22/03/2022 - Tempo dos Blocos Dr. Yglésio Yglésio Moyses

Yglésio Moyses

Aniversário: 19/09
Profissão: Médico

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O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – Bom dia a todos, bom dia a todas! Eu subo à tribuna, depois de alguns dias, as últimas semanas têm sido complicadas, aqui na Assembleia Legislativa, em decorrência dessa questão a CCJ. Eu subo para falar um pouquinho da questão da estrutura do Terminal de Passageiros de São Luís, mas, claro, falando sobre o problema dos transportes. A gente vem enfrentando um período de chuvas, nos últimos dias, isso aí está mais do que claro, as pessoas quanto mais pobres literalmente mais elas sofrem, enquanto menor a renda maior é o sofrimento dentro de São Luís. E em relação ao Terminal da Cohama, o que aconteceu? A estrutura metálica que fazia parte do telhado desabou, comprometeu duas plataformas, a plataforma 1 e a plataforma 2, ambas interditadas, acho que a maioria já conseguiu ver ontem o que aconteceu em termo de lotação e completo caos num embarque de passageiros. É um terminal que possui grande movimentação e é responsável por uma parte significativa da circulação de ônibus na capital. A empresa responsável, conhecidíssima aqui no Maranhão já, a Viação Primor, sabia dos problemas há muito tempo, o documento inclusive foi entregue em 9 de dezembro de 2021 pelo procurador-geral do município à Viação Primor e afirmava que problemas na sustentação do telhado poderiam causar acidentes, é só no terminal da Cohama que tem problema? Não, desde 2019, nós entregamos um documento semelhante mostrando falhas estruturais severas ainda mais graves no Terminal da Praia Grande, pense que algo foi feito? De forma alguma, continua lá. Então, essa situação dos transportes está beirando o limite do aceitável, na verdade, já ultrapassou, a gente vive uma greve de rodoviários, apenas 60% da frota está rodando em São Luís, é uma greve que é interessante para o empresário, porque ele reduz o gasto dele, o custo operacional e os funcionários continuam pressionando dentro daquilo que a gente fala, de conluio entre sindicato de empresas e rodoviários, tem um grande prejudicado nessa situação, é o cidadão ludovicenses, as pessoas que precisam do transporte urbano, principalmente, até porque o semiurbano, o Governo do Estado tem feito a parte em termo de pagamento, tem cumprido as suas obrigações. É um sistema menor do que o sistema urbano e termina tendo uma situação um pouco menos ruim. Hoje vai ter uma nova manifestação realizada pela categoria para decidir se os rodoviários vão fazer greve a partir de quarta-feira, ou seja, terceiro indicativo de greve. Felizmente - e aí daqui do lado da proteção dos trabalhadores - aquela decisão da desembargadora, recentemente, caiu e já se criou uma jurisprudência em cima, mostrando que não existe a possibilidade de prisão civil de trabalhadores em greve, pelo menos por despacho da Justiça do Trabalho. A categoria pede um reajuste de 15%; reivindicam um ticket-alimentação de R$ 800,00, tendo em vista a absurda inflação que nós vivemos; inclusão de um dependente no plano de saúde; regularização dos salários atrasados; e ainda que sejam assegurados os empregos dos cobradores. Essa situação de transporte não é uma situação de agora. Isso já vem aí desde o final do governo do João Castelo. O Edivaldo passou oito anos empurrando a sujeira para debaixo do tapete. Várias vezes nos falamos aqui. O Eduardo Braide assumiu o compromisso de fazer a mudança no transporte público. Até agora a única mudança que ele fez foi para pior. Infelizmente nunca se viu tanta greve, tanto desacerto, tanto desajuste no sistema de transporte como atualmente.  Hoje o usuário não tem segurança em relação às viagens. Ele paga uma tarifa maior. Ele não sabe se vai ter ônibus no dia seguinte. Ele convive constantemente com quebras e com insegurança na chegada ao trabalho. Claro que isso dificulta mais ainda o desempenho do trabalhador, além de aumentar o estresse e piorar a saúde. Então a gente está falando de um ciclo muito complexo que termina impactando a vida das pessoas em múltiplas dimensões. A Prefeitura precisa profissionalizar a gestão da SMTT. Hoje não existe um secretário vocacionado que entenda de trânsito. Lamentavelmente há uma terceirização da Secretaria de Governo tomando conta da SMTT. Já falei aqui: o Secretário de Governo não tenho nada contra. Tenho muita simpatia por ele, mas não entende nada de trânsito. O Secretário de Transportes é um advogado que não entende completamente nada de trânsito. Então precisa profissionalizar a gestão. Incrivelmente como a imprensa tem colocado isso meio que de lado, esse problema do trânsito. Porque se fossem administrações anteriores, estaria muito mais doído na televisão, estaria sendo muito mais explorado nos meios de comunicação. Há um silêncio, que eles gostam de dizer, um silêncio ensurdecedor da imprensa em relação a essa questão da greve. Precisa haver uma cobrança incisiva. O Prefeito vai passando incólume, mantendo índices de popularidade a despeito de não ter trabalho nas ruas, a despeito de não ter trabalho nas unidades de saúde. Ontem eu recebi um vídeo de uma unidade de saúde que tem uma infiltração e tiveram que fazer uma interdição de uma sala, de um auditório porque a estrutura do prédio está comprometida. Os Socorrões estão ruins. A situação de falta de remédios, de dipirona é grave. Então tem uma série de problemas que estão se acumulando. A ressonância do Socorrão II não funciona há muitos anos. Parou de funcionar com Edivaldo e nunca voltou a funcionar com Braide. Braide comemorou a melhora da nota de São Luís em termos de performance financeira, o tal de KPIs. O que ele deixou de falar foi que teve um amento de arrecadação de 25%, tanto no FPM quanto no Fundeb. Entrou um monte de dinheiro, um caminhão de dinheiro para a prefeitura, mas teve o menor gasto público dos últimos quatro anos, no ano passado. Está guardando dinheiro para quê, Braide? Tem que fazer investimento. Não votei em você no segundo turno para estar passando esse tipo de vergonha. Cobro mesmo e vamos em frente.

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