07/04/2022 - Pequeno Expediente Dr. Yglésio Yglésio Moyses

Yglésio Moyses

Aniversário: 19/09
Profissão: Médico

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O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – Bom dia a todos, bom dia a todas! Eu subo à tribuna, hoje, muito feliz por ver a Enfermagem no Maranhão mobilizada em frente à Assembleia Legislativa como um sinal claro de que a Enfermagem encontra na Assembleia Legislativa um lugar de representatividade ainda de seus pleitos. Vieram fazer uma manifestação pacífica cobrando a aprovação em nível federal do PL 2564, que é um Projeto que institui o Piso Nacional para Enfermeiros, os técnicos de enfermagem, auxiliares de Enfermagem. Por que isso é importante? É importante porque é um passo rumo à valorização de cada um desses trabalhadores e trabalhadoras. Eu sou funcionário da saúde já concursado no município de São Luís, desde o ano de 2007, como acadêmico iniciei no ano de 1999, deputado Arnaldo, no Socorrão I, todos os sábados vinte e quatro horas, eu trabalhava naquele hospital de maneira voluntária, lembro de dormir muitas vezes no chão do hospital, apenas com um lençol, em salas cirúrgicas porque não tinha uma acomodação pra quem ali se colocava como um aprendiz, um acadêmico naquele momento de formação da personalidade médica, momento importante. Nesse período, a gente tem sempre muito apoio, muita ajuda do pessoal da Enfermagem nesse momento de formação. Então, sou muito grato a cada profissional de Enfermagem que me ajudou nessa caminhada. E é por isso que a gente consegue se solidarizar com todos esses profissionais nesses momentos difíceis que a Enfermagem brasileira vem passando, momentos difíceis em nível federal, em nível estadual, em nível municipal, principalmente no serviço privado de saúde onde a pressão é ainda maior, onde os salários são ruins e a cobrança é muito maior, o assédio moral é muito vivo no ambiente de trabalho desses profissionais porque eles dizem que muita gente forma como enfermeiro, como técnico, há abundâncias de cursos tanto superiores como os cursos técnicos profissionalizantes, então como há uma oferta de profissionais eles precarizam, isso tem sido visto cada vez mais. Ontem eu subi à tribuna pra falar um pouco do que vem acontecendo no Socorrão I em relação às condições de trabalho dos enfermeiros, dos administrativos, assistentes sociais, as pessoas que fazem plantões naquele hospital. Fui informado nos dias que antecederam que tínhamos vários profissionais que tinham tido escalas cortadas de extra, e as poucas pessoas que conseguiam plantões extras estavam sendo inclusive hostilizadas no sentido de terem negado o direito de uma refeição, no hospital. Ora, a pessoa está de plantão e porque é um plantão extra não tem direito a uma refeição. Hoje a gente sabe da dificuldade pra quem ganha um salário aproximadamente, tem enfermeiro no município que ganha um mil e quatrocentos, formado, técnico de enfermagem é um salário que muitas vezes líquido é de oitocentos reais, você quer me dizer que uma refeição que custa hoje quinze reais não faz diferença pra uma pessoa que ganha oitocentos? Não é isso, deputado Edivaldo? Não é isso, deputado Arnaldo, deputada Socorro? Infelizmente faz grande diferença. Então, ontem a gente fez um pronunciamento que não foi atacando A, B ou C, foi um pronunciamento que pediu respeito aos profissionais de Enfermagem, às profissionais de serviço social, farmácia, bioquímica, todos os que fazem aquela grande família no Socorrão. Houve uma repercussão grande no hospital, tanto no I quanto no II, nas unidades de pronto-socorro do Anil. As pessoas, hoje, reclamam de um verdadeiro reinado do terror na saúde de São Luís. Se falar que a comida não está boa, é mudado de setor. Reclamou alguma coisa perante a sua chefe, é devolvido para a unidade central, para a Secretaria de Saúde. Temos uma série de tiranetes, hoje, nas unidades de saúde, fazendo gestão de pessoas, numa classe que é muito maltratada há muitos anos, dez anos ou mais, sem aumento no município de São Luís para os servidores da saúde. Lamentável. E é por isso que, depois do pronunciamento, a gente recebeu uma enxurrada de mensagens. Vou destacar algumas: “Deputado, mais de quatro meses que os funcionários do Socorrão não têm água pra consumo. O material de higiene pessoal em falta, a pessoa tem que levar papel higiênico de casa. A pessoa, se tiver uma dor de barriga no plantão, se não tiver levado de dentro de sua casa o papel higiênico, ela não tem como se limpar. Fora os olheiros, deputado, que estão colocando nos setores. Nem conversar com os colegas, nas horas vagas, podemos. Tá igual a uma ditadura. Como sou SP, fico com medo de sofrer represália. As denúncias feitas a V. Ex.ª, deputado, são verídicas. Eu mesma era funcionária... Por favor, deputado, mais dois minutos aqui só para finalizar, para dar voz a essas pessoas.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO CÉSAR PIRES - Um minuto, tempo estabelecido para todos.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO - ...qual o setor que eu iria ficar, tive a notícia de que iriam me disponibilizar para a Semus . Estão devolvendo funcionários como se não prestassem ou se tivessem direito tanto a direção da enfermagem quanto a direção-geral. Sofremos assédio moral. Por favor, nos ajude a mudar essa realidade. Parabéns pela postagem sobre o Socorrão, sou extra lá, muita cobrança e pouca valorização. Falo por aqui, porque, se fizer algo visível, posso até perder o meu extra. Infelizmente, tenho que falar por aqui porque, senão, já sabe, adeus o meu extra que tanto me ajuda e de que tanto preciso. A direção do hospital tem postura arbitrária, fico impressionada porque é jovem. Isso aqui foi um dos alguns.

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