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O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) - Peço que a TV Assembleia, tendo em vista que não é a TI, a geradora aqui do painel mais, justiça seja feita agora, a TI, coloque a imagem, por favor. Inclusive vou mandar um abraço pra amiga Sílvia Tereza, está ali o w.w.w dela, aproveitar esse momento aqui da tribuna. (É vídeo ou está só a foto? Tem os dois, joga o vídeo, por favor!) Tem os direitos autorais, ali da Silva Tereza, ela já está na era do direito autoral, mesmo. Vamos lá, gente. O meu tempo está correndo. Presidente, gostaria que fosse.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO RODRIGO LAGO – Peço que zero o tempo do Deputado Yglésio.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO – Gratidão, Presidente. Bota o próximo vídeo. Isso. TV Assembleia, por favor, minha geradora. Vamos lá. Vou começando a ler a carta que está aqui, a missiva. “Bom dia. Eu me chamo Caio, tenho 25 anos, sou portador de deficiência física crônica”. Ele mesmo utilizou essa terminologia. “Ocorre que, na data do dia 11, uma situação corriqueira acabou me trazendo constrangimento por vivenciar a má prestação do serviço público e do transporte em nosso município. Não apenas uma vez, mas de forma corriqueira, eu preciso de auxílio para poder me locomover. Tenho o meu direito de ir e vir constitucionalmente garantido, subtraído pela falta de organização e interesse da administração pública no que diz respeito à cobrança de melhorias e à fiscalização do bom serviço público, a fim de que seja eficiente e justo a toda população, incluindo pessoas que, como eu, têm dificuldade de mobilidade”. O Caio é daquelas pessoas com deficiência, mais de um milhão de pessoas com algum tipo de deficiência no Maranhão, que têm uma grande dificuldade de ser incluídos. Por quê? Porque nós estamos em um estado que é pobre, em um estado que é atrasado de ideias e em um estado que, infelizmente, ainda é carente de ações efetivas. Deputada Andreia sabe das dificuldades, e olha que está num plenário que, graças a Deus, teve uma boa adaptação merecida, e eu peço a Deus que todas as pessoas que têm dificuldade de mobilidade ou qualquer tipo de deficiência tivessem reduzidas as suas dificuldades, porque a gente sabe o quanto é difícil a vida dessas pessoas. A gente imagina, porque saber só elas que sabem de fato. Falando isso, eu não estou trazendo apenas problemas da prefeitura, mas esse é um problema recorrente do transporte público municipal que entristece. Aí eu tenho que ser justo, porque isso é coisa que veio do contrato, desde a época que foi feita a licitação no governo do Edivaldo. Edivaldo é um amigo, um amigo querido, mas fez um contrato que, de certa forma, deixou também para o atual prefeito um problema grande a ser resolvido. É muito fácil a gente ficar empurrando as coisas na administração pública, porque os mandatos executivos demoram apenas quatro anos. O primeiro a gente sabe como é, o prefeito tem aquela tolerância de um ano e meio da população para começar a fazer as coisas. O último é o que ele concentra os esforços na tentativa de reeleição. Se reelege, aí não faz nada. A experiência tem mostrado aqui o nosso Maranhão e os nossos homens públicos. E essa é a lamentável sina de quem precisa de um transporte público como esse. A licitação foi feita em idos de 2015 a 2016, e gerou isto aqui, um verdadeiro colapso no sistema público de transportes, que hoje é uma bomba que estourou e vai ainda piorar mais. Eu venho pregando aqui no deserto. Moisés é um nome bíblico, eu só não vou conseguir abrir o mar, infelizmente, mas eu venho pregando essa situação aqui do transporte público há muito tempo, desde 2019. Em 2020, a gente fez um fórum de mobilidade urbana, trouxemos vários especialistas em trânsito para mostrar algumas coisas. O contrato é um contrato deficitário, o subsídio precisa invariavelmente ser pago, São Paulo gasta quase dois bilhões por ano, pelo transporte subsidiado, ônibus, metrô integrado. Curitiba em 2020 já deve ter aumentado, obviamente, porque os custos aumentaram. Prefeito Rafael Greca pagava R$ 90 milhões por ano, e olha, tem que ter muita coragem para subir aqui e dizer, não é dinheiro para empresário, não, gente. Não é dinheiro. O projeto do BRT que o ex-governador Flávio Dino ia fazer sabe quanto é que era tarifa? Se não tivesse subsídio naquela