23/11/2022 - Tempo dos Blocos Dr. Yglésio Yglésio Moyses

Yglésio Moyses

Aniversário: 19/09
Profissão: Médico

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O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) - Subo à tribuna para comentar algumas das recentes decisões das universidades maranhenses, principalmente as universidades públicas, por onde geralmente começa esse tipo de atitude que não corresponde com as bases da ciência. Aí a gente começa a entender por que, No Brasil de 1930 a 2013, a série histórica que nós temos acompanhado e que está publicada inclusive em sites internacionais de relevância de coleta de datas, como a “Our World in Data”, que é um dos principais compiladores de dados no planeta terra, mostra que o QI do brasileiro reduziu quase 10 pontos nesses anos todos aí, aproximadamente 83 anos. Nós estamos perdendo mais ou menos dez pontos de QI nesse período, ou seja, estamos emburrecendo e muito disso se dá por conta da forma que o aprendizado tem se dado. Aí a gente tem todo um contexto que, apesar de dizerem que a universidade pública é subfinanciada, e até acredito que seja, tendo em vista que as universidades estão em condições ruins, parte por falta de recurso, parte por falta de gestão, mas a universidade que deveria produzir os dados e trabalhar em cima dos dados científicos, as públicas, são as primeiras a entrar nessa vibe paranoica de encerrar atividades por conta de covid, suspender a atividade. A UFMA já voltou para a história que passou quase três anos de porta fechada, com um prejuízo gigantesco para os alunos, por conta de Covid. A UEMA até me surpreendeu, porque a UEMA normalmente não entra nisso, mas já foi agora também. Para quem não sabe o que está acontecendo, quem está tentando fazer alarmismo em cima de covid neste momento está tentando é aparecer, porque não tem um paciente internado dentro de hospitais que não sejam pacientes de altíssimo risco, paciente sem comorbidade, paciente jovem, paciente até mesmo idoso, eles estão tendo internações, mas, praticamente, não está tendo mortalidade. Essa semana, uma grande emissora nacional, numa subseção no Distrito Federal, se eu não estou enganado, ou em Minas Gerais, o repórter chegou ao cúmulo de dizer que, infelizmente, passou um dia sem ter uma morte por covid: “Ah. hoje não teve nenhuma morte por covid, infelizmente”. Ou seja, tem segmentos da imprensa que se alimentam dessa venda, dessa catástrofe. Há seguimentos da política, e aí a gente tem situações, como até André Janones maranhense, que vai para tentar alarmar a população, para tentar ter ali algum tipo de holofote e, lamentavelmente, coloca pânico na população quando não há motivo para pânico. E aí a universidade, que é quem deveria chegar e dizer não, os casos de covid estão em ascensão? OK. Porém, não estamos tendo impacto na mortalidade e muito menos na letalidade. Porque mortalidade é na população geral e letalidade é em quem tem diagnóstico de covid. A quantidade de leitos nos hospitais dedicados à covid é muito pequena. Outro dia soltaram uma fake news dizendo que os leitos do hospital estavam lotados, o hospital tinha cinco leitos, já chegou a ter mais de 100 destinados a covid, estava com um paciente internado por covid. Desativaram várias alas do HCI, com razão, tirar de atender covid para atender outras doenças, trazer paciente do Maranhão que a gente sabe que os municípios não dão conta de fazer o atendimento de média e alta complexidade tem que trazer, estão trazendo para o Hospital da Ilha, ou seja, UFMA, UEMA que deviam ser as norteadoras do pensamento científico de tranquilizar a população, estão tocando o terrorismo. Graças a Deus que o Governador não é alarmista e não entrou nessa vibe aí de começar com negócio de fechar atividade de Executivo, de máscara em todo lugar, porque o momento não é para isso. Agora, de fato, esta variante de covid se transformou numa gripe sazonal, é uma gripe sazonal. O que está acontecendo. A população não está em risco. A variante, inclusive, os sintomas são mais leves que dá Ômicron que já tinha sintomas altos, porém alguns sintomas altos que incomodavam bastante, eu mesmo tive a Ômicron, em via aérea superior, me senti bastante mal, mas do jeito que está, está extremamente tranquilo o cenário, não tem nem um motivo para a universidade suspender a atividade. Esse tipo de doença respiratória, nesse momento, elas precisam inclusive ter garantida, tempo adicional, por favor, elas precisam inclusive, esse tipo de doença, ter garantida a circulação para que haja uma imunidade coletiva, uma unidade de rebanho. O que tem que se continuar