18/04/2023 - Pequeno Expediente Dr. Yglésio Yglésio Moyses

Yglésio Moyses

Aniversário: 19/09
Profissão: Médico

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O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) - Bom dia, senhoras e senhores, bom dia a todos que nos assistem aqui, a todos que ocupam a Mesa, hoje, aqui da Assembleia. Eu fico achando e, assim, eu tenho que ser muito sincero como de costume, mas costumo, às vezes, ser mal interpretado nas coisas. O Hospital da Criança recusa atendimento e bebê indígena morre em UPA. Isso aconteceu por quê? Resultado de uma superlotação. Eu estava até falando ali com o Deputado Fernando Braide, de quem gosto muito pessoalmente, dizendo para ele que isso precisa ter uma atenção do irmão dele. E o debate, quando chega aqui na Assembleia em relação a isso aqui, não pode ser relativizado por um argumento retórico de ‘ah, eu sou aqui defensor dos professores’. Todo mundo aqui quer é o professor ganhando bem, Fernando, todo mundo aqui quer é o professor ganhando bem. Só que, como foi falado ontem na CCJ, primeiro a gente tem que fazer emendas que sejam emendas leais. O que são emendas leais? São emendas discutidas em cima de dados orçamentários. Deputado Rafael é sabedor de que existem aí para mais de 10 decisões judiciais que tratam da GAM como uma lei incorporada ao vencimento dos professores. E existe uma carreira de professores toda que vem de cima abaixo com a multiplicação em cima do vencimento básico. É como eu disse ontem, queremos discutir piso nu e cru aqui. Vamos chamar o Governo, Secretário de Educação. Vamos discutir a lei. Vamos reestruturar a carreira. Vamos dialogar com os sindicatos, mas não pode é criar argumentos que são falsa retórica, porque isso aí é deslealdade. O município de São Luís paga piso por quê? Porque não dá GAM, não dá cadeia de vantagens que tem em cima. Nós estamos tratando de um contracheque nu e cru. O Governo pegou agora os quase 9.000 contratados e colocou o piso para todo mundo. E eu dou graças a Deus, porque quanto mais o professor ganhar, melhor, com certeza, a educação dos filhos das pessoas que precisam da escola pública vai ser e na particular. Eu fui professor da UFMA com doutorado aos 30 anos de idade. Passei no concurso, tirei 9.9 porque foi uma manobra que fizeram na época, porque para eu pressionar o Dr. Salgado pela segunda vaga. Mas, claramente, era para ter tirado um 10. E falo isso com toda a humildade do mundo. Eu ganhava, Deputado Aluísio, R$ 3.300,00. Um professor universitário, titulado, doutor aos 30 anos, o mais jovem do Nordeste dentro de uma universidade de Medicina naquela época. Então, assim, a gente tem que fazer debates, meu amigo Fernando, que são debates sérios. Não foi só essa criança que morreu. Eu entendo a indignação de todos os colegas aqui que passaram pela tribuna hoje. Eu me sinto feliz, por quê? Porque parece que a gente não vai pregar no deserto sozinho dessa vez. Mas também não dá para pegar aqui e politizar tão somente. Não é só uma criança que está morrendo no Hospital da Criança. Não foi só essa da reportagem da Mirante. Todos os dias tem crianças morrendo no Hospital da Criança por falta de medicamento, por falta de oxigênio. Minha assessora está aqui. Ela recebe no WhatsApp todo dia. Anteontem, uma mãe entrou em contato pelo meu WhatsApp pessoal pedindo vendeta, vingança contra a Prefeitura. Uma mãe conseguiu o telefone de um deputado, pedindo por vendeta, vingança, porque alega que o filho não recebeu oxigênio. E olha eu, enquanto passagem como diretor de Socorrão, enfrentei esse problema de oxigênio naquele período. Por quê? Porque hoje a Prefeitura está desorganizada em suas contas. Por quê? Porque não faz uma gestão profissional. O recurso falta? O recurso é pouco? Ótimo, emenda. Vamos lá, todo mundo aqui destinou agora, recentemente, cem mil para o Aldenora Belo. É pouco? É pouco, mas se a gente for dividir pelo que faz dentro das nossas bases e com o que a gente tem de emenda, termina sendo o que é possível destinar e mais um pouquinho. Pescado: ano passado eu destinei mais de cinquenta toneladas de pescado para distribuição em São Luís. Então quem sobe aqui na tribuna leva ações para São Luís. Eu sou formado desde 2004, essas mãos aqui operam no SUS há 19 anos, já salvaram gente no Socorrão que estava com falta de sangue colocando compressa. Já perdi um amigo, garçom, na época, do Arabian Grill, na mão por falta de sangue. Na época, o gestor era o finado João Castelo. Então, assim, não é de agora o problema. Não vai terminar o problema agora, mas da mesma forma que eu falei lá em cima, disse na cara dos empresários, no dia do evento deles aqui na Assembleia, que não adianta oba, oba, nem festa de homem branco, como terminam sendo esses encontros, nós temos que partir pra ação, nós temos que entender que o Maranhão, que São Luís é uma cidade que não...

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO ANTÔNIO PEREIRA - Liberar o som pra o deputado concluir pronunciamento.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO - Nós temos que entender que São Luís é uma cidade que bem aqui na Luís Eduardo Magalhães não pega internet e que tem condições de competitividade todas que têm que ser criadas. Então assim, debates têm que ser sinceros; debates têm que ser leais; debates têm que receber argumentação pautada em dados, em fatos e não no que eu acho. Nunca foi perseguição pessoal ao prefeito de São Luís, nunca será, o irmão dele aqui, um cara do bem, gosto de ti, Fernando, demais, mas aqui na tribuna, nós estamos tratando de debates. E espero que você não se chateie, como eu tenho certeza que não se chateia, porque não estou trazendo aqui pra o pessoal, né? Eventualmente, já até pedi desculpa, por alguma coisa pessoal que eu tenha falado, no passado, mas é assim. Meus amigos, minhas amigas, o Hospital da Criança, aquela reforma tem que terminar e não vai acabar o problema, porque quando abrir lá mais cento e poucos leitos os municípios do interior vão continuar mandando crianças doentes em estado terminal, vá abrir mais 100 leitos, vai aumentar o custeio e vai continuar o problema, porque a gente continua não agindo na base, a criança adoece, ela, às vezes, não tem um atendimento legal inicial no município, e isso aí não é uma exclusividade de nenhum município do Maranhão, nós precisamos inclusive melhorar esse começo, o começo, as chamadas Golden Hours, as horas de ouro, as três seis primeiras horas que a criança precisa receber, a criança com sepse, o adulto com sepse, com problema, ele precisa receber o mínimo de cuidado. Então, precisa ser feito um debate honesto, que é o principal, deputado Rafael. E para concluir, eu acho, sim, que a prefeitura rever urgente o Hospital da Criança, porque a chegada é indigna, a estadia é indigna, e até a morte das crianças com aquele necrotério, ela carece de dignidade. Então, fica o apelo ao prefeito, ao amigo aqui, irmão do prefeito, que leve essa mensagem da necessidade de organizar ali. No mais, que leve a mensagem de organizar aquilo ali, no mais curto espaço de tempo. Eram essas as minhas palavras. Obrigado, presidente, pela gentileza!

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