época, R$ 8,10. Dá para pagar, imprensa? Não dá, o popular não consegue pagar, é mais fácil ele dividir um Uber. Então, assim, tem que ter subsídio, tem que ter regularidade. Tanto a Prefeitura quanto a MOB precisam regularizar. Senão vai dar problema. Porque essas empresas. Elas são empresas que têm a má gestão delas, mas tem os custos do sistema de transporte. Você dizer que um subsídio de 1 milhão e meio, 1 milhão para o transporte público duma cidade que tem mais de que 300.000,00 usuários é muito dinheiro, não é nada isso aí. E agora vão ficar nesse estica, encolhe de dizer: ah, não! Eu pago se você melhorar o transporte. Ah, não. Eu melhoro se você me pagar. Cara, o usuário, e desculpe a expressão, cara, mas é porque precisa ter uma comunicação direta com o cidadão que não está entendendo que isso aqui vai piorar muito mais. Se não parar para resolver, de fato. Discutir de maneira séria. O prefeito, ontem, deu uma entrevista que eu fiquei constrangido, 8 minutos de gravação ao todo. Dava para colocar num vídeo do TikTok a coletiva da imprensa, gente. Então, precisa ter mais pressão popular, precisa ter mais representatividade para poder falar de modais de transporte, mesmo. Olha, eu estou lutando pra trazer aqui, a pedido do governador, um pessoal de Curitiba pra fazer uma análise, um redesenho ali do BRT, na MA-203, pra melhorar o trânsito. Não se trata de fazer nenhum tipo de retirada de legado de Flávio Dino, eu não estou nem aí para Flávio Dino. Eu comento às vezes as coisas por quê? Porque hoje é o Ministro da Justiça, e a justiça interessa a vida de todos nós, em várias dimensões. Então, eu estou sujeito à crítica, ele está sujeito à crítica, Brandão está sujeito a crítica, mas não tenho nenhum interesse de, por exemplo, prejudicar a relação de Flávio com Brandão, de Brandão com Flávio. Hoje, no Maranhão, o Brandão é maior do que Flávio, Flávio já foi maior do que Brandão. Brandão tem que ser respeitado, a única coisa que eu trago sempre é que o governador do Estado é Carlos Orleans Brandão, mas não tenho nem um interesse de que haja disputa entre eles, tanto que fiquei feliz de ver ontem o governador e ele sorrindo lá no evento da Casa da Mulher, porque estavam distanciados. E isso é ruim para o Maranhão. É ruim porque lá em cima tem o pessoal que vai no ouvido do Lula, aí o Lula não vai trazer as coisas para o Maranhão, já teve gente do PT, aí que enviou recado, pra eu parar de bater em Lula, aqui, por quê? Porque teve publicação minha que passou de 2 milhões de visualizações. Olhem no meu Instagram. Então, começou a incomodar até a petralhada, lá em cima. Então, assim, se for pelo bem do Estado, vou tecnicizar mais um pouco as contradições do Presidente, se eles já estão se sentindo ofendidos, lá em Brasília, pelo mandato de um simples deputado estadual aqui do Maranhão. Mas, voltando à questão do transporte, para não perder o foco. Não adianta ficar culpando só o prefeito todo o tempo aqui, com a metralhadora ligada, nós temos que chamar o Sindicato dos Rodoviários, nós vamos ter que discutir o papel do cobrador, os custos dentro do sistema de transporte, nós temos que abrir de novo as planilhas, não adianta jogar só para o prefeito, agora ele tem uma culpa, ele está conduzindo errado. Eduardo, se você tiver assistindo ou a sua equipe de mídia tiver editando isso aqui para lhe levar, você está levando errado a coisa, como conduziu errado a questão do Plano Diretor, que derrubaram 16 vetos seus, cara, alguns vetos ali eram importantes terem sido permanecidos, porque alguns vão atrapalhar o município de São Luís, mas a intolerância e a inflexibilidade política, levam à Câmara a derrubar todos, aí o que que vai acontecer? Ministério Público vai entrar na Justiça, pedindo a suspensão do Plano Diretor, que vai atrasar a Lei de Zoneamento da cidade, e vai passar os quatro anos do prefeito e não vai resolver absolutamente nada. Como a mesma coisa ontem, Hospital da Criança, quem reforma? Ah, não, foi o estado, ah, não, foi a Prefeitura. Está lá parado negócio, a passo de tartaruga, e todo dia morre criança lá, e morre indignamente, porque o necrotério é uma vergonha, é uma coisa deplorável aquilo ali, vou trazer imagens disso aí muito, em breve, porque não trouxe ainda para não chocar, mas é uma vergonha um pai e uma mãe estarem com seu filho morto numa prancha metálica, num negócio daquele ali, num puxadinho