30/11/2021 - Discussão de Requerimento Wellington do Curso Wellington do Curso

Carlos Welington

Aniversário: 27/09
Profissão: Professor e Empresário

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O SENHOR DEPUTADO WELLINGTON DO CURSO (sem revisão do orador) - Senhor Presidente, demais pares, senhoras e senhores, internautas, telespectadores que nos acompanham por meio da TV Assembleia, o nosso mais cordial, bom dia! Que Deus seja louvado. Senhor Presidente, a solicitação, por meio desse requerimento, é que na semana passada nós fomos constrangidos, Deputado Wellington, como assim constrangido? Porque nós que somos políticos, eu, em particular, me sinto constrangido quando vejo uma situação daquela, um idoso, de 82 anos de idade, chega em um pronto atendimento e não tem uma cadeira de rodas, não tem um meio de locomoção, é constrangedor, é constrangedor para nós que somos políticos, vereadores, deputados, prefeitos, governadores e a população padecendo para marcar uma cirurgia, padecendo para marcar uma consulta, padecendo para ser atendido e principalmente um desrespeito ao idoso, 82 anos de idade, chegou na Policlínica no Vinhais, próxima à UPA, e não teve atendimento, e não tinha uma cadeira de rodas, não tinha como locomover e os parentes carregando o idoso de 82 anos nos braços para tentar levar para alguma sala para fazer atendimento, isso é vergonhoso, é vergonhoso, é vergonhoso para todos nós. É por isso que cobramos aqui nesta Casa, na legislatura passada, a criação da CPI, para investigar os desvios de recursos públicos na saúde do Estado do Maranhão, uma operação da Polícia Federal identificou, diagnosticou, identificou, estava sacando dinheiro na boca do caixa. Nós inclusive tivemos informação que o dinheiro é sacado na boca do caixa e é levado para a porta do Palácio dos Leões. Nós denunciamos, solicitamos a criação da CPI, somente três deputados estaduais assinaram a CPI, na época, Deputado Wellington do Curso, Deputado Eduardo Braide e Deputado Max Barros. É inadmissível que o dinheiro público destinado à saúde esteja escorrendo no ralo e que as pessoas padeçam para fazer um tratamento de câncer, padeçam para fazer hemodiálise, padeçam para ter atendimento. Um senhor de 82 anos que não tem uma cadeira de rodas para ser transportado dentro de uma policlínica, dentro de uma UPA! Isso é vergonhoso, Flávio Dino, é vergonhoso, governador, é muita vergonha para nós! Por isso que eu venho, à tribuna desta Casa, cobrar, fiscalizar, denunciar. Ah, talvez porque muitos de nós não precisemos, temos plano de saúde, mas aqueles que nos escolheram? Aqueles que nos elegeram? Aqueles que estão no interior do estado? Aqueles que têm que ser transportados numa rede, por que não tem ambulância? Aqueles que estão padecendo por falta de atenção básica? Senhoras e senhores, é muito fácil chegar o ano que vem, ano de eleição, percorrer o Maranhão e pedir voto, é muito fácil procurar o eleitor, o cidadão, só no ano de eleição. E nos anos anteriores? E nas políticas públicas? E na fiscalização do dinheiro público? E na fiscalização do Poder Executivo? Para isto fomos eleitos, para legislar, que é criar leis, e fiscalizar a aplicação do dinheiro público, fiscalizar o Poder Executivo. Recebemos denúncias permanentemente. São tantas denúncias contra esse desgoverno Flávio Dino que, às vezes, me falam: “Deputado Wellington, V. Ex.ª utiliza todos os tempos, V. Ex.ª fala de vários assuntos”. São muitas denúncias, população do Maranhão que nos acompanha, são muitas denúncias, prova disso que estou aqui falando de vocês sobre saúde e estou me coçando para não falar de um problema grave que aconteceu ontem, muitas pessoas padecendo na fila de espera para sair da Baixada Maranhense, para vir para São Luís. Vários relatos de pessoas que passaram horas e horas, ontem, na fila de espera para sair da Baixada e vir para São Luís. Total desrespeito. Muita cara de pau do governador que está assumindo o transporte de ferryboat, fez uma intervenção estatal e não tem competência