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O SENHOR DEPUTADO WELLINGTON DO CURSO (sem revisão do orador) – Senhor Presidente e demais membros da Mesa, Senhoras e senhores deputados, internautas, telespectadores que nos acompanham por meio da TV Assembleia, nosso mais cordial, bom dia! Que Deus seja louvado! Senhoras e senhores, muito antes de ser deputado, eu passava por alguns transtornos, passava por alguns estresses, algumas raivas, ao fazer a travessia de ferryboat no Estado do Maranhão. Quantas vezes, reclamei, quantas vezes me chateie, quantas vezes me estressei! Então, muito antes de ser deputado, já fazia a travessia, na Ponta da Espera até o Cujupe, e em todas as oportunidades eu como testemunha, com vivência própria, e ouvindo a reclamação das pessoas, o clamor das pessoas, a chateação das pessoas. Deputado Arnaldo, eu já presenciei uma gestante dando à luz na travessia do Cujupe para a Ponta Espera, aquela situação de ambulâncias, cheio de ambulâncias nos ferries, a quantidade de pessoas que sofrem diariamente para fazer a travessia. Aí se inclui juízes, promotores, funcionários da Ministério Público, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Banco do Nordeste, estudantes, universitários, comerciantes, pessoas que vêm fazer consultas, cirurgia, vêm tratar de alguma coisa na capital, no centro administrativo e aí volta para Pinheiro, Santa Helena, Mirinzal, volta para Baixada, mas todos passam pelo mesmo desconforto, pelo mesmo problema, pelo mesmo desgaste. E aí ao assumir mandato de Deputado Estadual, em 2015, eu trouxe para Assembleia Legislativa uma das lutas, uma das pautas, a defesa dos baixadeiros, a defesa dessa população da Baixada, dessas pessoas que se utilizam do ferry. E fizemos muitas audiências públicas, em 2015, em 2016, em 2017, em 2018, durante a minha primeira legislatura, meu primeiro mandato. No segundo mandato, da mesma forma, e muitos aqui já participaram aqui de audiências públicas, muitos já entraram nessa luta, muitos já dedicaram a sua voz e o seu trabalho a essa luta, Deputado Zé Inácio, Deputada Thaiza Hortegal, muitos aqui já entraram nessa luta, defendendo a população da Baixada, realizando audiência pública, junto com a MOB, com o Ministério Público, com o Procon, com a Defensoria Pública. Voltam novamente com a MOB, com a Defensoria Pública, com o Ministério Público, a população já está cansada, já não aguenta mais. Quando a gente fala de ferry, na tribuna da Assembleia, em alguma postagem, a população já diz que não vai dar em nada, nunca deu em nada, promessas e mais promessas. Aí cobramos, ao longo do tempo, que pudesse ser feita uma licitação para corrigir isso, para poder melhorar. Vários outros lugares do Brasil têm uma travessia semelhante, parecida, de uma travessia de qualidade, com segurança, em outros lugares do mundo, e aí vem a esperança de dias melhores que pudessem trazer conforto, qualidade e segurança para as pessoas que utilizam o transporte aquaviário, a travessia de ferry. Diante de tanta insistência, de tanta luta, de tanta briga, de tanta denúncia, de tanta cobrança, o próprio Governo do Estado já havia anunciado que ia fazer a licitação. Veio uma luz no final do túnel, uma esperança, uma possibilidade de dar certo, só que vi também a decepção. Junto com a gestão comunista de Flávio Dino, veio a decepção, a mesma decepção da mudança, a mudança que não chegou, a mudança que destruiu sonhos. Quantos de nós depositamos os nossos sonhos, as nossas esperanças sobre os ombros do Governador Flávio Dino dizendo que ia substituir uma família que estava no poder há mais de 40 anos? E ele veio com a possibilidade de mudança, um ex-juiz federal que deixou a toga para administrar o Estado do Maranhão, com a perspectiva de mudança, só que nós nunca imaginaríamos que seria mudança para pior. E eu não falo pelos demais, eu falo por mim, Deputado Wellington do Curso, que votou em Flávio Dino, em 2010, para Governo do Estado e em uma eleição disputada com Roseana Sarney. Deputado Wellington foi candidato a deputado federal pelo PSL, em 2010, fiquei