08/11/2022 - Expediente Final Dr. Yglésio Yglésio Moyses

Yglésio Moyses

Aniversário: 19/09
Profissão: Médico

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O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) - Bom dia a todos! bom dia a todas! Subo à tribuna para tratar de três temas em específico. O primeiro deles é a Resolução n.º 2.648, da Universidade Federal do Maranhão, que tem sido bastante criticada por pais de alunos, tendo em vista que ela criou um critério de regionalização que, claro, é importante quando a gente pensa nas desigualdades do Maranhão, porém, cria também, em algumas situações, um abismo que inviabiliza completamente a participação dos estudantes do certame, que é exatamente o que a gente não pode admitir. Compensação é uma coisa, desigualdade absoluta vira injustiça. Há situações em que as pontuações passam de 840 pontos no Enem, dentro do processo seletivo da UFMA, mas vão elevar essas pontuações. Assim, quem passou em primeiro lugar geral não vai conseguir fazer, o que muitas vezes leva um aluno que teve uma média muito abaixo a ter uma vantagem excessiva. A gente não questiona, de forma alguma, a compensação regional, aquele estudante da Baixada que quer ter acesso. Toda essa criação é em cima do curso de Medicina, não tem nenhum outro tipo de curso, sendo que, no Brasil, já está mais do que comprovado que o que acontece não é falta de médico, o que acontece é uma necessidade de criar políticas públicas que distribuam geograficamente melhor o médico. O que é isso? Política de mercado, valorização salarial, pagar o médico em dia, não ficar dando calote em profissional de saúde, pagamentos aviltantes. Tudo isso são coisas que desestimulam a interiorização. Você pode ter aí formado 1 milhão de médicos com as políticas hoje que a gente tem de interior de Estado, de Municípios, de hospitais regionais, mas, da forma que está, eles vão preferir sempre se concentrar na capital. Então, muito mais do que fazer formação, a gente tem que fazer fomento ao bom desenvolvimento da profissão. Aproveito para parabenizar a enfermagem. Sinaliza-se, em curto prazo, o pagamento do piso da enfermagem, principalmente aqui no Maranhão, na rede estadual, a expectativa e o governo está buscando isso, é de conseguir aproximadamente esses R$ 70 milhões de reais a  mais, por mês, para pagar o pessoal da enfermagem conforme o piso, vai ser um evento importante, e provavelmente o primeiro estado a conseguir fazer  isso. Então, em relação a essa situação da UFMA, fica registrada aqui a nossa preocupação com essa desigualdade excessiva que foi criada com essa resolução 2648, do CONSEPE. Em relação  à cidade de São Luís,  o que a gente pôde ver nos últimos meses foi a criação de algumas obras, algumas intervenções de trânsito que foram feitos primeiro para beneficiamento pessoal familiar do prefeito de São Luís, aquela rotatória do Caolho, a  rotatória foi feita, aquela nova adequação geométrica que deixou de ser uma rotatória, agora é um cruzamento que vai inclusive na contramão das melhores práticas, aquele tipo de cruzamento, aquilo ali foi abandonado. E a geometria da via já ficou muito claro, que não foi feita a contento, quem desenhou aquilo ali, com certeza, não está de acordo com as melhores práticas de engenharia do trânsito. Por exemplo, um caminhão, ali tem uma série de supermercados, uma carreta, ele tem dificuldade para fazer o retorno, aumentou muito a distância de quem vem ali do Araçagi e quer fazer o retorno para pegar a Daniel de La Touche. Solicitar aos colegas  um pouco de  atenção ao plenário em respeito ao orador que está aqui, então, raios de giro muito curtos que terminam atrapalhando a circulação da via, obras que são feitas sem um devido planejamento. Começou fazendo num  local que não era necessário, agora o segundo ponto, que é um ponto importante, ali no Golden Shopping, a gente espera que tenha um resultado melhor. Ninguém torce contra a Prefeitura, só se questiona, em dois anos, as únicas obras que foram feitas pelo prefeito de São Luís terem sido duas rotatórias,  uma inauguração, uma mão de tinta num Posto de Saúde, na zona rural, que ele está chamando agora de Clínica da Família e assinou umas Ordens