13/04/2023 - Tempo dos Blocos Dr. Yglésio Yglésio Moyses

Yglésio Moyses

Aniversário: 19/09
Profissão: Médico

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O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) - Bom dia a todos. Presidente, gostaria de iniciar esse pronunciamento agradecendo por ouvir os argumentos em relação ao Pequeno Expediente, momento importante e único. V. Ex.ª tem demonstrado uma capacidade de acolher os argumentos impressionantes, porque é assim que precisa ser quem exerce o cargo de liderança. O dia que nós subimos aqui a esta tribuna e o Pequeno Expediente for cerceado de qualquer forma, aí nós vamos estar rasgando, de fato, todas as prerrogativas e imunidades que nós temos, até porque, quando se fala em legalidade stricto sensu, lato sensu também é importante, todo o tipo de comparação jocosa tem guarida, inclusive, no que os julgados do STF têm demonstrado quando são tocados na seara política. Portanto, não se incorre em nenhum tipo de crime e não se justifica nenhum tipo de reprimenda, inclusive reprimenda de quem, em vários momentos, chamou o Presidente Bolsonaro de genocida, chamou de governo da morte. Pessoas que nunca tiveram nenhum tipo de pudor quando foi para utilizarem de expressões assim politicamente no momento que foi conveniente. Portanto, graças a Deus, a sua liderança tem sido uma liderança suave, e nós precisamos justamente dessa capacidade de reavaliação de decisões para que o Parlamento, de fato, seja um espaço plural e um espaço sem censura. Ia subir aqui e eu acho que tem uma plateia inclusive esperando uma verdadeira carnificina de palavras em relação ao que aconteceu ontem, mas vários e vários colegas me procuraram, inclusive a presidente me procurou, refleti bastante, e a única coisa que quero dizer é começar aqui com Mateus 7:6: “Não deem o que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos; caso contrário, estes as pisarão, e aqueles, voltando-se contra vocês, os despedaçarão”. Então para quem leu a Revolução dos Bichos, 1945, George Orwell, a gente sabe mais ou menos quem são os porcos na situação. E lembrar também ainda de Mateus 22:21: “De César, responderam-lhe, Disse-lhe Jesus, então: Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. E aproveito aqui, de maneira muito humilde, para complementar a Bíblia: dê à Comissão de Ética o que é da Comissão de Ética. É na Comissão de Ética e não na tribuna da Assembleia que as medidas serão tomadas diante do que aconteceu ontem. Ninguém que pense que Yglésio Moisés, filho de Marlene, sobrinho de Marli, neto de Expedito e de Miguel, vai ser intimidado aqui com seis tapinhas nos peitos e um dedinho na cara. Ontem, eu acho que o Espírito Santo agiu em mim e me tranquilizou, porque, em tempos passados, talvez não tivesse a calma que tive ontem, mas, felizmente, a gente vive em evolução e é para isso que a gente está aqui nesta terra, nesta missão, uma missão de evolução constante e de melhorar. Estamos aqui com essa missão, uma missão de melhorar, de evoluirmos e de nos purificarmos também. Fico feliz de tratar sobre isso. Não poderia deixar de trazer alguns comentários, porque quinta-feira é o dia que eu gosto de fazer comentários sobre política nacional, o que tem acontecido nas reuniões em que há convocação da equipe do Ministério da Justiça, na Câmara Federal. Na terça-feira, nós pudemos ver situações que, claramente, estão sendo direcionadas para que não haja explicações do Ministro da Justiça nas comissões. Está sendo uma verdadeira brigada de deputados que não fazem parte das comissões para tumultuar as comissões e, lamentavelmente, não tem se permitido responder as questões. Quem pegar a seleção ali de que foi perguntado pelo Deputado Federal Eduardo Bolsonaro, que é um verdadeiro expert em segurança pública, até pelo fato de ser da Polícia Federal, concursado, vai ver que as perguntas do Deputado Eduardo Bolsonaro foram prodigiosamente proteladas e não foram respondidas. E quando foram respondidas, foram respondidas com dados falsos. Vamos falar um pouquinho sobre os dados verdadeiros, porque as pessoas não querem encarar a verdade e tentam o tempo todo, com uma suposta autoridade intelectual, tornar verdades em mentiras, porque isso aí tem sido recorrentemente a prática da esquerda. Vamos lá para a primeira. Primeiro, foi dito que o Brasil é o segundo país que mais tem incidentes com escolas. Isso é uma grandiosa mentira e fruto de uma incompreensão grande do processo da violência dentro das escolas. Foi, inclusive, atribuído em alguns momentos a culpa ao bolsonarismo pelo aumento da violência nas escolas. Esquece-se do bullying. Esquece-se que os conteúdos são entregues no Tik Tok a cada quarenta e dois segundos com mensagens de violência, incitação ao ódio ou, inclusive, suicídio. Ressalta-se que os Estados Unidos têm uma cultura própria em termos de bullying. Lá