é solicitar que as pessoas se vacinem, porque é importante a vacinação. Já está na quarta dose, as pessoas devem procurar, só que a procura da quarta dose está baixíssima. Por quê? Porque as pessoas já normalizaram. Então, o que nós devemos fazer não é estar plantando terror, a universidade plantando terror e fazendo aí professor ficar sem dar aula, dentro de casa, porque tem professor que adora. Infelizmente, isso aí dentro de universidade a gente sabe. A UFMA, então, o cara estava atendendo no consultório, no escritório dele, está participando de audiência, mas não pode dar aula para os alunos. Aluno fica rodado, estudante fica abandonado, não sabe como é que vai ser. Telensino, o ensino presencial, como é que vai ser a avaliação, fica essa bagunça. Será que eles não vão cansar, será que não vão desistir de atrapalhar a formação de quem está na universidade nesse período maldito de pandemia? Nós vamos ficar 2020, 2021 e 2022. Ano que vem vai ser isso aí de novo. Vai ter gente que vai fazer um curso todinho dentro desse inferno pandêmico, e professor sem necessidade suspendendo aula! Cadê o respeito com a formação? Será que só tem um pensamento individual, não está bom salário na universidade faz que nem eu fiz, saia, peça pra sair. Eu pedi para sair da UFMA. Eu achava pouco meu salário de R$ 3.300,00 lá, para um doutorado, de um professor com doutorado e pedi para sair. Fiz as contas. Para ir para o Bacanga, gastava gasolina, não dava. Então saí. É coerência. Agora o cara quer ficar pendurado na universidade para bater no peito e dizer que é professor, e não quer dar aula, e o aluno que se arrebente. Meu amigo, tem muita gente querendo dar aula, precisando. Então, não atrapalhe a vida dos alunos, não atrapalhe quem está querendo ter acesso à universidade, não acumule indevidamente cargo ou função, não prevarique prejudicando seus alunos. Chega. Até quando? Toda hora: ah! um surtozinho de covid. Ah, não vamos suspender a aula. Aí o cara está indo lá, está no Coco Bambu, ele vai para o Ferreiro Grill lotado, ele vai à praia no final de semana, ele não está nem aí para viagem, ele não está nem um pouco preocupado. É diferente de uma resolução da Anac, que um ambiente de confinamento com muitas pessoas que não se conhecem, que não se tenha origem de onde elas estão, que aí volta a ter o uso de máscara porque é um confinamento obrigatório, mas em escola, se teve Covid, o aluno não vai; o professor teve Covid, fica cinco a sete dias sem ir, cumpre isolamento, mas não encerra as atividades. Tem que parar com isso, cara. Que vagabundagem é essa? Todo tempo o aluno prejudicado no final. Olha, eu fui estudante de federal, eu tive duas greves. O meu primeiro período, eu fiz em um ano por conta dessa coisa de greve, greve, greve, e ninguém está preocupado com aluno. Quando foi no 10º período, outra greve, quatro meses sem aula. As pessoas interrompem a aula do aluno universitário e não estão nem aí. Normalmente, todas essas associações têm braços de movimento sindical lá dentro da esquerda, que são os mesmos que falam que são pró-universidade, que são os pró-ciência, cadê os pró-ciência? Cadê os números que justificam você encerrar uma aula? Cadê a mortalidade da covid? Vamos interromper agora, viver de interromper aula por gripe! Isso aí é uma coisa que não dá para aceitar. A gente precisa trabalhar, a gente precisa produzir, a gente precisa recuperar esse gap gigantesco de conhecimento que esses alunos tiveram nos últimos anos. Está na hora de ter somatório de esforço, professor redobrando carga de esforço para ajudar aluno disposto a aprender. Ou a gente acha que vai vencer esse desafio brutal de atraso e retrocesso deste País sentado em casa?! Até hoje quem está aqui está estudando, todo dia que surge uma dúvida, vai lá, senta o bumbum na cadeira, vai atrás de uma informação para não subir falando besteira na tribuna. Imagina quem está buscando a formação, quem está ensinando, que vai preparar para uma vivência dificílima de concurso. Os desafios lá fora são grandes, e a gente não deve formar alunos fracos. Nós vivemos tempos difíceis. Já diz aquela frase: “Tempos difíceis formam homens e mulheres fortes. Homens e mulheres fortes criam tempos fáceis. Tempos fáceis criam homens e mulheres fracos. Homens e mulheres fracos criam tempos difíceis”. Então, nós temos que ser fortes todo tempo para que os tempos de fato sejam fáceis e a gente consiga ter justiça social, paz social, equilíbrio social, harmonia, geração de renda, emprego e tudo de melhor para a população. Eram essas as minhas palavras.

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