de Serviço. A gente espera que sejam construídas pelo menos essas duas, três creches que ele assinou  Ordem de Serviço. Ou seja, uma gestão muito lenta que não está à altura dos desafios que São Luís precisa e deve receber de uma prefeitura tão grande com o orçamento como a que São Luís tem de mais de três bilhões de  reais. Falta enfrentar os problemas graves que têm principalmente relacionados  às folhas de pagamento que a gente sabe que são gordas na prefeitura, gordas, obesas, para poder acomodar os correligionários, os apoiadores da gestão. Lamentavelmente, aproveito aqui para me solidarizar com os vereadores de São Luís do Maranhão que foram vítimas aí do envio, deputado Edivaldo Holanda, por parte do prefeito de São Luís, de um dossiê ao Ministério Público  onde foram acusados de malversação de recursos de Emenda pelo próprio prefeito de São Luís, que é justamente o fiscalizador da Emenda. É estranho, ele concede a emenda e depois denunciar o vereador como se o vereador estivesse fazendo alguma prática ilícita. Só se não se conhecesse como é a política feita aqui em São Luís, nos bairros, que é uma política assistencial, é uma política em que a população é muito necessitada e precisa justamente desse apoio mais próximo. Então, fica aqui minha solidariedade à Câmara de São Luís por ser aviltada enquanto Casa pelo prefeito de São Luís, que é o político mais isolado, provavelmente, que o Maranhão já teve, infelizmente. Em relação à eleição presidencial, nós vimos aí um processo que foi viciado como nunca antes. Muitas pessoas, às vezes, não têm a noção de quando a gente diz “processo viciado”. Eu não quero dizer que a urna eletrônica está errada, que o sistema falhou, isso aí seria fraude. Processo viciado é quando você tem toda a imprensa noticiando por meses a palavra orçamento secreto, orçamento secreto, moeda de troca, moeda de troca e, 24 horas depois da eleição, ele vira RP9, uma emenda de relator. Isso aí é processo viciado. Por quê? Porque a imprensa pauta o que a rede social dissemina. Então, o que aconteceu contra o Presidente Bolsonaro foi um verdadeiro ataque. Propaganda eleitoral negativa não pode, é crime, mas ela foi feita durante todos os dias da eleição contra o presidente com a anuência do irresponsável Alexandre de Moraes. Propaganda eleitoral negativa não podia, mas, nessa eleição, podia, excepcionalmente. Transporte de eleitor sempre foi prática criminosa, mas nessa eleição a imprensa chiou por conta de transporte, permitindo transporte ilegal de eleitor. Censura nunca pôde no Brasil e tomara que nunca possa, mas, para alguns ministros do STF, para a ministra Carmen Lúcia, excepcionalmente, nessa pôde, e agora a gente está vendo uma série de perfis bloqueados por questionar o processo eleitoral. Todo mundo tem direito a questionar o processo eleitoral, não tem ninguém fazendo apologia ao terror, não tem ninguém mandando matar os outros, as pessoas estão questionando um processo eleitoral que teve vício na condução. Quando tem conluio da imprensa com os tribunais superiores, e teve quem não lembra do sorriso no rosto da Rosinha Weber, da nossa Rosinha, como dizia o Lula nos áudios interceptados junto à Dilma quando ela declarou o resultado da eleição. Nunca teve conluio tão grande quanto o Xandão fez nas decisões com censura prévia. A eleição terminou, o TSE continua atuando como acusador, juiz e executor de sentença, censurando perfis. Então, se isso aí não é processo viciado, eu não sei mais o que é. Ficaram três dias pedindo que o presidente reconhecesse a derrota. Se eu tenho um filho, ele vai para um torneio lutar contra outra criança, e o juiz roubou, eu não vou dizer para o meu filho que foi injustiçado, ao final da luta, para parabenizar pelo resultado. Eu vou dizer para ele não se conformar e continuar lutando, e é isso que se vai fazer aqui no Brasil. Com esse evidente roubo, ganharam as eleições, mas não levaram. Não levaram e não levarão, vão enfrentar a maior oposição que um presidente já enfrentou nesse país.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO CÉSAR PIRES – Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a presente Sessão.

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