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O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) - Bom dia a todos, bom dia a todas. Subo à tribuna para falar um pouco, fazer uma reflexão, aproveito as quintas-feiras normalmente para isso, sobre o que vai acontecer muito provavelmente na terça-feira que vem em Brasília. Foi aprovado, com urgência, o projeto das fake News, o que deve ter sido uma atitude, na minha forma de ver as coisas e os temas, as temáticas, por exemplo, quando a gente vai falar aqui sobre educação, a gente não deve pegar e aprovar um relatório de urgência dentro duma questão de segurança nas escolas. Nós aqui, na terça-feira, vamos ter uma votação sobre um projeto que vai dizer o que são fake News e o que não são. Vai dizer quem vai ser o responsável por dizer o que são fake News, vai dizer o que as redes sociais que vieram aí para de alguma forma romper o monopólio familiar das comunicações que existe no Brasil, que a gente sabe que existe há muito tempo, e vai dizer o que é notícia verdadeira, o que é notícia falsa. Vai dizer, inclusive, que as grandes redes sociais, as grandes empresas, essas big techs têm que pagar para os meios de comunicação tradicionais recursos. Gente, é um negócio extremamente perigoso isso aqui que está acontecendo em Brasília e precisa que seja feita uma reflexão. Qual que é o desespero para criminalizar informação e dizer o que é verdade, o que é que é pós verdade? É muito perigoso. Regimes totalitários, regimes centralizadores, regimes em inicial, em instância que tem um viés de caráter supostamente democrático popular são os primeiros a criminalizar as palavras dos adversários nos momentos mais difíceis. Olha, não dá para esquecer como foi o início do mandato do Deputado Nicolas Ferreira em Brasília. Ele trouxe uma situação para fazer a defesa da participação das mulheres cis no esporte, a não participação das mulheres trans, que tem uma vantagem biológica. Isso inclusive é um projeto de lei que precisa ser pautado pela CCJ. Eu peço ao Presidente Carlos Lula, que não está aqui... Então, Presidente Carlos Lula, não preciso dizer que eu estou falando aqui pelas costas. Eu estou só lhe pedindo, por favor, para que paute o projeto para que a gente possa analisar nas próximas sessões, se possível, na próxima sessão. E vamos trazer as nossas teses, discutir democraticamente os aspectos constitucionais e vamos votar. Votar, inclusive, substitutivos que foram colocados que não tem nada a ver com a questão do projeto inicial. E vamos fazer uma discussão verdadeira, correta, frontal, sem apunhalada pelas costas e sem mensagens, por trás. Então peço, do fundo do coração, que seja pautado. Não estou fazendo nenhuma ofensa, portanto, não tem nenhuma conduta antiética minha aqui nesse momento. Então perigoso o que vai acontecer. Fake news, quem que vai dizer o que é que é fake e o que não é? Inicialmente, por exemplo, na questão das vacinas, foi colocado um monte de coisa. Tudo que era contra qualquer tipo de vacina era fake news para esquerda. Agora já saiu recomendação contra a vacina da AstraZeneca mostrando que ela aumenta os eventos trombóticos. Teve gente que teve AVC e infarto por conta da vacina da AstraZeneca, ou seja, matou pessoas. Era fake news? Não era fake News, porque a verdade é uma coisa líquida. Verdade é uma coisa líquida. Ontem o Deputado Carlo Lula subiu aqui. O Secretário Joel subiu na Câmara do Município de São Luís. Tem até o Vereador Álvaro Pires aqui. O Deputado Fernando Braide trouxe informações diferentes. E ali cada um está apresentando uma verdade. E nós temos que, de maneira imparcial e parcimoniosa, verificar, de fato, o que cabe a cada situação daquelas ali, para que a gente não entenda apenas um lado. Por exemplo, eu subi aqui para falar mal das placas da Prefeitura. Poxa fiquei chateado de, na Litorânea, ver duas placas da Sinfra grandes. Hoje eu vou até sugerir ao meu querido Aparício Bandeira que não coloque placa daquele tamanho, duas placas, porque também está indo na mesma vibe da Prefeitura. Então o Estado não pode se nivelar por baixo. Então é preocupante. Nós temos que acompanhar, nós temos que fazer mobilização. Estou terminando, Presidente. Só finalizar o pronunciamento. Então a gente tem que acompanhar essa votação de terça-feira para que não saia alguma coisa muito estranha. O relator é o deputado Orlando Silva, que se não estou enganado, ele não se elegeu diretamente no voto, aí na condição de suplente, às vezes, a gente sabe que como o PT trabalha, como, às vezes, os partidos o PCdoB, lá em cima trabalha também, às vezes está forçando a fazer um relatório muito duro pra criminalizar os políticos de direita e a gente não pode ficar calado perante isso. Então,  a gente espera mobilização da bancada federal para rejeitar, alterar o projeto para tornar alguma coisa realmente crível e justa dentro de um estado democrático direito e que preza, claro, pela liberdade de expressão.