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A SENHORA DEPUTADA MICAL DAMASCENO (sem revisão da oradora) - A Deus seja a glória. Vou louvar a Deus com este hino no início dessa legislatura. Quero iniciar louvando a Deus com um hino que tem o título “Pelejar por Jesus.” Minhas colegas novatas, vão se acostumando, pois de seis em seis meses nós estamos aqui louvando e mostrando a nossa fé aqui e representando aqui o nosso segmento evangélico, que diz assim, minha querida Presidente Iracema: “Por Jesus vamos pelejar, prosseguindo o nosso andar. E com Ele, então, no céu, nós iremos a paz gozar. Lutemos todos contra o mal e vamos a Jesus seguir. Ele é o nosso general e a glória do porvir”. Deputada Daniella, Senhora Presidente, Deputados e Deputadas. Senhora Presidente, Deputados e Deputadas, meus nobres amigos, internautas, imprensa, funcionários da Casa, eu quero aqui desejar ardentemente que este pleito ora iniciado venha ao encontro dos anseios e das necessidades dos milhões de maranhenses, os quais representamos. Como cidadã, sei que muitas vezes queremos falar bem alto daqui, que nos sufoca o peito e que sem a devida oportunidade, simplesmente emudecemos. Nesse sentido, somos a voz de milhares que, por meio de seu voto, nos elegeram seus porta-vozes e que, portanto, esperam que falemos do que lhes sufocam o peito. Eu, como os senhores e as senhoras, sou a voz daqueles que para cá nos trouxeram, portanto, falar em seu lugar não é simplesmente sinal de gratidão, Deputada Daniella, mas de lealdade e respeito. Como todos os senhores e as senhoras sabem, sou porta-voz do povo cristão, especialmente dos evangélicos de nosso Estado. Sou evangélica assumida e convicta, respeitadora de todos os credos, de todas as religiões e admiradora daqueles que também o fazem. Entretanto, senhores e senhoras, o tema que ora passo a discorrer trata de gravíssima situação que os cristãos do nosso Estado vivem hoje no que se refere ao ataque aos seus costumes milenares e amplamente conhecidos. Não que não conheçamos historicamente a perseguição, o escárnio, o vilipêndio, pois o nosso sangue já jorrou nas arenas e nossas carnes já serviram de combustível para as fogueiras humanas na Roma Antiga. O escárnio, empacotado nas belas embalagens da cultura, é nosso velho conhecido, e somos ridicularizados, e nossos costumes, um motivo de piadas. Nossos símbolos sagrados já foram cuspidos, chutados e até colocados em regiões íntimas do corpo humano sem que nada acontecesse. Isso porque, quando se trata de qualquer um dos atos acima contra os cristãos, somos lembrados de liberdade de expressão, de crença e de opinião. E, quando exigimos o devido respeito sobre o que é sagrado para nós, somos chamados de preconceituosos, Deputado Júlio Mendonça, e acusados de discurso de ódio. É o que está mais acontecendo, Deputada Andreia. O que é discurso de ódio? Só mais uns dois minutos aí, minha Presidente. O que é discurso de ódio, afinal? Segundo Samanta Ribeiro, Doutora em Direito, o discurso de ódio é a manifestação de ideias que incitam a discriminação racial, social e religiosa contra determinados grupos, na maioria das vezes minorias, ou ainda manifestações de ódio, desprezo ou intolerância contra determinados grupos motivados por preconceito. Essa é a opinião dessa senhora chamada Samanta. Segundo Daniel Sarmento, Doutor em Direito Constitucional, se este conceito citado por dois juristas estiverem certos, onde é que nos encaixamos nisso? Por que viver a nossa fé baseada em nosso credo e livro sagrado, a Bíblia, cuja tônica é o amor e a verdade, tornou-se discurso de ódio? Não seria liberdade de expressão falar o que pensamos? Por que esse direito nos está sendo negado? Temos assistido à crescente campanha de ridicularização da fé cristã numa escalada cuja finalidade parece ser o que já é realidade em muitos países do oriente, a criminalização do Cristianismo, Deputada Abigail. O que podemos inferir diante das alarmantes manchetes que, dia a dia, estampam os sites, blogs e meio de comunicação em geral, e que as minorias querem determinar o comportamento da maioria, a qualquer custo, inicialmente, quando o discurso da vitimização generalizada, em última instância da criminalização da liberdade de expressão, crença e religião.

A SENHORA PRESIDENTE DEPUTADA IRACEMA VALE – Concedo só mais um minuto, deputada.

A SENHORA DEPUTADA MICAL DAMASCENO – Crença e religião da maioria, senhores e senhoras, analisem a situação dos cristãos hoje, com a lente da realidade e não com a lente da mídia, veja ao seu redor que, países crentes mesmo não concordando com o filho, com a sua sexualidade, acolhem, aconselham, oram. Claro que há casos de violência simbólica e até física, mas essa exceção, veja padres, pastores e missionários amando os viciados de toda natureza e lutando ao lado deles por uma vida melhor, ainda que com pensamentos divergentes. Eu quero aqui chamar a atenção dos nobres colegas deputados novatos, sobre a questão de criação de leis, reflitam bem, procurem saber se as leis que você vai colocar aqui para tramitar nesta Casa, se afronta os princípios cristãos. Porque aqui já teve deputado que colocou o Projeto de Lei, foi aprovado aqui, foi sancionado por essa Casa, mas hoje ele não está aqui entre nós, e é isso que eu quero chamar a atenção dos nobres deputados, reflitam bem, porque não tem um que criem leis que afrontem os princípios cristãos que Deus não pese a sua mão. E eu quero aqui dizer que nós vamos dar o Livro dos Livros agora esses dias para vocês, são 27 deputados novatos e nós vamos dar esse Livro, que é a constituição maior para vocês se basearem por este Livro e agradeço aqui, Presidente. Muito obrigada.