06/12/2022 - Pequeno Expediente Dr. Yglésio Yglésio Moyses

Yglésio Moyses

Aniversário: 19/09
Profissão: Médico

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O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) - Bom dia a todos, bom dia a todas! Eu gostaria já aqui no começo do pronunciamento, ao final dele, solicitar que façamos um minuto de silêncio pela passagem do nosso amigo Edivaldo Pereira Biguá, ex-presidente da Federação Maranhense de Vôlei, que faleceu no último final de semana. E agora, iniciando o nosso pronunciamento, a primeira coisa que a gente tem que pensar é que as ações que são tomadas têm reflexos positivos e reflexos negativos, a depender de quem é atingido. E, no caminho disso, há de haver harmonização, harmonização em relação a todos os atores envolvidos no processo. No caso do ferryboat, quem são os atores envolvidos? São as empresas, os empresários, os empregados, os passageiros e demais usuários do transporte ferryboat, que é um transporte extremamente importante para nós, encurtador de distâncias, encurtador de tempo, facilitador de vida. A gente sabe que o Governo anterior falhou miseravelmente em relação à gestão do ferryboat, e que o Brandão, nos últimos meses, tem se esforçado de toda forma possível para poder reorganizar o sistema. É claro que nós ainda não estamos no ideal. Na verdade, nós estamos longe do ideal do que a gente espera, mas há uma boa vontade e de uma concentração de esforços da MOB nesse sentido. Pois bem, fui surpreendido na semana passada pela notícia: há redução de passagens para os usuários. No primeiro momento, eu fiquei super feliz, porque: “Caramba! Só tem uma forma aí de terem reduzido a passagem, é dando subsídio para o sistema de transporte.” Não aconteceu isso. Eu fui ler, e aí o que aconteceu? Aumentou a passagem dos veículos. Aí a gente tem aqui dois grupos: tem o grupo que só pega a passagem do ferry, que custava 12 agora está 10, e tem um grupo de quem passava de carro, que era 77 o carro menor, e aí foi para 100, o de 88 foi 115, o caminhão que quem faz um transporte usa um bitrem, vai de 575 pra 865, 50 %. Então, para os veículos houve um acréscimo de 30 a 50%, o que é motorizado, para o que é para pessoas continuou até 5 anos é gratuito, idoso com 65, ou mais é gratuito, cinco a 10 anos é R$2,00, maior de 10 anos, R$12,00, estudante aqui, R$ 6,00 baixou para R$5,00. O que é que acontece? Vejam só, para a gente deixar bem claro, ninguém acha que a empresa tem que quebrar, ninguém acha, ninguém pode achar isso! ninguém pode achar que aquele sistema velho, ineficiente, caindo aos pedaços, aquelas latas velhas ambulantes que existem ainda algumas, mas que aos poucos começam a ser substituídos, eles prestavam, não presta. Então, se eu tenho um negócio, eu tenho que ter recurso girando no meu negócio, e meu preço, ele vai justamente corresponder a minha expectativa de valor, valor está ligado à qualidade de serviço, qualidade alguns ferries têm, aquele novo, aquele São Gabriel, quando ele não encalha, a viagem é excelente dentro dele, já aquele outro, o Zé Humberto, não se mostrou apto, a tendência é que ele saia de circulação, em definitivo, aumentou a quantidade de viagens, isso aí foi muito positivo, reduziu a espera, teve um aumento de preço que só para contextualizar aqui, a inflação em torno dos insumos, em torno do diesel, das peças, tudo isso aí, olha só: o custo de combustível por viagem ele era R$ 803,00 em 2020, com aumento do diesel, hoje ele está R$ 1.810,00. O custo de manutenção por viagem era R$570,00 saltou pra R$2.114,00 - peço mais tempo, presidente, Senhor Presidente...

