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O SENHOR DEPUTADO CÉSAR PIRES (sem revisão do orador) - Que Deus abençoe todos nós! Senhor Presidente, Deputado Glalbert Cutrim, Senhor Primeiro Secretário em exercício Zé Adriano, meus pares aqui presentes, senhores servidores, galeria, imprensa. Eu estive esse final de semana em Bacabal e pude tirar algumas fotografias de algo que confesso a vocês me assustou muito, eu me refiro à destruição do patrimônio da UEMA, por parte do Governo do Estado, com as alegativas de que estava utilizando para benefício social. Oh, como se o próprio processo educacional, patrocinado pela UEMA, ao longo dos anos, não fosse um trabalho social. Eu me refiro a esse terreno, porque foi um terreno que, no meu reitorado, nós compramos, com o dinheiro da Fundação de Apoio à Ciência e Tecnologia, quando a necessidade de ter terceiro grau por parte dos professores, atendendo aos conceitos básicos e aos preceitos básicos dos ditames da LDB, de 96, que preconizava que pra ensinar o ensino médio precisava de um professor ter 3º grau. E saiu a UEMA por aí, por meio da fundação, como faz a UNICAMP, como fez a USP, só aqueles vendendo stricto sensu e nós vendendo graduação, conseguimos comprar aquele terreno. E depois nós fizemos uma concessão para a UEMA para a construção do prédio. O governo vem agora, o Governo do Estado destrói, destrói todo o terreno para fazer praça. Senhores, para fazer praça com o terreno que não é da UEMA, não é do estado, mas é da Fundação de Apoio à Ciência e Tecnologia. É lamentável, senhores, que o governo faça um absurdo desse e o silêncio franciscano de mosteiro da própria universidade, dos alunos de Bacabal, do corpo docente de Bacabal, do corpo administrativo de Bacabal e da própria Reitoria da Universidade. Senhores, não pode ser assim. As alegativas que vêm à tona é que estão fazendo benefício com praça. E o benefício intelectual não é importante? Na formação de professores, ele podia ampliar o campus, podia criar novas salas de aula, novos laboratórios, ampliar biblioteca, ou seja, um universo de situações academicistas voltados para dentro da própria universidade. E ele faz e eu nem sei como é que licitou se o terreno não é dele para licitar, destruindo. Senhor governador, o senhor está se apropriando de alguma coisa que o senhor fez e fazendo de forma equivocada. Porque deveria era ampliar a universidade e não tomar dela o terreno que foi comprado com labor dos próprios funcionários, do corpo docente, da gestão anterior. Estão aqui as fotos, quem quiser pode assistir lá. Senhores, isso é um absurdo que o governo está fazendo. O que se espera do governo é que ele amplie, melhore e qualifique, mas não destrua o que não é dele para fazer praça, como se a praça alimentasse alguém, como se a praça fosse mais importante do que uma prospecção cerebral, fazendo cursos superiores, botando mestrado na região, botando lato sensu na região. É um absurdo, senhor governador, o senhor estar se apropriando de um terreno que não é seu, não é do Estado, é da fundação que cedeu para a UEMA. Está equivocado, destruindo um terreno que poderia, volto a frisar e reafirmar, ser utilizado de forma melhor. Senhores, vou encaminhar ao Ministério Público para que o Ministério Público possa tomar as devidas providências, ao Tribunal de Contas para analisar como foi feito o processo licitatório e aí nós teremos resposta adequada. De uma coisa eu tenho certeza: é um equívoco destruir parte do patrimônio universitário para poder fazer praça pública. Minha angústia e minha inquietação ficam registradas como inúmeras outras situações aqui na tribuna desta Casa.