25/04/2023 - Pequeno Expediente Carlos Lula Carlos Lula

Carlos Lula

Aniversário: 31/03
Profissão: Advogado, professor e escritor

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O SENHOR DEPUTADO CARLOS LULA (sem revisão do orador) - Senhor Presidente, senhores Deputados, senhoras Deputadas, quem nos assistem pela televisão, pela internet. Eu venho, mais uma vez, aqui, a essa tribuna, Senhor Presidente, infelizmente, lamentavelmente, porque, no dia de hoje, São Luís, mais uma vez, amanheceu sem transporte público. A gente já sabe da insensibilidade do Prefeito da cidade. E infelizmente, hoje, todos estão prejudicados. Os hospitais, o comércio, a própria Assembleia Legislativa do Estado, onde muitos vêm para cá para trabalhar por meio de transporte público. E, infelizmente, hoje não foi possível as pessoas terem acesso a esse serviço, que é essencial, que faz parte do nosso direito na cidade, que é o direito de a gente se locomover, de a gente se transportar de um lugar para o outro. E hoje, infelizmente, não foi possível. E olhando o que aconteceu no dia de ontem, quando houve uma reunião e o Sindicato dos Rodoviários, com o Sindicato do Transporte, Prefeitura Municipal, com o Governo do Estado também, uma vez que Governo do Estado tem linha de transporte intermunicipal, o Sindicato dos trabalhadores foi muito claro ao dizer: “há um problema com a Prefeitura de São Luís.” Não sei qual a razão. Isso precisa ficar mais transparente. Precisa ser mais explícito. E esse é o ponto que eu venho aqui destacar, Prefeito Eduardo Braide, é preciso ter transparência. Quanto é de subsídio que a Prefeitura paga as empresas de transporte público? Quanto o poder público municipal gasta hoje subsidiando o transporte público? Subsídio do transporte público existe em todo lugar do mundo. Qualquer grande cidade do mundo tem subsídio no transporte público. Mas, Deputado Fernando, o que é essencial é ter transparência. Quanto dinheiro é que o município dá hoje às empresas de transporte público? Para gente saber, inclusive, se o valor da passagem está correto ou não. Qual é o impacto que tem na tarifa do dinheiro público que é repassado às empresas ou não? Porque a concessão é pública. O município não pode ficar refém de empresário. Porque quem é prejudicado, no final das contas, é quem mais precisa, é o trabalhador. É quem precisa muitas vezes, durante o dia, se deslocar uma, duas horas para chegar ao serviço, para levar comida para casa. É o trabalhador informal que tem que sair todo dia de sua casa para conseguir dinheiro para pagar a comida do dia. São essas pessoas as mais prejudicadas. Então, a gente tem que ter sensibilidade. Quando o Sindicato dos Trabalhadores diz: “olha, teve um problema, São Luís simplesmente não fez o repasse que havia prometido fazer e, diante disso, a gente não tem outra saída, os salários estão atrasados, o adiantamento dos trabalhadores está atrasado, a gente não tem outra saída senão fazer greve para resolver esse impasse”. Uma vez que a empresa de transporte público, o Sindicato dos Empresários, diz também não haver dinheiro para fazer o pagamento do mês, então a gente precisa chegar a uma solução. O governo do estado apresentou uma solução ontem na mesa e, infelizmente, o município ainda não o fez. Eu peço muito ao Prefeito Eduardo Braide que tenha sensibilidade. Não dá para, mais uma vez, a gente estar aqui nesta tribuna falando de transporte público, de mobilidade urbana e de uma greve. Mais uma vez, já perdi a conta de quantas vezes tive de falar desse assunto desde o mês de fevereiro. Queria finalizar, senhor presidente, fazendo uma singela homenagem ao Celso Borges, poeta maranhense que faleceu. Peço só uma tolerância do presidente para poder fazer a leitura de uma poesia de Celso que dizia que a gente morre, mas a poesia é eterna. E Celso será eterno, Celso é eterno. Ainda que ele tenha partido precocemente, o que ele deixou de obra para o país inteiro de músicas, de poemas, de poesias é muito forte. Eu peguei essa poesia chamada Nau, do livro 21, poema de Celso Borges. E ele dizia: “O sucesso do amanhã é um comércio que desconheço como poeta. Não me cabe exercitar a beleza do futuro ou colorir utopias quase sempre alheias. Eis o preço que pago por trazer comigo o presente em estado de emergência. A posição da poesia é oposição. A posição da poesia é oposição”. Viva o poeta revolucionário Celso Borges. Que a gente tenha, de uma vez por todas, a solução da mobilidade urbana em nossa capital.

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