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O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) - Bom dia a todos. É com muito orgulho e gratidão que inicio esse pronunciamento cumprimentando todos que aqui estão, a Presidente da Assembleia, nova presidente, todos os colegas, os que aqui assistem da galeria e também da imprensa, e os que nos assistem, claro, pelos diversos meios de comunicação. Há quatro anos, Deputado Ricardo Arruda, eu subi nesta tribuna a primeira vez e me tremia todinho lendo discurso, fazendo assim, pegando e vendo, vendo e vendo. A gente vê que o tempo passa, e todos que têm dificuldade de tribuna, ao final, estão muito mais tranquilos, e isso aí, graças a Deus, é uma evolução muito grande que o Parlamento nos propicia. Em relação ao trabalho, foram mais de 7 mil proposições legislativas, 37 leis colocadas em benefício da população, leis que muitas vezes deram muito trabalho. Lembro-me de muitas situações aí que tive que fazer visitas à Secretaria de Articulação Política, mas que nós conseguimos aprovar no governo passado, o que representou aproximadamente 30% da produção legislativa desta Casa. Tive a alegria também de ter tido saúde e, algumas vezes, Deputado Roberto, nem com tanta saúde, porque já saí de hospital, de fazer cirurgia de vista, direto para o plenário; já saí de ter uma fratura, de ser atendido no hospital e vir com gesso aqui para a Assembleia, sempre para participar das votações presencialmente na maior parte das vezes possível, porque eu sei que esta Casa custa muito caro ao povo do Maranhão, e todos nós temos que trabalhar. No curso dos quatro anos, enfrentamos situações complexas, enfrentamos Poder Judiciário, algumas vezes com alguns abusos de alguns membros, no caso como aposentamos o Sidarta Gautama; enfrentamos abuso de autoridade de membros do Ministério Público, no caso da Praia do Olho d’Água, para defender a população; e situações como essas também até na nossa própria casa, para não dizer que a gente mexe só na casa dos outros, como foi no caso do concurso da Assembleia Legislativa na primeira versão que teve aquela situação que a gente precisou denunciar e agora a gente tem certeza que vai transcorrer tudo com a mais absoluta normalidade. Então, dou as boas-vindas aos nossos colegas, contem comigo pro que precisarem, gosto de ajudar todo mundo que me procura para ter algum tipo de orientação em relação ao funcionamento da Casa, parâmetros aí de Regimento, a gente está sempre à disposição. Dito isso, inicio o pronunciamento falando sobre os lamentáveis eventos do final de semana, a gente precisa de São Luís como um polo gerador de turismo e infelizmente a cidade ainda não parece estar pronta. Foi feito um evento de Wesley Safadão, aqui na cidade, com um compareci mento de mais de dez mil pessoas, evento caro que não corresponde a capacidade financeira, inclusive da cidade. Muitas vezes, as pessoas se desfazem das suas economias para participar de um show como esse e ao chegar lá são vítimas de intensa desorganização, camarote que correu o risco de desabamento, produtos vendidos dez vezes o valor de venda deles. Ao final, falta completa de articulação entre a iniciativa privada e o próprio poder público. A SMTT e a PM, os produtores que tanto a gente apoia, precisam também fazer a parte deles para garantir a segurança, está mais do que óbvio, cristalino, indiscutível, que houve a falha brutal na organização de evento. E aí, como é que a gente pode permitir que isso continue dessa forma? É inadmissível, a Assembleia precisa puxar essa discussão, fazer mesmo audiências públicas, integrando todos esses atores, Polícia, Corpo de Bombeiros, município de São Luís, que, felizmente, graças ao Governador Brandão agora já tem diálogo com a Prefeitura, e o representante do segmento cultural. Ao final, nós tivemos um assassinato, infelizmente, porque quem atirou não estava no horário de trabalho. Henildo Penha foi assassinado numa discussão de trânsito. Por quê? Porque tudo começa com fator gerador da falta de organização. Até quando as pessoas vão ser desorganizadas com os eventos que querem faturar cifras milionárias? Eu não consigo nem mensurar quanto se ganhou naquele evento, a quantidade de pessoas e a quantidade de vendas, eu vi tabelas de preço de combo de uísque de novecentos reais. Presidente, mais um minuto, por favor. Então, quero deixar muito claro que nós seguiremos com esse trabalho, hoje já apresentamos dez projetos de lei, projetos de lei importantes que serão discutidos nessa Casa, mas principalmente luta por justiça, luta por justiça pelo assassinato Henildo Penha, luta por justiça pelo assassinato de Valdemar Guajajara, em Amarantes do Maranhão, que, muitas vezes, as pessoas querem politizar, dizer que é culpa de governo federal ou governo estadual, nós temos que procurar é solucionar e trazer paz aos povos originários e criar limites claros na questão da desmarcação de terras. Justiça também para Marjeon Andrade que há 11 anos foi assassinado e até hoje os acusados do crime, Edson Arouxe Júnior e Elias Orlando, eles nunca foram a julgamento, com manobras em tribunais até hoje, eles aguardam júri popular, que está para ser marcado desde 2015. E é essa que é a justiça do Brasil, que este deputado aqui sempre vai se levantar contra, contra a injustiça.