daquele ali. Então, assim, tem que sentar e ter coragem é de redesenhar essas linhas, que, às vezes, tem um monte de ônibus, porque vereador A, B, ou C exige da prefeitura para fazer média, e não tem linha onde precisa. Porque aí economiza, tem que fazer um investimento é nas vias certas, onde os grandes ônibus circulam, para evitar quebra de peças dos ônibus pra reduzir o custo do empresariado. Tem que tratar é de subsídio constante regular pago,  mediante recurso num fundo municipal de transportes com receitas aí a pesquisar, inclusive, eventualmente, uma ação contra Uber porque eles pagam o ISS  deles, lá em São Paulo, estão ganhando dinheiro aqui no Maranhão. Só esse ISS do Uber, se fosse pago aqui na cidade, dava quase  um milhão de reais por mês, esses números nós temos. Então, essas coisas são coisas que estruturam o sistema de transporte, mas, lamentavelmente, a pauta sempre vira. Ah, a responsabilidade é tua; ah,  o prefeito é culpado por tudo aquilo ali; Ah, o vereador  vai lá,  vamos fazer uma CPI. E ninguém senta e resolve a coisa, qual que é a proposta aqui na Mesa pra resolver a situação? Não tem. Nós precisamos de melhores homens e mulheres públicas nesse estado. Pessoas que queiram discutir as coisas e resolver, a população e não ficar aí...  ganhando like em rede social, ou manchete de jornal ou pagando às vezes para aparecer vendo notícias de si mesmo, falando de si próprios como se assim fosse. É vergonhoso isso no nosso estado, infelizmente. Então, o evento, ontem, na Casa da Mulher, fui convidado pelo Ministério da Justiça, não sei se botaram por engano na lista de transmissão, o GSI  ou o Ministro, se eles colocaram  errado o meu nome, mas fui convidado, me justifico aqui: não fui apenas porque tinha um outro compromisso importante também, que já estava marcado, e chegou em cima pra mim. Acho importante, sim, que o ex-governador ajude o governador, que ele ajudou a chegar onde está. O aspecto do Brandão é um aspecto de liderança mais suave, o aspecto do Flávio Dino às vezes me incomoda absurdamente, porque está tudo bem, aí ele começa aqui (áudio), ele começa, (áudio)...

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO RODRIGO LAGO – Deputado Yglésio, peço a V. Exª., que a gente obedeça ao Regimento.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO - É omisso nesse ponto, presidente, não, não, o vídeo ...  é omisso, eu vou lhe mostrar depois regimentalmente, presidente, só não posso agora, porque senão eu vou interromper meu pronunciamento, mas o senhor pode consultar o diretor-geral da Mesa, ele vai lhe explicar. Então, continuando, então, o que incomoda  é porque está tudo bem, e aí ele começa a falar de satanás, dizer que o grupo do WhatsApp foi coisa do satanás, que a rede social é do demônio, aí ele começa a mexer com todo mundo, com os brios e as impressões de todo mundo para criar convulsão social, infelizmente, aí é isso que eu me chateio, porque eu acho assim, Ministro da justiça tem que ser sério, ser sério, não é piadinha, 24 deputados pediram a prisão dele, ele solta um debochinho ‘’ah, que aí que não conseguiu, eu não consigo nem dormir, por conta disso. O que é que ele está fazendo? Menosprezando o Parlamento, porque é um homem sério, ele pega e diz: olha, fui denunciado, vou responder dentro do processo, e vou mostrar que os deputados estão errados. Tem que respeitar o Congresso Nacional, não é brincadeira aquilo ali, ele já foi deputado, teve ajuda aí do finado Humberto Coutinho, governador Zé Reinaldo, sabe que precisa se respeitar um deputado federal, um deputado estadual, um vereador, um representante do povo. Isso não é brincadeira, ministro! Pelo amor de Deus! Respeite o Parlamento! Isso, o senhor mostra grande desdém, mas continuo dizendo: fico feliz que o senhor ter ficado best friend do Brandão, para não atrapalhar o meu governador que está tentando fazer um bom trabalho, se mantém assim, deixe para discutir 2026, em 2026. Em relação ao Plano Diretor, volto a falar aqui, sugiro ao prefeito Eduardo Braide, que caso o Ministério Público não entre com ações em relação a esses vetos que foram derrubados, que esse dromedário seja mantido, que seja feita a Lei do Zoneamento, mas com muito cuidado por parte, tive a preocupação ontem de ir ao ministério público falar com o promotor Fernando Barreto, que é um expert nessa questão de zoneamento de meio ambiente, tratar