27/10/2021 - Pequeno Expediente Mical Damasceno Mical Damasceno


Aniversário: 14/01
Profissão: Administradora

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A SENHORA DEPUTADA MICAL DAMASCENO (sem revisão da oradora) – A Deus seja a glória! Senhor Presidente, deputados e deputadas, amigos da imprensa, internautas, telespectadores, funcionários da Casa, assim como todos desta Casa Legislativa, paz de Deus. Bom, o motivo da minha fala aqui hoje é para comentar a respeito do recente lançamento da plataforma Gonçalves Dias, que é uma plataforma de estudo online, fornecida pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Educação - Seduc. Uma iniciativa louvável e muito relevante, apesar de estar atrasada, pois convenhamos, senhores e senhoras, o período mais crítico da pandemia e de isolamento social já está passando, já passou, mas, enfim, ainda assim, reconheço e parabenizo o Senhor Governador e o Secretário por apresentarem uma ferramenta de aprendizagem tão essencial para os estudantes maranhenses. Louvável ainda foi a excelente escolha do nome da plataforma, que se chama Gonçalves Dias, um dos maiores expoentes da nossa literatura, um grande intelectual que, sem dúvidas, deve servir de inspiração aos nossos estudantes. Entretanto, uma conversa é com o meu amigo pastor Cláudio Froes, daqui de São Luís, da Assembleia de Deus, aqui em São Luís, fez com que eu refletisse que o mesmo sentimento e coerência da criança da plataforma não foi observado do lançamento dessa tão importante plataforma digital, sim, pois para uma ferramenta que leva o nome de Gonçalves Dias e que tem como objetivo auxiliar, estimular e inspirar o jovem estudante do Maranhão, entre tantos adolescentes e jovens que poderiam ser chamados para apresentar essa plataforma, imaginei que poderiam ser chamados para apresentar essa plataforma. Então é aqui o grupo, na verdade, aqui quando eu imaginei que um dos estudantes da rede pública do grupo em 2020 que se destacou nacionalmente, por meio do projeto criativo, projeto desafio criativo da escola 2020, mas, infelizmente, não, não foram esses jovens que se destacaram nacionalmente no desafio da aprendizagem que foram escolhidos para representar os estudantes maranhenses e apresentar ao público e aos jovens e adolescentes a plataforma do Governo do Estado, não foi também a jovem estudante de Imperatriz, a Juliana Vieira, meu querido deputado aqui que representa a nossa região Sul, de Imperatriz, não foi a Juliana que se destacou entre 28 pessoas no Brasil que tiraram nota máxima na redação do Enem, em 2021, entre 2 milhões e 700 mil pessoas inscritas, ela se destacou, estou falando da Juliana Vieira, de Imperatriz, nota máxima na redação do Enem, mas nem por isso ela foi escolhida para apresentar essa plataforma de ensino da Secretaria de Educação do Estado, também não foi escolhido o Jederson Souza Bandeira, estudante de Passagem Franca, que tem apenas 16 anos, mas que se destacou em meio a 10.119 inscritos no Programa Jovem Embaixador, ele foi escolhido com mais de 32 jovens de 24 estados, um estudante maranhense selecionado lá por seu conhecimento, mas não foi o suficiente para ser selecionado para apresentar a plataforma de estudo, aqui da SEDUC, da Secretaria de Educação do nosso Estado. Mas quem foi mesmo? Imagino que uma plataforma tão relevante, com esse nome Gonçalves Dias, um intelectual deve ser alguém que inspire os jovens maranhenses, quem sabe, alguém que ganhou um destaque nacional ou até internacional, aí então poderia ser a Raissa Leal, a fadinha, que encheu de orgulho não só o Maranhão, mas sim todo o país que ficou até alta madrugada torcendo por ela. Então, eu quero deixar aqui bem claro que a minha fala não tem nenhum caráter preconceituoso ou pessoal, mesmo porque eu nem conheço o jovem escolhido. Minha fala aqui como deputada e representante do povo é para compreender a razão, a motivação da escolha da pessoa em questão. Trata-se de um jovem, um adolescente de 16 anos que tem um codinome Bota Pó. Isso mesmo! É Alex Brito, um adolescente homossexual, que se veste como mulher e que ficou conhecido nas redes sociais por colocar pó na cara. Meu Deus do céu! Por fazer maquiagem. Ele foi escolhido e chamado para fazer a propaganda da plataforma de ensino do nosso Estado. Queridos, façam as suas próprias conclusões, mas eu chamo isso de doutrina ideológica com o dinheiro público. Um adolescente, um menino que se veste de mulher, que ensina a se maquiar, é que representa os estudantes maranhenses. Isso é uma aberração! Isso nos traz tristezas. Eu fiquei estarrecida quando eu vi esse vídeo com esse garoto que vai fazer a representação da plataforma digital! Os estudantes que se destacaram não foram escolhidos! Qual a intenção que está por trás de colocar um adolescente, um menino que se veste de mulher e ensina a fazer maquiagem, para falar em uma plataforma representando os estudantes maranhenses?

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO OTHELINO NETO - Deputada Mical, o som já vai ser liberado.

A SENHORA DEPUTADA MICAL DAMASCENO – E por favor, não se trata de questão de homofobia, a escolha e a orientação sexual é um direito dele, inerente a ele, diz respeito apenas a ele, mas não posso admitir a utilização ideológica do Estado para normatizar a transexualidade na infância e adolescência. Deixem as nossas crianças em paz. Eu vou repetir: deixem as nossas crianças em paz. Aqui eu quero ser bem clara. Não se trata de preconceito, inclusive se o assunto do programa fosse o combate à homofobia, pautas LGBT, claro que o Bota Pó ou outro nome ligado a essa temática seria uma escolha relevante para representar a causa, mas, no caso aqui da educação, é doutrinação ideológica sim, é a utilização do Estado para doutrinação ideológica e jamais aceitaremos isso. Já não é surpresa para nós essa tentativa de empurrar goela abaixo uma visão distorcida do que pensa o seu progresso e o fim das diferenças. O que me causa repulsa e repúdio é a tentativa de manipulação e doutrinação ideológica nas nossas crianças. São crianças apenas! Talvez me cancelem, como tentam fazer sempre com quem vai contra tudo isso e acabam sendo acusados de preconceito, mas eu quero deixar bem claro que não se trata de preconceito, mas de tristeza, de decepção. É lamentável. O que faço aqui é um desabafo de uma mãe, de uma avó. Na verdade, eu falo aqui por milhares de mães e pais que não podem subir nesta tribuna, mas fui eleita para falar por eles, falo pelos evangélicos, pelos católicos, cristãos e não cristãos, falo por pais e mães maranhenses que estão estarrecidos, entristecidos nesse momento por usar crianças e adolescentes nas mídias para promover uma polêmica. É um grande erro, é um excesso, é uma excrescência, quem deve escolher assuntos que atingir as crianças na sua primeira idade são seus pais, quem doutrina são seus pais e a ideia do vídeo passa uma falsa normalidade de transexualidade para um adolescente de 16 anos. Expor crianças a comportamentos que elas sequer entendem, pode certamente deixá-las confusas e levá-las a uma sexualização precoce. Deixem as nossas crianças em paz. São essas as minhas palavras, Senhor Presidente.

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