como suplente do Deputado federal Lourival Mendes. Naquele momento, eu era do PSL, ligado ao grupo de Roseana Sarney, e eu não pedi voto para Roseana Sarney, eu não fui para as ruas pedir voto para Roseana Sarney. Mesmo sem ter contato nenhum com o grupo de Flávio Dino, eu votei em Flávio Dino, sendo do PSL e candidato a deputado federal. Em 2014, estando no PPS, legenda de número 23, hoje Cidadania, fui candidato a deputado estadual. No início, nós tínhamos um projeto. A então Deputada federal Eliziane Gama era candidata ao Governo do Estado e percorremos mais de 20 municípios com a pré-candidatura de Roseana Gama. O partido definiu que o PPS iria apoiar a candidatura de Flávio Dino. De dezesseis votos, eu fui o único voto contrário e pedi que registrasse em Ata. Eu pedi que registrasse meu voto contrário ao apoiamento da candidatura de Flávio Dino, mas voto vencido. E como eu sou partidário, sou de partido, sou de grupo, eu apoiei a decisão do partido e não só pedi voto, mas eu pedi voto para Flávio Dino e não fui ao PCB pedir um santinho, pedir combustível. E, humildemente, com minha campanha simples nas ruas sem prefeito, sem vereador, sem liderança. Lembro-me bem de duas reuniões em Penalva, por exemplo, e montei o meu banner com o rosto do meu candidato a Presidente da República Eduardo Campos, a Vice-Presidente Marina, Governo do Estado Flávio Dino, Vice Brandão, Senador Roberto Rocha. E eu tão ingênuo na política, único candidato que eu tinha a deputado federal, Eliziane Gama. Não fiz parceria com nenhum deputado feral. Ingênuo, simples nas minhas ações, mas estava lá o banner com a cara de Flávio Dino, com o rosto de Flávio Dino, pedindo voto para Flávio Dino, acreditando na mudança. Votei em Flávio Dino, pedi voto para Flávio Dino. Iniciei orgulhosamente e tão honradamente o mandato de deputado estadual na Assembleia Legislativa na Base do Governador Flávio Dino. Senhoras e senhores, eu nunca fui recebido pelo Governador do meu estado e já fui recebido pelo Governador do Amazonas, de Roraima, do Mato Grosso do Sul, do Mato Grosso, do Rio Grande do Sul. Eu, em determinada vez, estava chamando os deputados para ir ao Palácio para tratar de emendas, para tratar de articulações políticas. E eu peguei um chá de cadeiras de sete horas do então Secretário Marcio Jerry. O mesmo Márcio Jerry que agradece vinte e sete milhões para o Maranhão de emendas, é o mesmo deputado federal que agradece vinte e sete milhões de emendas para o Maranhão e não paga as emendas impositivas aos deputados na Assembleia Legislativa do Maranhão. Muita cara de pau, muita cara de pau. Agradece as emendas do Governo Federal e não paga. Hoje estou judicializando, hoje estou entrando na Justiça para pagar as emendas do Deputado Wellington. Não é dinheiro para meu bolso. Não é emenda do Deputado Wellington. Não é dinheiro meu. São emendas que nós destinamos, nós designamos para onde nós queríamos que políticas públicas chegassem à população. Mas é muita cara de pau. Deputado Hélio Soares, é muita cara de pau. O Deputado Federal agradece vinte e sete milhões de emendas que ele pegou do Governo Federal para mandar para o Maranhão, Deputado César Pires, e não paga as emendas dos deputados. A gente tem que entrar na Justiça. É muita cara de pau, é muita perseguição, é muita incoerência, é muita hipocrisia. E aí o que fazem? Vão perseguir nas redes sociais. É só isso que fazem e que sabem fazer. É querer lacrar, é querer perseguir com os robôs. Se vangloriam das emendas do Governo Federal, que são oposição ao Governo Bolsonaro, mas não pagam as emendas, de oposição nem se fala, de oposição não paga. De alguns deputados eles pagam, fragmentados, com humilhação, tem que falar com o Márcio Jerry, tem que falar com o Cappelli, tem que voltar para falar com o Márcio Jerry, aí volta pra falar com o capeta, aí volta a falar com Márcio Jerry, aí volta para falar com o capeta, e ninguém resolve. Mas está agradecendo 27 milhões para o Maranhão pagos pelo o governo federal as emendas do deputado federais, mesmo sendo oposição. Pois bem, aí marcaram