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O SENHOR DEPUTADO JÚLIO MENDONÇA (sem revisão do orador) - Senhora Presidenta, em nome da Presidenta Iracema Vale, quero saudar toda a Mesa aqui presente, quero saudar todos os deputados e deputadas aqui no plenário, imprensa, internautas, convidados. Queridos amigos e amigas, nós hoje estamos vivendo as consequências das cheias do Maranhão. Se não me engano, 49 municípios já tiveram decretado estado emergência. É importante enaltecer o papel do Governador Brandão, sua sensibilidade e dispondo o governo, determinando que o governo aja de uma forma célere e resolutiva. Isso precisa ser enaltecido. No entanto, eu gostaria de chamar a atenção, neste momento, para os fenômenos que vêm acontecendo, tanto as enchentes, Deputada Fabiana, quanto o próprio fenômeno que está acontecendo, nos municípios de Santa Luzia e também de Buriti, que é um fenômeno chamado voçoroca, que tem outros nomes, mas é um fenômeno de impacto imediato. É claro que esse fenômeno, Deputado Rodrigo, vem acontecendo há décadas em consequência do desmatamento, do uso inapropriado do solo, Deputado Leandro Bello, por madeireiros, por pecuaristas, por várias ações e agora também pelos agricultores com a soja que vem, ao longo de décadas, provocando o desmatamento indevido. E aqui não me cabe, neste momento, culpar, porque eu acho que a responsabilidade é de todos nós. Diante disso, eu quero aqui chamar a atenção, porque é natural que nós possamos nos irmanar com as dores das pessoas que estão desabrigadas, das pessoas que estão sendo tiradas das suas casas. E nós que temos que fazer esse papel, porque, inclusive, lá na Baixada está também vários municípios em estado de emergência, mas, acima de tudo, eu queria chamar a atenção para as causas do que está acontecendo, principalmente no que se trata da questão da “voçoroca”, são causas que poderiam ter sido evitadas e que cabe a nós, deputados, nesse Casa, fazer o debate e apontar soluções do âmbito legislativo, para que a gente possa não conviver com isso, não continuar convivendo com isso, a Assembleia não pode só entregar cestas, o governo do Estado, além, que são muito importantes as cestas, são muito importantes os médicos, são muito importantes todas as ações imediatas, mas tão importante ou mais importantes é nós evitarmos dentro do que pudemos fazer novos desastres, claro, ninguém domina os índices pluviométricos, ninguém domina a geologia, a natureza geológica dos solos maranhenses, especialmente dos solos de Buriticupu, mas nós pudemos legislar e criarmos condições para que, no futuro, a gente possa pelo o menos diminuir esses impactos ambientais. Diante disso, nós estamos hoje recebendo, inclusive, para reavaliar o nosso a lei, nós estamos recebendo a comissão dos juristas coordenadas pelo promotor Fernando Barreto, pelo doutor Sálvio Dino e outros juristas, do qual nós estamos nos debruçando, conhecendo e nos debruçando sobre esse importante estudo que será apresentado hoje, e aqui eu queria mais uma vez reiterar a presença de todos e todas para que a gente possa analisar, discutir com a sociedade, com os segmentos, com os pecuaristas, com os agricultores, com os mineradores, e assim a gente fazer, criarmos leis que dialoguem diretamente com o modelo de desenvolvimento sustentável do Estado. Por isso, eu quero, senhora presidente, deputado Carlos Lula, convocar todos, convidar todos para que a gente possa fazer hoje um grande debate e assim começar apontar na direção do desenvolvimento sustentável desse Estado para evitar esses fenômenos, chamados fenômenos extremos que tanto assola e que tanto prejudica, principalmente a população mais pobre, a população que está sendo retirada das suas casas, a população que vive às margens dos rios. Então, essa é a nossa colocação agora, de imediato, para que possamos todos nos unir em defesa do desenvolvimento sustentável do nosso Estado, obrigado.