sobre isso, é uma sugestão ao prefeito, fica aqui, prefeito, a sugestão a V.Exa. Assim como ficam as sugestões para que os cadeirantes, que V.Exa. criou uma Secretaria extraordinária da Pessoa com Deficiência, que recebe um troquinho, um orçamento, a partir da Secretaria de Informática e Tecnologia. Porque tudo termina ficando na mão do Diegão, que é o cara que termina tocando tudo, que é o cara ali do debaixo do braço. Então, melhorar isso, a SEMEPED tem uma pessoa lá, o Carlivan, que é um militante dos direitos das pessoas com deficiência, uma pessoa muito correta, muito séria, mas que carece de apoio, carece de políticas intersetoriais, de transversalidade nas secretarias, porque aí sim, a gente vai começar a pensar em São Luís num espaço de acessibilidade. Último ponto, já terminando para não aborrecer os meus colegas, que eu gosto de deixar meus colegas sempre felizes com os meus pronunciamentos, é em relação a uma denúncia de um fechamento de um restaurante aqui em São Luís. Um restaurante foi fechado, de uma hora para outra, chegou um promotor lá, que eu ainda não vou falar o nome dessa vez, para não estar com confusão. Eu fiz até uma amizade boa com ele, já conseguimos resolver, eu tenho certeza de que nós vamos chegar a uma solução, a um entendimento sobre isso aqui, que eu estou paz e amor hoje aqui, quinta-feira, eu não quero guerra com ninguém. Mas chegaram lá com dois bombeiros para fechar o estabelecimento. Fizeram algumas situações supostamente, estou com os vídeos, os áudios aqui dizendo que iam manter fechado. Eu quero parabenizar o coronel França, ontem eu conversei com ele à noite, e hoje eles vão dar a licença de funcionamento, porque, pelo amor de Deus, 20 funcionários o cara emprega, o empresário, 20 pessoas estavam quase há uma semana sem trabalhar, sem faturar. Restaurantezinho fatura R$ 8 mil por dia e precisa pagar os funcionários. São Luís tem um grande problema, a cidade não foi planejada e, às vezes, os estabelecimentos avançam um pouco na área pública. Isso tem o lado ruim, urbanisticamente, quando confronta a lei de maneira frontal, mas, às vezes, dá um charme para a cidade. Tem muitos bistrôs e cafés na Europa que são a mesma coisa. Aquilo ali dá um charme, tem uma verve ali de efervescência de gente, cultural, tem música ao redor. É uma coisa que é legal! E aí porque ele puxou uma placa metálica lá, uma puxada que chama, cria-se uma confusão, e foi unicamente para manter o cliente sem pegar chuva. É importante aquilo ali. Então, assim, existe o Habite-se residencial e existe o Habite-se comercial. E aí, eu vou aproveitar aqui para fazer um elogio a duas pessoas: a Bruno e a Vítor Duarte, da Semu, da Blitz Urbana. Pessoal, eles estão com uma boa visão sobre o que precisa ser fiscalizado e retirado, sobre o que atrapalha urbanisticamente a cidade, e sobre o que é bom do ponto de vista da geração de emprego, que não dá para você, por exemplo, exigir um Habite-se comercial de todo mundo. Imagina ali a Holandeses se fosse receber todo regramento do ponto de vista “recua aqui, a mesa só até aqui”. Gente, ia acabar com muitos estabelecimentos! Então, o gestor tem que ter essa sensibilidade, e eu acho que está sendo respeitado isso e nesse ponto é positivo. Eu não sou inimigo de prefeitura! Eu não sou inimigo de Braide! Não sou adversário. Não é porque eu sou pré-candidato à Prefeitura de São Luís que eu vou subir sempre aqui para dizer coisa ruim de forma alguma. Eu trago os problemas, busco aí dar uma sugestão, agora também não me omito, problema de quem quiser ficar zangado. Governo do estado, só aliado do governador ferrenho. Fui o primeiro a subir aqui bater nos peitos para dizer que estava com ele quando seu Ewerton estava com os órgãos masculinos deste tamanho naquele período, né. Então fui o primeiro a subir quando ele não pontuava 2%. Acreditar no projeto e estou aqui, mas, às vezes, trago alguma coisa, faço um relatoriozinho lá para ele, mostro para ele. ‘Ah, o Yglésio é só 85% com tudo, com governo, 75%, esse mês está 90%’. Normal isso aí. Quem me conhece sabe que eu sou meio Gabriela, nasci assim, provavelmente cresci assim e vou continuar assim, porque é isso que dá credibilidade para as pessoas nos mandarem as coisas. Muito obrigado, presidente, pelos 20 minutos, agradeço pelo tempo, pela restituição de tempo e pela paciência aí com a regimentalidade da fala. Muito obrigado.