para eu ir ao Palácio, aí eu peguei um chá de cadeira de sete horas, do senhor secretário Márcio Jerry. Aí não pôde atender, falou rapidamente, marcou para outro dia. No outro dia, eu peguei um chá de cadeira de nove horas, deputado Edivaldo Holanda, deputada Thaiza Hortegal, eu peguei um chá de cadeira de nove horas. E eu fiquei aguardando, atentamente, aguardando, deputado Yglésio, quando de repente, eu fui atendido pela secretária que era para aguardar mais um pouco. Mas depois de sete horas do dia anterior e nove horas de espera, eu disse, secretária, eu sei que a senhora não é mulher de recado, mas diga ao secretário Márcio Jerry que eu passei dois dias aguardando aqui, deputado César Pires, e pensando se eu era um deputado ou um saco de batata, diga a ele que eu não sou saco de batata, diga a ele que eu sou deputado estadual eleito pelo voto consciente, limpo, no Estado do Maranhão. E voltei para a Assembleia. O desrespeito aos deputados estaduais, desrespeito, eu fui ao Rio Grande do Sul visitar o Rio Grande do Sul, conhecer a gestão do governador Eduardo Leite, fui ao Palácio Piratini, fui à Assembleia Legislativa e encontrei deputados e deputadas que interagem conosco nas Assembleias Legislativas, nos encontros da UNALE, e a gente fica abismado que no estado do Amazonas estão pagando dez milhões de emendas aos deputados. No Estado de Minas Gerais dez milhões de emendas, em 2021, e com aumento da receita no Estado de Minas Gerais vai passar para treze milhões e oitocentos mil reais as emendas parlamentares dos deputados em Minas Gerais. Deputado distrital, vinte e dois milhões de reais de emendas, deputado distrital, vinte e dois milhões de emendas, impositivo, e é pago. No Estado do Maranhão, o deputado que recebe migalha ou que recebe as emendas não está nem aí para os outros deputados. Não tem corporativismo, não tem amizade, não tem união, não tem ligação. Os poucos que recebem estão se lixando para aqueles que não recebem. Alguns deputados que são beneficiados com emendas às vezes fazem é queimar os outros deputados para não receber. E aí visitando o governador do Rio Grande do Sul conversando com alguns deputados estaduais, eu vi a diferença. Falando com a Deputada Ana Ortiz, deputada do Cidadania, do Rio Grande do Sul e o tratamento que os deputados estaduais tanto de oposição quanto de situação recebem do governador do Rio Grande do Sul. Deputado Zé Inácio, o governador do Rio Grande do Sul antes de divulgar para imprensa e para os prefeitos, as ações, ele chama os deputados estaduais, da base de oposição e diz: “Nós temos R$ 200 milhões de infraestrutura para asfaltamento. Esses são os locais. Verifiquem os prefeitos que são aliados, que vocês têm contato, ou se podemos ainda mudar, e vocês fazem os encaminhamentos. Somente depois que vocês definirem, decidirem...”, Deputado Marco Aurélio, Deputado Ariston, Deputado Arnaldo, olha como é que o governador do Rio Grande do Sul faz. Ele chama os deputados estaduais da base e de oposição e diz que há R$ 200 milhões de emendas para a infraestrutura, para o asfalto, aos deputados da base e de oposição. “Não divulguei para a imprensa, não divulguei para os prefeitos. Aqui nós temos um mapa. Antes de divulgar, vocês decidam os locais de vocês. Podem ir na frente anunciar as ações e só depois é que nós vamos anunciar a execução para que os deputados sejam contemplados”. Então, Deputado Ariston, se vai sair algo vicinal, de infraestrutura para Santa Rita, para Pastos Bons, ele vai na frente, fala com o prefeito, com vereadores. Então, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, chama todos da base e de oposição e contempla a todos com ações do governo, ações republicanas. O Governador Flávio Dino apareceu aqui, na Assembleia, no início da legislatura, para fazer um discurso mentiroso, encher linguiça e blá-blá-blá, tentando enganar a quem eu não sei, porque a população do Maranhão já acordou. Chega de tanta mentira! Um Maranhão bonito, um Maranhão que aparece na hora da propaganda no Jornal Nacional, o Maranhão que aparece na hora do Fantástico