21/09/2021 - Tempo dos Blocos César Pires César Pires

César Henrique Santos Pires

Aniversário: 13/10
Profissão: Professor

Discurso - download do áudio



O SENHOR DEPUTADO CÉSAR PIRES (sem revisão do orador) - Que Deus abençoe todos nós. Presidente, eu quero agradecer a visita do IBGE, conosco, a participação também importantíssima por parte da consultoria desta Casa que enriqueceu demais o debate. Foi justamente, Presidente, a busca dessas informações do IBGE que gerou a possibilidade de novo encontro justamente com o Imesc, o IBGE de volta e a Famem que vai mandar técnicos para trabalhar conosco. E ali surgiu também a possibilidade de o IBGE encaminhar técnicos para cá para trabalhar junto à consultoria nossa para fazer - quando eu digo nossa, é da Casa; não é do meu gabinete - data vênia, para trocar ideia sobre a questão do Sigra, ou seja, da captação de informações do IBGE, para transformar em dados e, consequentemente, jogar para esta Casa. E eu fiquei muito feliz, Presidente, com aquilo que eu escutei. Evidentemente, com a forma de explanação a minha felicidade, não com a forma dos resultados. Para que V. Ex.ª possa ter uma ideia, a desocupação, ou seja, pessoas que não encontraram empregos formais em nível do Executivo, nas esferas federais, estaduais e municipais e, também, no serviço privado. O Maranhão tem hoje 17.2% da sua população ativa contra 14.1% do Brasil de pessoas desocupadas, ou seja, procuraram emprego e não encontraram emprego de forma alguma. Mas o mais difícil de minha compreensão também é saber que nós temos pessoas desalentadas, ou seja, aquelas pessoas que não mais procuram emprego, que já cansaram, estão desestimuladas dessas possibilidades. Enquanto que no Brasil são 5% da força de trabalho desalentada, no Nordeste 11%, no Maranhão 18.6% da população de trabalho acima de 14 anos estão desalentadas, ou seja, já não acreditam mais na possibilidade de ter emprego. Ficam ali aquelas pessoas sem a menor possibilidade, como se fosse e são, na verdade, párias da sociedade maranhense. Distorção de rendimentos de sexo. Essa também é cruel aqui no Maranhão. Enquanto no Brasil 78.7% das mulheres ganham igual ao homem, no Maranhão 64.6% estão ganhando menos do que o homem. Ou seja, a pior referência que tem do Nordeste é a do Maranhão na relação sexo masculino e feminino no ganho de serviço. Foram dados que eu não queria até dizer para V. Ex.ª que fico feliz com isso. Olha aqui: 14.9% da nossa população em trabalho, 14.9%. Em 2016, era 14.9%, hoje continua 14.9% que produzem apenas para comer, para comer. Nem sequer para comprar uma roupa velha as pessoas têm recurso para isso. 14.9%. é cruel. É aquela pessoa que uma vez saiu nos jornais e nas televisões, que vende um cacho de banana e se sustenta durante o mês. R$ 85,00 era naquela época que a televisão mostrou. Percentual de pessoas que contribui para a Previdência: apenas 39.8% da população maranhense em força de trabalho produz vinculada ao INSS. Ou seja, o restante não vai se aposentar. E aí V. Exas. imaginam que vão para aqueles benefícios do Governo e é por isso que o Maranhão, às vezes, o seu eleitorado no Piauí, no Maranhão e em Alagoas vivem à mercê dos benefícios governamentais e atrelam as suas tendências eleitorais justamente a esses benefícios. E quando você examina o porquê, não é aquilo que eles querem ou o que eles pensam, são as suas próprias necessidades que se encantam muito quando o governo alardeia pelos meios de comunicação um ganho dessa natureza. Presidente querido, coleta de lixo: 57% da população tem coleta de lixo; 14% coletado por caçamba; 25% queimam o seu lixo. Mas aí a nossa querida Consultoria disse: Deputado, e disse ao IBGE, isso é muito mais uma questão cultural do que propriamente pela deixa de fornecimento de contêineres ou de coletadores de lixo na praça. Eu sei que o tempo é insuficiente, eu tenho eu cumprir as regras, mas 50% da nossa população usa carvão, carvão, difícil