09/02/2022 - Tempo dos Blocos César Pires César Pires

César Henrique Santos Pires

Aniversário: 13/10
Profissão: Professor

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O SENHOR DEPUTADO CÉSAR PIRES (sem revisão do orador) – Que Deus continue a abençoar todos nós! Senhor Presidente Deputado Othelino Neto, Senhor Segundo Secretário Deputado Neto Evangelista, Primeiro Secretário em exercício Deputado Ciro Neto, meus pares aqui presentes. Deputado Neto Evangelista, V. Ex.ª que já foi candidato a prefeito e a vice-prefeito, com certeza, deve ter um dia ouvido alguma situação sobre o processo metodológico das escolas ou V. Exa. como tem filho novo que bota para as escolas como o deputado Othelino tem, a primeira coisa quando a mamãe leva para a escola, as professoras não dizem mais que sua sala tem ar-condicionado, que sua sala está pintada, que suas cadeiras são acolchoadas, mas elas vão dizer aquilo que sempre fez revolução do mundo no campo educacional, a metodologia de ensino com que as pessoas vão ser exercitadas, no caso os alunos ali naquela escola. E agora eu tenho visto aqui alguma coisa que me assusta muito é a gente discutir sempre a necessidade de máscara, de não máscara, de vacinação, de não vacinação, de suspensão, de não suspensão, mas ninguém discute alguma coisa mais importante. Não adianta querer criar escolas híbridas, sala de aulas híbridas se o professor não estiver preparado para interação dessa questão híbrida, se ele não foi capacitado e olha que as horas de aula não pode ser aquela quantidade de horas superficiais, e eu não vejo ninguém discutindo paralelamente isso aqui nessa Casa. E é por isso que eu trouxe essa temática aqui. Quando nós criamos o Núcleo de Educação à Distância há vinte e um anos ou vinte e dois anos, nós encontramos dificuldade mesmo tendo professores mestres e doutores à frente daquelas escolas, daquelas situações, mas não sabiam a metodologia de trabalhar ensino à distância, e olha que não tinha a riqueza que nós temos hoje nos smartphones da vida, da riqueza da internet, da facilidade das redes, dos 4G da vida, dos 5Gs, da aproximação dos 7Gs. Mas eu digo para você que foi preciso se passar mais de ano capacitando essas pessoas para poder iniciar o nosso curso de educação a distância. Agora, trata-se a questão híbrida. Neste momento da pandemia, quando só se ver falar em máscaras, lavar as mãos, higienização, vacinação, mas ninguém discute de que forma esses professores foram capacitados para poder fazer com que o aluno, que está lá na outra ponta da internet, absorva isso. Pega o professor e joga para dentro da sala de aula, sem capacitação, posso dizer isso. Algum aventureiro ou alguém que possa dizer: mas, na minha secretaria, acontece isso! Nós estamos falando de 217 municípios, mais o próprio Estado. Eu não vi ninguém levantar essa tese da capacitação metodológica, da capacitação e da metodologia com que se vai interagir, e olha que eu estou observante em relação a isso. Para que eu pudesse vir aqui, ontem eu conversei com uma gama de profissionais vinculada ao campo da educação: letrólogos, pedagogos, geógrafos, historiadores, aquelas pessoas que interagem no campo educacional, mas, em nenhum minuto, foi discutida a questão metodológica ou o treinamento dessas pessoas para poderem dar aula para esses alunos. Ora, se nós temos um fracasso anunciado de décadas, mas nós não temos outra forma de superar ou de apresentar superação em relação a isso, nós fugimos das questões mais técnicas e vamos apenas trabalhar essas questões empíricas, superficiais, de verniz, porque temos medo ou somos incompetentes para poder discutir isso. Não vamos ter medo de discutir quais foram as escolas, mesmo as privadas, que trabalharam a capacitação dos seus filhos, dos seus mestres, dos seus professores para poder iniciar o plano de aula no campo do ensino a distância? Eu não vejo, eu não vejo isso. Eu não vi, em nenhum minuto, nas redes sociais, uma discussão sobre isso. Qual é a parte metodológica da sua escola? Ora, a gente fala do Piaget, José Martins, todos eles tinham processo metodológico de educação, todos tinham, cada um tinha o seu, mas qual é o seu, qual é o da sua escola, o que você defende? Não vejo isso. Aí já não vão ser décadas, vão ser séculos de ações sobre esses alunos. Pensem agora, quando for chegar à escola, qual é a metodologia que vocês estão estudando, quantas horas de aula esse professor teve para interagir? Você, Deputado Adriano, pergunte para a professora, para a escola de seus filhos, qual é a metodologia da escola, como foi que se prepararam para dar aula híbrida, quantas horas de capacitação tiveram, quem foram os capacitadores, qual é a metodologia que utilizaram, qual a distribuição de carga horária para isso. Não, nós vamos é usar máscara e lavar a mão com álcool gel, e o aluno fica onde? A educação fica onde? Pura incapacidade, incompetência na discussão da coisa mais séria e mais profunda. Nenhuma revolução educacional se deu por pintura de escola, por ar-condicionado, por cadeiras acolchoadas. A parte ortopédica é importante, eu não quero dizer aqui que não é, mas, neste momento, ela é e torna irrelevante diante da situação que nós estamos vivendo. Qual a metodologia de cobrança de prova, de averiguação? É essa situação que eu quero começar a levantar nesta Casa. Vou pedir para as escolas, eu vou pedir para as secretarias, eu vou aumentar os meus requerimentos, eu vou fazer agora 500 requerimentos para um dia só, para todo secretário de Educação do Estado, de todos os municípios, todos os coordenadores pedagógicos. Se não tomarmos cuidado, nós vamos sempre continuar brigando para poder ter o direito de não disputar com aluno da rede pública do Piauí. Que medo nós vamos ter? Nós vamos ter que ter bonificação pela nossa incompetência? Para disputar com o Piauí, com o Pará, com o Amazonas? Onde é que nós temos medo disso? Devia ter limites, egresso do Nordeste, egresso do Norte. Nós somos iguais. Como é que nós podemos ter medo de discutir com Roraima, com o Acre? Tem que ter medo não. Nós temos é que corrigir os nossos equívocos, os nossos caminhos que são muitos. É assim que eu quero deixar a minha mensagem. Vamos lavar a mão? Botar álcool em gel? Vamos. Vamos proteger os nossos alunos egressos de São Paulo, do Rio? Vamos. Mas vamos competir também com o Nordeste, ou então nós somos incompetentes e não temos condições. Sabe por quê? Porque nós queremos discutir muitas coisas, menos a metodologia. Professores entram para dar aula híbrida sem capacitação. Averiguem isso, vocês que são mais novos e têm filhos na escola. Muito obrigado.

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