não é o mesmo Maranhão da realidade. Um Maranhão da propaganda totalmente diferente do Maranhão de verdade, do Maranhão da realidade. E esse é o Governador Flavio Dino, essa é a gestão desastrosa do Governador Flávio Dino, em quem nós depositamos a nossa confiança de que haveria uma mudança. Eu fiz essa análise sobre a mudança para dividir com vocês os anseios, a esperança do baixadeiro, da população da Baixada que, assim como eu, assim como nós depositamos a nossa confiança na mudança de que seria um governo republicano, um governo democrática, um governo que não teria perseguição, um governo que teria diálogo com os deputados, que nós teríamos participação no governo, que nós teríamos ações difundidas junto com o governo, que nós teríamos ações compartilhadas com o Governo do Estado, que nós teríamos um governo que não iria aumentar os impostos, um governo que queria ter uma saúde de verdade, uma escola digna de verdade, não digna de pena, porque não foi eu, foi Flavio Dino que disse que, no Maranhão, não teria mais escola de taipa, mas muitas escolas de taipa ainda são realidade no estado do Maranhão. Cadê o convênio com a prefeitura? Cadê a parceria com as prefeituras? Cadê o contrato com as prefeituras? Quando ele faz isso, ele ajuda a população dos municípios mais distantes, mais afastados pela falta de políticas públicas, pela falta de atenção. Tem gente que reclama quando o povoado quer se transformar em município: “Ah! Quer aumentar o gasto público. É mais um prefeito, é mais vereadores, é mais Secretários”. Meu amigo, quando o povoado se reúne igual o povoado de Rampa, lá de Humberto de Campos, quando se reúne para criar o município, é que eles não aguentam mais o descaso, o desrespeito, a humilhação, a distância para a sede, a falta de políticas públicas, de infraestrutura, falta de escola, falta de educação, falta de saúde. E o Governador Flávio Dino disse que não iam mais ter escolas de taipa. Uma matéria no Jornal Nacional mostrando a realidade dura e crua de alguns municípios do Estado do Maranhão. Não é do Pará, não é do Amazonas, não é do Rio de Janeiro; é do Maranhão com escola de taipa. Então essa é a gestão de Flávio Dino, que não deu certo na saúde, não deu certo na educação, que está fazendo uma obra ali no Araçagi, demorando mais de três anos, consumindo o dinheiro público, causando transtorno para a população. É o governo que aumentou a extrema pobreza. Um milhão e quatrocentos maranhenses vivem na extrema pobreza com menos de cento e quarenta e cinco reais por mês. É essa a decepção do baixadeiro. Essa é a decepção de quem mora em Pinheiro. Essa é a decepção de quem mora em Alcântara. Essa é a decepção de quem mora em Bequimão. Essa é a decepção de quem mora em Mirinzal. Essa é a decepção da população da Baixada, decepção com o transporte aquaviário. O Governador Flávio Dino disse: “Vou fazer uma licitação. Vou fazer uma intervenção estatal. Vamos tomar os ferries da empresa SERVIPORTO”. Foi lá, tomou os ferries da empresa SERVIPORTO, ninguém disse nada. Está tomando porque a empresa atrasa, porque a empresa tem problemas. Aí o Governo é bonzão, fez intervenção estatal e disse que ia administrar o transporte aquaviário na travessia da Ponta da Espera até o Cujupe e do Cujupe até a Ponta da Espera. E deu início a tão sonhada licitação, tão cobrada e desejada por todos nós. Mas e aí, o que aconteceu? Uma licitação fraudulenta, senhoras e senhores, fraude. A empresa que ganhou é do estado do Pará, com capacidade para transportar somente 44 pessoas. Não tem ferry. Ela tem uma balsa. Uma não, duas balsas. Solicitamos à Comissão de Obra para ir ao Pará fiscalizar, investigar. Como que uma empresa que tem capacidade só para 44 pessoas ganha licitação? Vai transportar como? Vai fazer a travessia como? Não sou eu que estou dizendo. Esse documento está na licitação. Tivemos acesso ao documento da licitação. Licitação fraudulenta. A empresa só tem capacidade para 44 pessoas. Não tem propulsão, não tem ferry e ganha o primeiro lote para vinte anos: um bilhão, seiscentos e cinquenta milhões de reais.