de compreender. E isso não foi em função do aumento, é um comportamento de 2016 a 2019, de onde foram coletados os dados. É claro que agora com o aumento do gás, com certeza, essa possibilidade aumentou ainda mais. São esses dados, gente, que eu trago para vocês e que a gente diz aqui percentual de domicílio ligado à rede geral de distribuição, 78%, mas é preciso saber que um percentual mínimo é que tem distribuição de água diária, outro percentual dentro desses 78% foi fornecido apenas 3, 4 dias na semana, às vezes 1 ou 2 dias na semana. Então, são dados alarmantes que têm que estar no radar ou nas promessas, digo que não é proposta, porque proposta deveria ser executada, são, na verdade, nas promessas que são alardeadas agora, sobretudo, agora com as novas campanhas de governo que nós estamos aí, beira a alcançar 40% da população do Estado do Maranhão não tem, não tem terreno próprio, as suas casas podem até ser próprias, mas quando são investigados a origem dos seus terrenos não são próprios. Então, são dados que quando comparados com o Nordeste, são perversos, quando comparados com o Brasil ainda se distanciam muito mais, mas não são dados produzidos por mim, são dados produzidos pelo IBGE, que eu convido os nossos colegas, foram três só no dia escutar os dados do IBGE, que se tiverem de contestar, contestem os dados do IBGE, e vão nos acompanhar na quinta-feira agora quando o Imesc vai tratar disso desses dados sociais, e quando vai tratar também junto com a FAMEM, dessa distribuição territorial do Maranhão, que ainda é uma chaga, que ainda é um cancro, que sobrevive muito, a quem pertence aquela rua, a quem pertence aquela escola, a quem pertence aquela população estudantil. E mais, a população estudantil no Maranhão diminuiu, já que o Presidente concedeu mais esse tempinho, eu vou ver se eu acho aqui nessa distribuição, a distribuição da escolaridade aqui no Maranhão, diminuiu muito, muito as matrículas no campo da educação, saindo, vejam bem o seguinte: no ensino fundamental, em 2015, nós tínhamos um milhão duzentos e trinta e oito alunos, nós temos agora só um milhão cento e vinte três mil alunos, e esses alunos e esses dados são de 2019, portanto, não há alegação pandêmica, para justificar o estreitamento da oferta do ensino fundamental, que é o ensino patrocinado pela Prefeitura, da rede estadual, que é o ensino médio, eu falarei em outra oportunidade. São esses dados, Presidente, que eu quero trazer aqui a V.Exa. para discussão, outro dado médico, enquanto no Nordeste, 72% procura médico, no Maranhão só 67% se distanciando muito dos quase 80% da população nacional que procura médico. As razões e as motivações estão dentro do contexto da oferta, da pouca oferta hospitalar, da pouca oferta de médico nos municípios como um todo. Não quero aqui culpar só o “balancinho” do Estado, que não deixa de ser culpado também, mas não é só ele, é um todo. Então, são esses dados do IBGE que eu acho que conflitam e poderão ser discutidos conosco, na quinta-feira, na Sala das Comissões, junto com o Imesc, junto com a Famem. É apolítico, é uma construção de conhecimento, de interesses e interpretação de dados que vão facilitar muito os nossos pronunciamentos e o nosso compromisso com a sociedade do Maranhão. Ficam aqui os dados a quem quiser, em nosso gabinete, e um convite para quinta-feira estarmos juntos de novo discutindo o distanciamento territorial com inclusão de um ou outro espaço físico no Maranhão, nesse ou naquele outro território, porque há perdas nas questões financeiras que devem ser discutidas. Muito obrigado por tudo.

+ Notícias
banner-ouvidoria

ATENDIMENTO

Palácio Manuel Beckman
Av. Jerônimo de Albuquerque - Sítio do Rangedor - Calhau
São Luis - Maranhão - CEP: 65071-750
Telefones: (98) 3269-3000 | 3269-3001

EXPEDIENTE

De segunda a sexta-feira das 8h às 18h

SESSÕES PLENÁRIAS

• Segunda-feira: a partir das 16h;
• De terça a quinta-feira: a partir das 9h30.

AGÊNCIA ALEMA