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O SENHOR DEPUTADO LUIZ HENRIQUE LULA DA SILVA (sem revisão do orador) - Presidente Othelino, mais uma vez, saudações à Casa e à Mesa. Queria primeiro cumprimentar o técnico legislativo desta Casa, Anderson Rocha. Ontem, tive o prazer de participar do lançamento de seu livro que trata exatamente das nossas práticas parlamentares. E um livro sobre o Regimento da Casa e, diferentemente de outras experiências, de outras publicações, é um livro comentado. Muito importante para o conhecimento de causa das nossas assessorias, o livro do Anderson, e muito importante também esse livro sobre o funcionamento da Assembleia porque é similar ao funcionamento das Câmaras Municipais, portanto recomendo que essa publicação seja pauta dos poderes legislativos do Maranhão, inclusive, o nosso. Publicação, trabalho que deve ser prestigiado por todos nós. Por fim, Presidente, deixei para fazer nesse Expediente Final um balanço do que foi a caravana “Lula Livre, Brasil Livre”, que viveu a sua primeira experiência de São Bento. A priori, nós iríamos fazer a caravana no município de Viana, mas havia dois grandes eventos da Baixada previstos para esse final de semana, o evento do PDT, na cidade de Pinheiro, que o nobre Presidente participou, e várias inaugurações em algumas cidades da Baixada, dentro das quais, Matinha, que fica muito próxima a Viana, do Governador Flávio Dino. E como havíamos previsto a participação e a efetivação da caravana “Lula Livre, Brasil Livre”, em duas cidades do Maranhão, da Baixada, Viana primeiro e São Bento depois, para não haver concorrência com os dois eventos, nós focamos apenas na segunda cidade prevista para fazer aquele momento. O momento de Viana seria o momento de rua. O momento de São Bento seria o momento dos diretórios da região da Baixada numa parte dela, interno, que seria realizado lá na Câmara de Vereadores. Mas devida a motivação daqueles 12 municípios que lá se encontravam, com as suas direções, encerramos o encontro de São Bento com a participação da caravana. O que é a caravana? A caravana consiste em um ônibus em que a direção do PT, as suas principais lideranças, seus parlamentares e os seus dirigentes municipais, a sua militância, nesse espaço de 45 lugares, percorrerão onde já iniciaram a partir de São Bento. E aqui o meu agradecimento ao Presidente do PT de São Bento, Américo, que nos recebeu, nos recepcionou com a forma tradicional, hospitaleira com que nos recebe na cidade de São Bento. E foi com grande satisfação que pudemos fazer o nossos encontro durante o dia inteiro na Câmara Municipal, onde debatemos a conjuntura, onde debatemos os aspectos políticos nacionais, os aspectos políticos que envolvem o estado, as possibilidades que temos, os desafios e o papel que o Partido dos Trabalhadores exerce nesse momento difícil e complexo da conjuntura. E, no final, por volta de cinco e meia da tarde, com a chegada da caravana, com um ônibus lotado, com a logomarca da Campanha “Lula livre, Brasil Livre”, nós percorremos, fizemos uma caminhada no final de tarde na cidade de São Bento colocando finalmente o bloco na rua, como eu digo, colocando a caravana na rua para que possamos fazer esse importante debate no Estado do Maranhão. Numa verdadeira disputa de narrativa mesmo. Nós precisamos interiorizar a mobilização do povo para que o Maranhão, a exemplo de outros estados da Federação, demonstre ao governo federal e ao Congresso Nacional que tem sido conivente com os desmandos que o País vive para que o país e o governo federal e o Congresso entendam que o estado de coisa, de governança que somos submetidos, atualmente, não dialoga com os interesses e expectativas do povo. Hoje, Dia da Árvore, que poderia ser um dia de comemorarmos os avanços, que poderíamos ter no que diz respeito às propostas e às questões ambientais, é mais uma vez um dia de tristeza, um dia de indignação pelo que a gente assiste com o desmatamento absolutamente descontrolado, com o patrocínio do governo federal para que esse desmatamento aconteça, com a sua omissão quando não com o seu entusiasmo para que isso aconteça, e portanto não é nada agradável, não é nada salutar, que neste Dia da Árvore estejamos submetidos a uma lógica de governo que vai na contramão de tudo aquilo que se discute no mundo, em relação à preservação ambiental. Esse governo para aonde a vista alcança, é um desastre, os resultados são os piores possíveis, seja em que direção se destine o olhar, é sempre um governo que tem os piores resultados. Eu não lembro de um governo tão desastroso, tão caótico, tão sem resultado a favor do povo, como esse governo desse atual presidente. A democracia, dizia Winston Churchill, é o pior dos regimes, mas não se inventou nenhum regime melhor do que ele. E eu tenho certeza que ano que vem a população que o colocou, haverá de ser a população que irá escorraçá-lo da Presidência. E a palavra é essa mesma, porque todos os danos que essa Nação está submetida, não tem outro termo que não seja de escorraçamento. Mais uma vez, Presidente, somos submetidos ao vexame internacional. O Brasil que se orgulha, do que o Osvaldo Aranha fez, é tanto que o Brasil é o primeiro, o país que faz abertura das sessões da ONU. O Brasil se envergonha, está submetido outra vez a chacota e ao vexame internacional, porque o presidente sequer pode frequentar um restaurante, Deputado Paulo Neto, porque ele não se vacina, ele se nega a fazer a coisa mais elementar com a sua própria saúde, que é se vacinar. E tem que ser nos líderes, deve ser dos líderes o bom exemplo, mas é tudo que não se tem desse Presidente da República. A Caravana “Lula Livre, Brasil Livre” tem esse objetivo de dar luz a esse problema. Não que o Lula não esteja no coração do povo do Maranhão, muito pelo contrário, a história mostra que ele sempre teve, mesmo nas suas derrotas, uma grande votação no Maranhão, se não as votações recordes. Não é isso o que está em jogo, o que está em jogo é o esclarecimento da sociedade de que esse presidente estabeleceu a lógica genocida, a lógica negacionista com que ele conduz o Brasil. Esse Brasil do Bolsonaro não é o Brasil que a gente conhece, não é o Brasil com o qual temos identidade. Portanto, a caravana percorre o Maranhão em 20 cidades polos numa primeira etapa, de agora até novembro, e depois vai percorrer cidades menores para que se dê luz ao que se passa no Brasil, o que acontece com o patrimônio nacional que vem sendo vilipendiado, vendido a preço vil nas tentativas que faz, como fez, por exemplo, com a questão dos Correios. E é isso que nós vamos colocar para que a sociedade tenha conhecimento não só da necessidade e da liberdade que está posta do ex-presidente Lula, mas, principalmente, Presidente, da sua inocência. Não nos basta ter o Lula livre, mas sim reproduzir a verdade, concatenar a verdade para que a sociedade entenda o que esse homem passou, a que o país está submetido a partir disso. Tenho dito, Presidente. Muito obrigado pela tolerância.