A SENHORA DEPUTADA DRA. THAIZA HORTEGAL – Deputado Wellington, V.Exa. me concede um aparte?

O SENHOR DEPUTADO WELLINGTON DO CURSO – Concedo, sim, senhora.

A SENHORA DEPUTADA DRA. THAIZA HORTEGAL (aparte) – Acho que muito.

O SENHOR DEPUTADO WELLINGTON DO CURSO – Só concluir o raciocínio. Só concluir. Um bilhão, seiscentos e cinquenta milhões de reais. E a empresa não está preparada, não tem capacidade técnica para isso, inclusive já tem investigação do Ministério Público. Nós protocolamos, senhoras e senhores, no Ministério Público, aqui em São Luís, nós protocolamos na Ouvidoria e protocolamos, deputada Thaiza, em cada Ministério Público da Baixada, em cada cidade da Baixada, nós protocolamos um documento para que pudesse investigar, fiscalizar o que está acontecendo. Deputada Thaiza, com a palavra.

A SENHORA DEPUTADA DRA. THAIZA HORTEGAL (aparte)- Acho que é muito viável e favorável as suas palavras em relação a essa luta do ferryboat, essa é uma luta que ela não é só minha, não é uma luta só sua, é uma luta de todos baixadeiros, é uma luta dos usuários que passam e que necessitam desse transporte. Essa luta ela se estende por mais de 30 anos, desde de 2019 quando assumimos esse mandato V.Exa. sabe que essa foi a nossa principal bandeira, inclusive várias vistorias foram feitas por mim, uma delas V.Exa. nos acompanhou, o deputado Duarte Júnior nos acompanhou, ocorreu uma audiência pública na cidade de Pinheiro onde foi dialogado e colocado, eu semanalmente tenho contato e um diálogo que eu estabeleço e acredito muito na força do diálogo, tanto com o Daniel, da MOB, onde foi acompanhado todo esse processo licitatório e a informação que eu tenho é que na próxima quinta-feira será assinado o contrato e que, em 90 dias, as empresas serão obrigadas a entregar ferries novos. Então, iniciarão os serviços com ferries novos. É notório, é narrável dizer aqui que o serviço do ferryboat vem piorando, ele vem causando transtornos, panes, a cada dia, são inúmeras as reclamações, são inúmeras as reclamações não só pelo transporte, pela travessia, mas também pela a fila de espera, que você chega e não sabe a hora que se vai atravessar, e todos nós trabalhamos com tempo, com compromisso e afazeres, portanto, eu acho que seria muito viável, nesse momento, que nos uníssemos, que não buscássemos somente a Tribuna, mas que buscássemos com algo concreto, sentado com o chefe da MOB, levar as denúncias que você tem, levar aquilo que foi colocado, para que a gente pudesse realmente ou acelerar, que a gente pudesse realmente cobrar, e saber de qual maneira irá proceder, porque hoje a reclamação, e eu falo com propriedade, porque atravesso o ferry toda semana, e sei de todas as dificuldades que se passam, é reclamado desde um preço de uma água que custa R$ 6,00 reais, dentro de um transporte de ferryboat, e nós estamos tratando da região mais carente do Estado do Maranhão. Então, é algo inadmissível, quando se fala em procissão de ambulância, ainda se existe esse transporte, mas existe uma avanço pelo Governo do Estado, muito grande na saúde na região da Baixada, foi o Centro de Hemodiálise, é UTI, é o macrorregional, então só é encaminhado para cá, para São Luís, os casos que não são resolvidos lá, como os casos cardiológicos, oncológicos, hematológicos, são casos realmente que não se tem o que fazer e é colocado para lá, e muitas vezes , falta de responsabilidade dos gestores municipais, que não querem contratar médico, e que acham mais viável colocar um paciente numa ambulância, e trazer para São Luís, porque eu sou médica aqui, e acompanho diariamente as ambulâncias, jogando os pacientes aqui, como se não fossem seres humanos, de qualquer forma, então, eu convoco a você, lhe convido aos demais deputados, que têm interesse, que foram votados na Baixada, para que a gente possa se reunir com o Daniel, porque é uma pessoa que tem um diálogo e esclarece muito bem para que possa passar as informações verdadeiras e concretas baseados nos documentos que V. Ex.