para administrar o serviço. Uma pessoa chegou às 15 horas, na fila de espera, ia pegar o ferry das 16h30, 17h, atrasou porque estava quebrado, chegou outro por volta das 18h e só saiu às 18h40, chegando às 21h em São Luís, de três horas da tarde, para fazer a travessia, chegar nove horas da noite. E assim quem padece nesta fila de espera são juízes, promotores, funcionários do Banco do Brasil, do Ministério Público, comerciantes, estudantes, universitários, pessoas que precisam resolver alguma coisa em São Luís e voltar para a Baixada. Aqui tem um deputado que defende os baixadenses, defende a população da Baixada. São mais de 20 municípios na Baixada que padecem para fazer o transporte aquaviário para São Luís. Lutamos várias vezes com várias audiências e reuniões com a MOB, com o Ministério Público, com o Procon, mas cadê o Procon? O Procon está marcando consulta pelo Procon! Onde já se viu isso? O Procon está marcando consulta pelo Procon? Ferry quebrado. O Governador Flávio Dino fez intervenção nos ferries, se apropriou dos ferries da Serviporto e não tem competência, não tem capacidade técnica para administrar o serviço. Nós já denunciamos aqui, uma licitação fraudulenta, onde a empresa que ganhou a licitação de ferries. Não tem nenhum ferry. Tem uma balsa com capacidade para 44 pessoas. Não tem propulsão. Essa foi a empresa que ganhou. Fizemos uma solicitação aqui na Assembleia pela Comissão de Obras para fiscalizar essa empresa lá no estado do Pará. A empresa não tem capacidade, não tem recursos. Mas o Governador fez uma intervenção na Serviporto. Pegou os ferries, vai utilizar o dinheiro público para reformar e depois vai dizer para a Serviporto: “Reformamos os seus ferries. Se quiser de volta, vai ter que indenizar o Estado.” Não vai ter condições. O Estado vai tomar de vez e depois vai dar para quem? Para a empresa que ganhou a licitação e que não tem nenhum ferry e faz transporte de balsa, no Pará, com 44 passageiros. Essa é a licitação fraudulenta de um bilhão, seiscentos e cinquenta milhões que o Governador Flávio Dino está fazendo. Falta de respeito com os baixadeiros, falta de respeito com a população da Baixada, de Pinheiro, Santa Helena, Mirinzal. A população da Baixada tem sofrido ao longo dos últimos 30 anos. E, a cada dia que passa, fica pior. O Governador fez intervenção, pegou os ferries. Não tem competência nem capacidade técnica. O que deveria fazer? Fazer uma licitação séria e devolver os ferries para a empresa Serviporto para que ela possa dar continuidade aos seus trabalhos, e fiscalizar, fiscalizar por meio do Ministério Público, do PROCON, fazer as fiscalizações necessárias. E é por isso que nós já sabemos no nosso gabinete e damos vazão a nossa voz. Não é mais a nossa voz. A minha voz é a voz do povo. E é por isso que, carinhosamente, somos conhecidos como a voz do povo do Maranhão, porque o sofrimento de ontem de quem estava na fila do ferry mandou mensagem na mesma hora. Recebi a mensagem. “Deputado Wellington, olha a falta de respeito. Estou aqui desde três horas. Sai de casa desde meio dia e não consegui embarcar. Já são cinco e quarenta, o ferry chegou e só vai sair mais tarde.” Depois ela mandou uma mensagem nove horas da noite: “Só agora chegando em São Luís”. A pessoa passa de três horas da tarde até nove horas da noite para chegar em São Luís. Quanta falta de respeito. E assim também é na saúde. E é por isso, senhoras e senhores, que apresentamos o Requerimento ao Secretário de Estado da Saúde Carlos Lula, solicitando o esclarecimento sobre o ocorrido com o paciente Raimundo Nonato dos Santos Sousa, de 82 anos, que precisou ser carregado para se deslocar, já que a Policlínica do Vinhais não dispõe de cadeira de rodas, inviabilizando, assim, a acessibilidade. Pode ser voz única, mas não vai se calar. É uma voz que defende a população do estado do Maranhão, uma voz em defesa da população do estado do Maranhão. Estamos aqui em defesa da população do estado do Maranhão.

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