21/10/2021 - Pequeno Expediente Dr. Yglésio Yglésio Moyses

Yglésio Moyses

Aniversário: 19/09
Profissão: Médico

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O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) - Bom dia a todos, bom dia a todas! São Luís amanheceu sem um ônibus circulando, apesar da decisão de ontem, da Desembargadora Ilka Esdras, que disse que devia ser garantido o percentual mínimo de 90% da frota de ônibus em funcionamento. Em todas as linhas e itinerários, em todos os horários, com os respectivos motoristas e cobradores, em todos os minutos do dia. Que não haja coação ou impedimento aos trabalhadores que não queiram aderir ao movimento de não trabalhar. Não haja bloqueio das estradas, garagens das empresas prestadoras de serviço de transporte público municipal. Que não seja praticada qualquer tipo de greve, tal como greve branca, operação tartaruga, greve de zelo, greve de ocupação, greve ativa, greve intermitente, greve seletiva ou qualquer outra que venha prejudicar a prestação de serviço público. Em caso de descumprimento, a Justiça do Trabalho estabeleceu multa diária de cinquenta mil reais ao Sindicato dos Transportes Rodoviários e ao SET. Pois bem, São Luís amanheceu hoje sem um ônibus. Quem deu entrada na ação foi a Prefeitura de São Luís. O Prefeito há alguns dias disse o quê? Que não haveria aumento de passagem de ônibus. Os rodoviários querem aumento, as empresas alegam que não há possibilidade de dar aumento, por conta da condição financeira dos seus próprios quadros hoje. O grande problema é o que venho falando desde o início do nosso mandato, nós temos uma evidente bomba relógio no transporte público da cidade de São Luís. Começaram a fazer gratuidades, cada vereador propôs uma gratuidade, na época, eu não estou falando da atual composição da Câmara de Vereadores de São Luís, inclusive, lamentavelmente, não foi organizado o sistema de transporte, as linhas, o desenho de linhas. Quando foi licitado o sistema de transporte, não obedeceu a um plano de mobilidade, foi feito da maneira incorreta, tem lugares que precisam de muito ônibus e não tem, tem lugar que não precisam de tantos ônibus e tem um monte de ônibus passando, para atender, muitas vezes, interesse político de A, B ou C. Lamentavelmente, o que tem sido feito pela atual gestão, também está muito parecido com o que o Edivaldo vinha fazendo. Então, o Braide precisa, nesse momento, de um posicionamento de diálogo. Diálogo com os sindicatos, diálogo com as empresas, porque quando chega a desembargadora, coloca uma decisão que ela praticamente retira o direito de greve dos rodoviários, que para mim tem um abuso aqui também na decisão, tem excesso na decisão da desembargadora, está muito claro isso, até porque 90%, Deputado Hélio, é igual a 100%, só faz economizar um pouquinho para as empresas com transporte com tudo isso. E aí no outro dia sai uma decisão como essa, no sindicato, literalmente, todo mundo adere, para, muito provavelmente tem um combinado com as próprias empresas. Combinado esse que a gente já vem falando há algum tempo aqui, que não podia ser tirado o direito de greve dos rodoviários, com certeza. Quando a juíza diz 90%, não pode greve assim, greve assado, greve assim, greve assado, greve pintada, greve cor-de-rosa, greve branca, greve preta, o que acontece? Ela tira o direito, não pode, mas quando no outro dia tem um desrespeito total, a população não pode ser penalizada sem poder sair de casa para chegar ao emprego. Já está tão difícil a situação de trabalho das pessoas, já está tão caro pagar passagem e aí as pessoas não têm acesso a chegar porque cortaram 100%, é uma afronta, é um abuso, abuso também do próprio direito de greve, porque o transporte público é uma concessão que tem um direito subjacente também. O direito a greve ele é um direito tão grande quanto o direito de ir vir, ele não é maior do que o ir e vir, então não tem como a gente considerar normal 100% de greve. Mas nesse momento precisa ter uma intervenção das cabeças: a SMTT e o prefeito se sentarem com o movimento para dialogar. Olha, eu não sei o que acontece que, em São Luís, há muitos anos, desde o tempo de Castelo, que prefeito não se senta para conversar com o movimento social, com organização sindical, precisa, bora lá, Braide, vamos para a mesa de negociação. A gente precisa que você se posicione nesse momento para garantir, claro, o direito dos trabalhadores, mas principalmente o direito dos milhares são centenas e milhares de ludovicenses, pessoas que moram aqui que estão prejudicadas, não tem nem como recorrer ao transporte alternativo, está em franca decadência. Eu imagino quem precisou, Deputado Wellington, pedir um Uber hoje para chegar, em algum lugar, quanto que não teve que pagar para muitas vezes não perder o emprego. Então, a gente se coloca no lugar dessas pessoas, porque já está tão difícil, gás a R$ 104,99, combustível a R$ 6,15, está complicado. Então, é hora dos homens públicos, das mulheres públicas, das pessoas públicas, mas principalmente das pessoas de bem, que se propuseram a fazer parte da administração pública, se posicionarem, pessoas ficarem dentro das suas casas...

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO ROBERTO COSTA – Deputado Yglésio, um minuto para concluir, porque cortaram o som.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Pessoas ficarem dentro das suas casas, impedidas de sair por conta de falta de ônibus, nós não podemos tolerar. Então, a Prefeitura e a SMTT precisam chamar uma grande mesa de negociações e essa situação precisa ser resolvida, urgentemente.

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