer amizades, romper laços está a um clique de nossos dedos, deixando o processo de construção e desconstrução das relações mais célere e fragilizado. Vivemos em uma sociedade excludente, onde nem sempre as diferenças são respeitadas, onde o “ter” vale mais que o “ser”. É importante pensar políticas públicas no sentido de ampliar e incentivar a saúde emocional de crianças e adolescentes, informações de prevenção ao suicídio que cheguem às pessoas de todas as classes sociais e econômicas, para que os índices desse fenômeno tão complexo possam diminuir. Precisamos continuar lutando para construir uma sociedade em que as pessoas estejam acima de números e que tenham valor, independente de sua posição social, intelectual ou financeira, ou seja, uma sociedade mais justa e mais igual. Obrigada.

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