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO GLALBERT CUTRIM - Mas um minuto para o deputado Yglésio.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO - Então, aumentou o custo, aumentou o custo só tem três pessoas, três entes, que conseguem pagar esse custo: um, é usuário; dois, é o poder público que termina sendo usuário, que aí o dinheiro dos impostos que se paga, ele vai pra virar subsídio para empresa, e o outro é a empresa pagando às custas de não colocar equipamento de segurança; não cumprir com os licenciamentos; de não fazer as trocas de peças que deveriam fazer, e isso termina levando depois à tragédias, e ninguém quer. Só que teve um grande problema nisso aí, enquanto a gente teve a facilidade das pessoas que gastavam só com a passagem, que ficaram felizes, o pessoal que usa o carro não ficou feliz, porque aumentou, e a gente não está falando só de gente privilegiada, não. Tem gente que atravessa a Baixada, um enfermeiro, para tirar um plantão de R$ 300 R$ 400, vai gastar agora. Ele já não pode mais ir de carro. Ele tem que ir e não pode porque ele vai gastar R$ 115 para ir e R$ 100 para vir se for de carro pequeno, R$ 100 para voltar. Já não compensa nem ele sair de casa para trabalhar. Mas o pior que aconteceu, que aí que eu achei que foi uma safadeza não da MOB, só no momento de ter ficado silente enquanto isso aqui, mas liguei ontem para Gilberto, tive uma conversa de uns 20 minutos com ele, um cara altamente razoável. O que as empresas começaram a fazer? Eles estão cobrando a taxa de uso do site na contramão do desenvolvimento. O que a gente não quer? A gente não quer que acumule fila. Para isso tem internet para você marcar sua passagem. Beleza! Todo mundo entendeu. Quando você chega lá, agora, se você quiser marcar pela internet uma semana antes sua passagem... Não corta meu microfone, por favor. Uma semana antes a sua passagem se você quiser marcar, você tem que pagar 30% a mais. Se quiser marcar ida e volta em um veículo pequeno, de R$100,00 você vai pagar R$60,00 a mais. Se for no final de semana e feriado você tem que pagar 50 % a mais, ou seja, para um veículo de R$ 100,00 você vai pagar três passagens se quiser marcar para um final de semana se estiver num plantão, se estiver numa atividade que vai fazer uma visita aí a uma propriedade sua ou uma missão política, qualquer tipo de coisa. Olha só, o nome desse negócio que eles estão botando, desses 30%, 50%, é taxa de conveniência. O que é que é taxa de conveniência? Conveniência é você poder comprar da sua casa de maneira programada e chegar lá e ter a sua garantia de viagem. Eles estão cobrando isso de maneira abusiva. E hoje mesmo nós vamos encaminhar a denúncia para o Ministério Público contra as empresas, para o Procon contra as empresas para que isso seja reduzido a valores de mercado. O que é que é valor de mercado? Valor de mercado é de 6 a 14%. Quer comprar o ingresso do jogo do Moto? É 4% a 6% a taxa de conveniência para o site. É justo. Não quer pegar a fila. Quer ir para o cinema? É de 6% a 10%, dependendo da rede de cinema. Quer pegar o ferryboat no Maranhão? É de 30 a 50%? Isso está fora da realidade, porque a estrutura que a empresa coloca é um programa no computador, que isso é baratíssimo hoje em dia. Tem sistema pronto - aqui o pessoal do TI não me deixa mentir - para aumentar tanto o custo dessa forma e colocar um quiosque, uma pessoa lá para fazer a travessia. Isso aí diluído entre as empresas não é nadinha. Então, assim, é abusivo. Eu não estou solicitando; eu exijo, eu exijo, porque isso aqui é direito. Direito não se pede, direito não se bajula. Eu exijo que essa taxa de conveniência dessas empresas seja baixa. Seja reduzida. Vai ser no carinho ou vai ser via judicial, mas desse jeito que está não vai ficar, porque isso aí é um descaramento, não é taxa de conveniência o que essas empresas estão cobrando. Isso aí é praticamente coercitivo. Quer viajar com tranquilidade, rasga o dinheiro. Aí vão dizer que tem exemplo no Rio, exemplo em Salvador. Meu amigo, nós estamos tratando do estado mais pobre do País. Quem ganha mais de R$ 2.900,00 neste País, nesta sala, está entre os 10% mais ricos, e todo mundo sabe que R$ 2.907,00 acaba, se economizar, no meio do mês, se for colocar um filho numa escola particular. Então, não dá para aceitar esse tipo de absurdo, de exploração, assalto. Taxa de conveniência o escambau, rapaz. Tem que baixar isso aí. Vamos oficiar Deus, o mundo, o Raimundo, mas esse negócio não vai ficar desse jeito, pode ter certeza.

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