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O SENHOR DEPUTADO WELLINGTON DO CURSO (sem revisão do orador) - Senhor Presidente, meu amigo, meu príncipe, Deputado César Pires, muito bom dia, bom dia aos demais deputados. Ariston, meu amigo, muito obrigado pelas felicitações, estamos juntos! Mais juntos que se possa imaginar. Estamos juntos! Senhor Presidente, eu volto à tribuna desta Casa, mais uma vez, para cobrar do Governador Flávio Dino, transparência. Cadê o líder do governo que não veio falar nada sobre o seletivo fraudulento? Nada. Denunciamos na semana passada, ou melhor, há mais ou menos quinze dias, cobramos na semana passada e estamos aqui novamente cobrando satisfação do Governo do Estado. Será se vai ser preciso eu pegar um carro de som, ir para a porta do Palácio dos Leões, cobrar de Flávio Dino as informações que nós estamos cobrando na tribuna da Assembleia? Seletivo fraudulento. Seletivo eleitoreiro. O Governador Flávio Dino demorou para entregar o Hospital da Ilha. Um hospital que vai beneficiar a Região Metropolitana, o Estado do Maranhão. Mas ele vai utilizar a inauguração com fins eleitoreiros e já mostra isso com o seu seletivo. Por que Governador Flávio Dino não está realizando concurso para o Hospital da Ilha? Ele está fazendo um seletivo fraudulento. Um seletivo eleitoreiro. Anunciou que o seletivo é temporário. Que o seletivo tem validade de um ano. Validade só até o ano que vem e começou a chover denúncias contra esse seletivo do governo. Nós começamos a nos debruçar sobre essas denúncias e constatamos, verificamos que vários outros seletivos do Governo do Estado tinham possibilidade de fraude, possibilidade de máfia, de direcionamento, de indicação política. É o famoso QI. Você que está em casa e sabe o que é QI? Não é coeficiente de inteligência. QI, no Maranhão, significa quem indique. Quando a pessoa vem fazer um seletivo, aí perguntam: Você conhece algum secretário de Flávio Dino? Você conhece algum deputado federal de Flávio Dino? Você conhece algum deputado estadual de Flávio Dino? Peça uma vaga para ele, que ele vai lhe colocar no serviço público, vai lhe dar uma vaga. Não precisa de seletivo. Muitas pessoas já ligaram para mim, muitas pessoas já ligaram para o Deputado César Pires. “Deputado César Pires, consiga uma vaga nesse seletivo”. A resposta minha e do Deputado César Pires é a mesma: “Como, se é um seletivo?” “Não, Deputado, é porque eu fui lá na EMSERH e disseram que se eu tiver um deputado, um secretário, eles conseguem uma vaga para enfermeiro, técnico de enfermagem, fisioterapeuta”. E eu disse: Como é que essa história? “Deputado o senhor não pode falar meu nome, porque senão eu vou ser perseguido, eu vou me prejudicar. Mas é isso mesmo. Se tiver algum deputado amigo de Flávio Dino, algum secretário de Governo, consegue uma vaguinha”. “Mas não é seletivo? Não tem que analisar o currículo?” “Não, Deputado. É QI, quem indique”. Eu digo. “Infelizmente, eu não posso lhe indicar. Infelizmente eu não compactuo com essas práticas nefastas do Governador Flavio Dino”. Eu faço a pergunta: quem são os deputados estaduais que colocaram nome no seletivo fraudulento? Quem são? Eu não quero crer que tenha par meu, que tenha deputado da Assembleia Legislativa que indicou pessoas para esse seletivo fraudulento. A denúncia que chegou é que tem secretário candidato a deputado e que tem também deputado que é candidato a deputado federal. Estão investigando. Vou mandar tudo para o Ministério Público e para o Tribunal de Contas do Estado. Eu não acredito que essa lista seja fraudulenta. Mas, enfim, solicitamos informações do Governo do Estado. Ninguém diz nada. Está todo mundo calado. Segundo, solicitamos ao Governo do Estado que possa suspender, cancelar, anular esse seletivo fraudulento, eleitoreiro e, por último, que possa realizar concurso público para o Hospital da Ilha. Enquanto isso, Flávio Dino continua calado, mudo, calado. Enquanto eu tiver voz, estarei na tribuna da Assembleia denunciando, cobrando e apontando soluções para os problemas. E um deles é anular o seletivo fraudulento, golpista, imundo, eleitoreiro e realizar concurso público.