ª tem. As empresas vencedoras foram a Internacional e a Celte, ele me disse que, na próxima quinta-feira, esses contratos serão assinados e, em 90 dias, novas embarcações serão entregues. Então, a gente tem que ter isso concreto, a gente vir à tribuna, porque não adianta só usar a tribuna e não dialogar, não buscar a melhoria. Essa união, neste momento, é o que vai prevalecer para a qualidade de transporte de todos os usuários de ferryboat e que necessitam com tanta urgência e sonham na verdade com a melhoria. Tornam-se inenarráveis os avanços que já tiveram. Já teve, por pedido nosso, compra de passagem por cartão de crédito e débito, já foi instalado banco 24 horas, já teve reforma tanto da Ponta da Espera quanto do Cujupe, enfim, avanços foram feitos, mas o principal é o transporte, e eu lhe convido para se engajar porque venho levantando a bandeira dessa luta. Até os meus últimos dias aqui, nesta Casa, essa bandeira será uma bandeira minha e de todos os colegas que se propuserem a buscar essa causa. Muito obrigada.

O SENHOR DEPUTADO WELLINGTON DO CURSO – Obrigado, Deputada Thaiza. Deputado Zé Inácio, concedo a palavra.

O SENHOR DEPUTADO ZÉ INÁCIO – Primeiramente, quero me somar ao pronunciamento da Deputada Thaiza porque é exatamente nessa linha que eu quero me manifestar. Primeiro, Deputado Wellington, V. Ex.ª sabe do nosso empenho na luta pela melhoria...

O SENHOR DEPUTADO WELLINGTON DO CURSO – Eu citei V.Exa. e Deputada Thaiza.

O SENHOR DEPUTADO ZÉ INÁCIO – Eu estava atento lhe ouvindo. O nosso empenho pela melhoria dos serviços de ferryboat. Quando presidia a comissão que trata das relações do consumidor, nós fizemos juntos audiências públicas debatendo esse tema, chamando os representantes das empresas, o Ministério Público, representante da Agência de Mobilidade Urbana que tem sempre sido muito solícito para discutir esse tema. É inegável que eu dou como testemunho, pois sou da cidade de Bequimão, sou da Baixada, a melhoria que tivemos, nesses últimos anos, durante o período do Governador Flávio Dino, no sistema de travessia do ferryboat, não só em termos de horário, definição de horário, o que melhorou e muito, como a infraestrutura do Porto de Cujupe e do Porto da Madeira que também melhorou significativamente. Uma grande promessa que está por se concretizar é a licitação do sistema, para que esse sistema possa melhorar. Eu ainda não tinha me manifestado a partir do pronunciamento de V. Ex.ª, porque V. Ex.ª traz um elemento aqui que eu acho que não está no momento do debate, que é sobre a licitação. Por que digo isso? Porque a licitação ainda não finalizou, ainda não foi concluída, então tem algumas informações que não são corretas, não são verdadeiras, então a gente precisa, lógico, reivindicar, cobrar que o sistema melhore a cada dia mais e trazer elementos, informações verdadeiras para o debate sobre o processo de licitação. V. Ex.ª também já falou que a embarcação comporta somente 44 lugares. Isso é ilógico para uma demanda que temos na região da Baixada São Luís/Cujupe, Cujupe/São Luís pensar numa embarcação que vai substituir as que estão hoje prestando serviço comportando só 44 lugares. Se a informação chegou a V. Ex.ª dessa forma, essa informação ela não procede. Mas concordo com a Deputada Thaiza quando diz que nós precisamos dialogar, conversar sobre isso melhor. Se for o caso marcar uma audiência. E aí eu convido V. Ex.ª para que a gente possa ir juntos a MOB conversar com o Secretário Daniel, que eu tenho certeza de que ele não vai se furtar de prestar esclarecimentos, prestar informações. Então eu finalizo pontuando essa questão que não tem conclusão no processo de licitação. Ele ainda não findou. E dizer que, com todas as necessidades de melhorias, e é por isso está se fazendo licitação, o sistema de ferryboat melhorou consideravelmente durante esses anos do Governador Flávio Dino. Era isso e obrigado pelo aparte.

