06/09/2022 - Pequeno Expediente Dr. Yglésio Yglésio Moyses

Yglésio Moyses

Aniversário: 19/09
Profissão: Médico

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O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – Bom dia a todos, bom dia a todas. Não poderia deixar de subir à tribuna para comentar o grande prejuízo que os consumidores do Maranhão vêm tendo, nos últimos dias, com as operadoras de celular aqui no Estado, principalmente a operadora Vivo que, depois da compra da OI, parece que piorou absurdamente a qualidade do sinal, deixando aí as pessoas em uma situação de completo caos de produtividade. Hoje a telefonia celular funcional, funcionante, é um item obrigatório das pessoas no dia a dia, seja para entretenimento, mas principalmente para trabalho. O que tem acontecido? A Vivo, de maneira repetida, recorrente, tem dado apagões na cidade de São Luís. E, assim, a situação é tão brutal que, muitas vezes, você está num bairro, anda 500 metros, tem uma ilha de isolamento que você fica ali 5, 10 minutos sem um sinal. É uma coisa que nos detalha, principalmente, uma falta de cuidado. Compraram a prestação de serviço, tem usuário que paga plano de R$200, R$300 com a Vivo, e não tem acesso a uma ligação, o que é uma coisa assim inaceitável, você pagar um plano de 300 reais, ou qualquer que seja o plano, desde que você contrate a prestação de serviço, e não ter acesso a internet e a ligações telefônicas. É um isolamento digital, em pleno ano de 2022, dentro de uma capital de Estado. E aí no celular aparece, ainda tem a cara de pau de aparecer, Deputada Edivaldo, o 5G, o sinal de 5G no celular. Então assim, não sei o que acontece com a Vivo, parabenizo a Defensoria, porque já ingressou com uma Ação Civil Pública contra a empresa, porque, claro, tem uma evidente falha na prestação de serviço e um prejuízo aos usuários. Não poderia deixar de lamentar, também a grande... eu busco até palavras para qualificar isso, porque é uma situação muito difícil, eu sou profissional de saúde, convivo com técnico de enfermagem, auxiliar de enfermagem, enfermeiros, todos os dias, para a gente não usar a palavra palhaçada, porque na verdade foi uma grande cilada que foi montada com esses profissionais, em relação ao pagamento do piso, em Brasília, parece jogo combinado, foi aprovado em duas Casas Legislativas um piso nacional, foi feito uma articulação, inclusive que contou com PEC de senadora maranhense para conseguir constitucionalizar a Lei do Piso, que não tinha dispositivo que subsidiasse. E aí, no momento em que a lei é sancionada, também tem um ato de convalidação pelo Presidente da República, sanciona a lei, chega o STF e numa decisão, numa canetada, ele suspende a decisão em relação ao piso, principalmente na rede privada que tinha de haver cumprimento automático e prejudica centenas, não são milhares, são centenas de milhares de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, parteiras e todos que estavam inclusos dentro dessa lei. Um técnico de enfermagem é uma pessoa aqui no município de São Luís, chega a ganhar mil reais, líquido, eu desafio a pessoa hoje a viver de maneira digna com mil reais, não vive, cara. Pessoa não vive com mil reais. Um enfermeiro muitas vezes ali no Socorrão, um serviço prestado mil e seiscentos reais. Não tem nem perspectiva de aumento porque fizeram uma armadilha jurídica para que as pessoas fossem morrendo mesmo pelo pescoço sufocado pedindo demissão porque vai chegar o momento que o enfermeiro trabalhar por mil e seiscentos reais vai ser incompatível com a dignidade da pessoa humana mesmo no trabalho diante da complexidade do que a pessoa faz e está lá, mil e seiscentos reais tem gente ganha. Quando chega o momento do piso entra a Confederação Nacional dos Municípios, o baronato do sistema de saúde hospitalar, as grandes operadoras de saúde, como se o problema fosse o pagamento do salário da enfermagem, e não é. O grande problema hoje dos custos da saúde brasileira estão relacionados a insumos, órteses, próteses, materiais especiais, tratamentos experimentais, dolarização, alta carga tributária em cima dos medicamentos, dos tratamentos. Não é o salário do pobre do enfermeiro, do técnico de enfermagem que aumentando mil reais, mil e quinhentos reais vai quebrar o sistema de saúde particular, privado, tenho certeza disso, nós tivemos aumento foi 16%, canetada. Canetada, a ANS nem se pronunciou a respeito, só aceitou, só teve uma divergência no voto. Portanto, na hora de aumentar o convênio não tem pena do cidadão. E aí na hora de ter a generosidade de reconhecer quem na pandemia ajudou salvar milhares de vidas, não tem a mesma altivez. Criminoso, mas isso aí já é de se esperar de um sistema que é elitista hoje. STF devia ser para fazer análise da constitucionalidade mesmo, stricto sensu, resguardar caso. Hoje, em tudo o STF se mete. O cara, numa canetada, suspende a lei, por quê? Porque é um cara que tem vencimentos acima de R$ 50 mil, penduricalho, toda uma estrutura de gabinete, advogado. Aí mesmo é que foi levada ao STF, de maneira estranha, a nomeação desse Barroso, e até hoje prejudicando o cidadão. Não dá para aceitar! Um cara desses que, quando era advogado, se destacava pela luta por advocacia de Direitos Humanos, e hoje está aí no STF, sem piedade nenhuma, atacando as pessoas que estão trabalhando dignamente. Isso aí não dá para aceitar.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO WELLINGTON DO CURSO - Tem deputado e tem oradores inscritos, mas concedo mais dois minutos ao Deputado Yglésio, por gentileza.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO - Para finalizar, eu quero me solidarizar com o que tem acontecido nos municípios de Urbano Santos e Belágua, com os funcionários públicos municipais, com os professores, com essas pessoas que têm sido obrigadas, sob pena de perda de seus empregos, ameaças, pessoas dentro do município que estão dividindo um salário mínimo, uma loucura que está acontecendo em Belágua e em Urbano Santos, porque tem duas prefeituras sendo utilizadas para fazer a eleição de deputado estadual aqui para a Assembleia Legislativa. Isso é uma verdadeira vergonha! Pessoas que fomentaram esquema de corrupção, que colocaram um monte de familiar dentro dessa máfia de concurso público nesses municípios, que felizmente já foram denunciadas no Ministério Público. A gente espera que eles tomem as providências, situações de perseguição diária de pessoas que não concordam com a gestão lá dentro, situações como a do professor Mazinho, perseguido no período mais grave da pandemia, deixado sem salário por não se curvar a essas pressões por conta desses prefeitos que estão hoje colocados lá a serviço de um grupo político criminoso, uma verdadeira quadrilha que responde processo e é por isso que essa candidatura foi impugnada na Justiça e, portanto, não tem honra para pleitear o mandato ao serviço do povo.

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