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A SENHORA DEPUTADA FABIANA VILAR (sem revisão da oradora) – Senhora presidente, senhores deputados, deputadas, galeria, telespectadores, a todos os internautas que nos acompanham, o meu bom dia! É uma satisfação estar aqui ocupando esta tribuna nessa primeira sessão, pós-Páscoa, estava com saudade, presidente. Saudade desse Parlamento, dos colegas e aqui eu quero iniciar agradecendo ao nosso governador Carlos Brandão, pela sua sensibilidade de ter visitado e acompanhado as cidades afetadas pelas enchentes, aqui no Maranhão, também agradecer a sua sensibilidade na entrega de cestas básicas e pescado à população mais carente do estado, eu tenho certeza, governador Carlos Brandão, que o momento de Semana Santa, onde as pessoas estão muito sensibilizadas com a morte e ressurreição de Cristo, esse alento desse alimento na mesa foi de muita valia, e eu fico muito grata em poder ter participado dessa ação em parceria com o governo do Estado do Maranhão. Mas eu ocupo essa tribuna, nessa manhã, meus colegas, para externar o meu sentimento de tristeza e repulsa, na condição de mãe, de uma criança de 3 anos, que deixo todos os dias, 7h da manhã, na escola, e penso eu que ali seja um lugar seguro. E o que nós temos acompanhado nas mídias sociais são os terrores que têm acontecido dentro das escolas, aqui no nosso país, algo que antes a gente via que acontecia só no exterior, agora acontecendo aqui no Brasil, e cada vez mais perto da gente. E eu enquanto mãe, me preocupo e venho aqui nessa tribuna, pedir a colaboração, a ajuda e a parceria. dos parlamentares dessa Casa para que juntos, nós possamos unir as nossas vozes e que nós possamos, deputado Ricardo Arruda, que acabou de falar aqui, não temos soluções prontas, não existe, mas nós devemos partir de um princípio e procurar resoluções. Eu protocolei nesta Casa, no dia 30 do mês passado, uma indicação solicitando a nossa Presidente Iracema que encaminhe ao governador Carlos Brandão, para que ele nos encaminhe, na verdade, um projeto de lei, para que nós possamos apreciar a instalação dos detectores de metais. Isso vai resolver? De certa forma alguma coisa vai resolver, mas tudo não vai resolver. Porque a educação não é só barrar a entrada de uma arma dentro de uma escola. A educação perpassa por outros fatores: fatores sociais, fatores psicológicos. Como o senhor falou aqui, deputado, a família é muito importante nesse momento. E o que eu posso ver e testemunhar enquanto mãe, que converso com outras mães que têm filhos na escola, com mães que estão na igreja e o que eu posso ver, deputado, é que nós, enquanto família, e eu falo aqui enquanto mãe e o senhor enquanto pai. Enquanto família, nós estamos deixando os nossos filhos entregues à internet, entregues a amizades que a gente não sabe a procedência. Nós estamos deixando-os muito tempo sozinhos e isso tem acometido a esses acontecimentos. Não adianta a gente instalar detector de metal, não adianta colocar gestão cívico militar dentro das escolas, não adianta colocar a polícia fazendo ronda dentro das escolas, se dentro de casa, nós, pais, não fizermos a nossa parte. Então, eu chamo a atenção dos pais e das mães para que possam ser pais e mães dos seus filhos. Tem criança que não sabe rezar o pai nosso, e aqui independe de religião, não é porque eu sou cristã que eu falo isso, mas ensine o seu filho os caminhos do Senhor, ensine ele a ler a Bíblia, ensine ele a ter princípios, e a gente vai conseguir ter uma sociedade mais justa e igualitária. Hoje eu subo aqui para desabafar. Para quem me acompanha na rede social, dizer que eu estou aqui de ouvidos atentos. Eu tenho recebido muitas mensagens: deputada, você precisa fazer alguma coisa. Nós estamos aqui, meus amigos, tenham certeza, para ouvir as demandas de vocês e para levar ao nosso governador e solicitar que ele, como chefe do Executivo, possa sim deliberar sobre melhores dias nas nossas escolas. Então, são muitos os casos de violência. Eu listei aqui vários, não vou nem conseguir ler todos, mas a mídia está aí e vocês têm acompanhado. Presidente, só mais um minuto, já estou terminando. Ontem, foi aqui em Igarapé do Meio, numa creche. A Deputada Solange não está aqui no plenário, mas foi na cidade dela. Estão se aproximando os casos. São José de Ribamar teve as aulas suspensas. Então, a realidade que a gente via tão longe está chegando perto de nós. Nós precisamos sim conter esses ataques e essa onda de violência que permeiam as nossas escolas. Tem muitos relatos aqui, mas o tempo já está meio esgotado e eu não vou conseguir ler todos os relatos de violência que eu pesquisei na internet. Eu finalizo aqui me colocando à disposição de todas as mães e de todos os pais do nosso querido estado do Maranhão e dizer que nós estaremos aqui para defender as nossas crianças, os nossos adolescentes, para defender a família e para trabalhar por um Maranhão mais justo e igualitário. Obrigada, presidente. Obrigada, nobres colegas.