O SENHOR DEPUTADO WELLINGTON DO CURSO – Deputado Zé Inácio, Deputada Thaiza, infelizmente esses diálogos que vocês falam é somente da boca para fora por parte do Governo do Estado. A MOB enganou, enganou e enganou, mentiu, mentiu lá para o Araçagi e a população do Olha D’água. Mentiu, enganou. Desde o Laurence até o Daniel, falta de diálogo. E, segundo, deputado, o senhor está dizendo que melhorou, piorou deputado. O problema é que não tem fiscalização do Procon e ninguém diz nada. A imprensa não divulga. A população está toda hora padecendo. Ontem as pessoas demoraram de 4 da manhã até meio-dia para chegar em São Luís. E, segundo, eu estou falando com fundamentação. A empresa só tem lugar para transportar para 44 pessoas. Isso é fraude, é máfia, é corrupção. É uma licitação de um bilhão, seiscentos e cinquenta milhões de reais. Então quer dizer que eu e o senhor poderemos agora colocar uma embarcação e dizer que tem embarcação e solicitar a participar de uma licitação fraudulenta dessa? Isso é fraude, é máfia. E o Governo está fazendo uma intervenção de uma empresa que ele está fazendo pior do que quando estava na empresa: atrasos, desrespeito. E é isso que nós temos que bater nessa tecla. E é por isso que denunciamos ao Ministério Público de cada município da Baixada, ao procurador para que possa investigar. Não sou eu que estou dizendo. Os documentos estão na licitação. Isso é fraude. Isso máfia. Isso é corrupção. Eu tenho certeza que vocês não defendem máfia, fraude, nem corrupção...

A SENHORA PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADA DRA. CLEIDE COUTINHO - Deputado Wellington, V. Ex.ª pode concluir?

O SENHOR DEPUTADO WELLINGTON DO CURSO - Vou concluir, Dra. Cleide. Vou concluir. E, com certeza, estão falando de conhecimento de causa, mas se V. Exas. concordarem, eu faço hoje um requerimento convocando o diretor da MOB para que venha prestar os esclarecimentos na Assembleia legislativa sobre a licitação fraudulenta do Ferry e sobre as obras da Litorânea e do Araçagi, que consumiram muito dinheiro público, mentindo para a população que tinha que ter VRT e não vai ter VRT. Essa é a MOB que V. Exas. estão falando. Esse é o Daniel de quem estão falando, mentindo para a população dizendo que ia ter VRT. Vamos convocar. Vamos convocar o Daniel da MOB. Vamos convocar para prestar os esclarecimentos sobre a licitação e sobre essas obras da Litorânea e do Araçagi. Era o que tinha para o momento, senhoras e senhores. Muito obrigado, Deputada Cleide Coutinho, Presidente. E aos nossos amigos baixadeiros, população da Baixada do Maranhão estamos aqui firmes, fortes e fiscalizando as ações do Poder Executivo e aplicação do dinheiro público. Deputado Zé Inácio, talvez V. Ex.ª não saiba. O Governo está querendo reformar o ferry da Serviporto para depois cobrar 20, 25 milhões da Serviporto e se ela não tiver como indenizar voltamos ao ferry da empresa para depois entregar para outro.