é o lugar onde há mais bullying no planeta Terra. Então aos mentirosos os dados. Estados Unidos é o primeiro país com o maior número de armas em posse de habitantes. A Índia é o segundo país com a maior quantidade de armas por habitantes; China, terceiro; Alemanha, quarto; Paquistão, quinto; México, sexto; Brasil, sétimo. E o México, para que se tenha a notícia, é o segundo país com mais incidentes em escolas. Vejam vocês: o México. Sabe por quê? A proximidade com a cultura americana que está ali do lado. Então a explicação é completamente diferente dessa tentativa doentia de transformar essa causa do desarmamento per si numa questão política. É covardia, é vil. Em relação ao feminicídio, porque foi falado em relação ao aumento de feminicídio também, que foi relacionado com a presença das armas, cabe lembrar ao Ministro - que parece que não gosta muito de ler estatísticas, pega aquela orelhada e pronto - que o meio mais empregado no feminicídio é o estrangulamento, não são as armas de fogo. Então, a partir daí, você já vê que se cria um falso argumento. Vamos para o argumento mais mentiroso de todos que foi colocado: o Brasil aumentou a quantidade de mortes violentas. Foi pego um recorte da Amazônia, a Amazônia distribuída em oito estados, responde aí a aproximadamente 55% a 60% do território brasileiro, sedo que 17% de ocupação da Amazônia já é de desmatamento. Então, nesses oito estados, vamos lá, monitor da violência: o Amapá fecha 2022 com queda de 31% dos homicídios e Roraima registra a segunda maior queda de assassinatos. Tudo isso aqui em 2022. O Maranhão teve queda de 7,4% de mortes violentas. Em 2022, Amazonas, que é claro, óbvio, maior parte da Amazônia Legal, teve redução de 9,3% nos crimes de homicídio. Pará, segundo estado onde tem mais Amazônia, as mortes violentas caem no Pará, em 2022, 2,7%. Portanto, uma apresentação de dados que faz realmente entender por que tem deputado federal que está escalado só para ficar se trocando e xingando o coleguinha do lado, para tumultuar sessão e, ao final, as perguntas não serem respondidas. Aí fica mais do que justificado, de fato, de maneira concreta, a expressão “fujão”. Não é a persona, é a estratégia, porque é criada uma estratégia de fuga mesmo. Não tenho capacidade técnica de responder às perguntas, desconheço as estatísticas, prefiro ficar no Twitter ou procurando entrevistas para dar nos diversos meios de comunicação. Por isso que meu engajamento em rede social é o dobro dos demais ministros porque passo o dia todo procurando mídia, marketing digital e ferramentas correlatas, onde poderia estar estudando, onde poderia estar contribuindo, de fato, para um debate corretíssimo sobre a segurança pública nacional. Nunca foi conseguido explicar a questão da entrada no Complexo da Maré. O BOPE entra de Caveirão, a Polícia, Major Bruno, entra com medo lá, e a tranquilidade em que se entrou foi como se existisse, de fato, ali uma pactuação, não uma associação criminosa que fique muito claro, porque senão daqui a pouco vão estar dizendo que eu estou caluniando, imputando um crime ao ídolo coletivo de alguns, aqui no Maranhão. Não, nós estamos falando de interlocução, representantes que eu não sei se foi o próprio ou seus interlocutores que chegam a falar com as lideranças do crime, porque, sim, só falando com as lideranças do crime é possível uma autoridade pública entrar na favela, no Complexo da Maré, na favela Holanda de dia com dois carros e apenas dois seguranças. Poder-se-á dizer o que quiser nesse momento, mas a verdade é una, é cristalina, é indestrutível, intrincável, inquebrantável. O Ministério da Justiça dialoga com a criminalidade. E é isso tudo que nós não podemos permitir que seja naturalizado. Crime organizado tem que ser reprimido de todas as formas, das formas mais radicais possíveis, e apenas a verdade vai mostrar, a gente sabe o que acontece em Brasília, a gente entende o Projeto que está sendo gestado de massificação de imagem nacional, com vistas aí a um posicionamento para o ano de 2026. Mas aqui no Maranhão, as quintas-feiras, a plateia e os fãs, os fanfics, podem vir que a gente vai tratar sempre do assunto com muita responsabilidade, com dados, com fatos, não com opiniões, jamais com raiva, jamais com deboche, apenas com a verdade. E é por isso que este mandato se manteve mesmo em meio à perseguição partidária, mesmo em meio aos falsos apertos de mão dos dirigentes do partido que hoje ocupa aí uma posição, e que não responde uma missiva minha quando é enviada pelo correio. Mesmo assim, sem Secretaria, sem cabide de emprego, sem apadrinhamento, pé, saliva, garra, esforço, coragem me trouxeram até aqui, e jamais, pode juntar a tropa todinha, não tem reprimenda regimental, não tem tapinha no peito, não tem dedinho na cara que vai intimidar Yglésio Moisés.

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