28/02/2023 - Pequeno Expediente Dr. Yglésio Yglésio Moyses

Yglésio Moyses

Aniversário: 19/09
Profissão: Médico

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O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) – Bom dia a todos e a todas. Subo à tribuna na esperança de fazermos uma discussão interessante sobre a saúde pública dos municípios da grande Ilha. Notícias muito ruins nos últimos dias em relação à atenção básica no município de São Luís e ao atendimento de urgência e emergência no município de Paço do Lumiar. Em relação à Prefeitura de São Luís, têm sido recorrentes as denúncias em relação ao sucateamento da rede laboratorial do município. Hoje o que acontece? Existe uma lei do João Castelo de 2008 que deu uma empoderada no Lacem, e claro, com isso, o Lacem foi se fortalecendo, ao passo que as Unidades de Saúde Básica perderam a condição de realizar os exames mais simples possíveis. Hoje a gente tem um Lacem que busca fazer o papel de Lacem estadual e termina não realizando o básico, os exames de hemograma, exames de fezes, exames de urina, esses exames do dia a dia que são tão necessários a quem procura a atenção básica do município. E fica sem realizar por quê? Porque o Lacem que fazer exames de endemias, quer fazer exame de maior complexidade. Inclusive a Prefeitura inaugurou, recentemente, uma reforma do Lacem. O que é muito válido. Só que reforma do Lacem não pode ser feita às custas do enfraquecimento das Unidades Básicas de Saúde do município. Hoje o que se tem de laboratório no Socorrão I, no Socorrão II, no Hospital da Criança, além de tudo, serve não apenas para a demanda hospitalar, mas como quebra galho para demandas das Unidades Básicas de Saúde. E o que tem se visto nesse diapasão é que as unidades são enfraquecidas. Custa nada lembrar que é graça a esse enfraquecimento das Unidades Básicas de Saúde que nós temos indicadores ruins ainda na atenção básica. Prova de que o município não tem tido preocupação com o que é mais elementar, não apenas elementar em termo de saúde, mas como elementar também em termo de educação. Custa nada ver o estado de abandono das escolas dos municípios, a questão do ensino em sala de aula, o resultado ruim dos estudantes. Então a gente pede que a Prefeitura faça o que deve fazer, que é fortalecer a Atenção Básica. Isso é feito como? Uma rede descentralizada, porque o que nos mostra, até o momento, é que esse enfraquecimento tem o condão apenas de buscar enfraquecer a atenção laboratorial para que a Prefeitura possa, num momento posterior, fazer contratações diretas com parceiros da rede privada, e a gente sabe que a possibilidade de ganhos aí nesse condão é bem maior. Infelizmente, é isso que está sendo sinalizado. Quem quiser subir aqui para fazer a defesa da Prefeitura fique muito à vontade, mas são as informações que a gente tem colhido conversando com várias pessoas, inclusive dentro do Laboratório Central. Em relação à Prefeitura de Paço do Lumiar, que é o outro ponto do pronunciamento em relação ao que a gente tem para tratar de urgência e emergência na Ilha, a Prefeitura de Paço, a Prefeita Paula lida, há bastante tempo, com difícil problema em relação a credenciamento de Samu. Nós recebemos a notícia de que o Samu de Paço do Lumiar agora está funcionando sem médico na regulação e foi transferido a um serviço de ambulância. Ele não é um Samu de verdade, está funcionando aí com a iniciativa privada dando um suporte, mas fora das normas. Quando não se tem um médico para fazer regulação dentro de um serviço de atendimento móvel de urgência, que é o Samu, nós não conseguimos priorizar os casos, nós temos mais dificuldade para isso, e claro a assistência é impactada. A Prefeitura de Paço não é de hoje que vem negligenciando a saúde pública do município. Tudo que foi feito, recentemente, em Paço foi a ação de intervenção do Estado. Agora o que acontece? A Prefeita tem que voltar a atenção dela minimamente para a organização do SAMU e colocar para funcionar aquelas unidades básicas de saúde do município que há tempo não funcionam. Infelizmente! A população de Paço não tem o que falar de Prefeitura em termos de atendimento à saúde, lamentavelmente. O que fica como nossa sugestão? Que a Prefeita traga uma equipe melhor, porque já passou na equipe da Prefeita falso médico, que outro dia inclusive foi denunciado prestando atendimento na rede de saúde, pessoas que não têm expertise necessária, e quem sofre é a população. Então, gestores da saúde pública da Grande Ilha, a atenção com a saúde das pessoas é tudo que importa. Muito obrigado.

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