21/06/2023 - Tempo dos Blocos Dr. Yglésio Yglésio Moyses

Yglésio Moyses

Aniversário: 19/09
Profissão: Médico

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O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) - Bom dia, senhoras e senhores. De volta aqui à tribuna, eu não poderia deixar de comentar o absurdo que aconteceu muito recentemente. Na verdade, a notícia foi colocada ontem em relação à agressão que uma policial civil, 53 anos de idade, foi fazer, Deputada Daniella... V. Ex.ª ainda está Procuradora da Mulher. Acho que é importantíssimo procurar essa policial, inclusive para deixar à disposição a Casa do Povo aqui para ela. Foi agredida num curso de formação no Ceará. O autor da agressão teria sido um cabo policial militar da PM do estado de Tocantins. Não me permitiram aqui colocar as imagens. As pessoas estão no Tik Tok, aí de biquíni mostrando a bunda em situações muito mais vexatórias. Está no Metrópoles, inclusive, portal nacional, está no UOL, mas não pode vir aqui para o telão da Assembleia Legislativa por conta da censura prévia que aconteceu da Mesa. E não é colocado por nenhum tipo de sensacionalismo. Ao contrário, se coloca por necessária sensibilização, porque quem não viu a notícia, se tivesse vendo isso aqui agora, não ia ficar, não ia conseguir se controlar. A policial civil ficou com as nádegas completamente com hematoma na completude das duas nádegas, de maneira completamente desnecessária. Está num treinamento policial e pegou pauladas, quem quiser acessar aí o Metrópoles colocapolicial civil agredidano Google, Metrópoles, já que a censura prévia da Mesa, pela primeira vez, em cinco anos, funcionou. Uma coisa muito estranha, tendo o fato de que o Regimento diz que o parlamentar que sobe é responsável pelas mensagens e a Casa completamente isenta disso. Mas existe agora, hoje pelo menos, uma censura prévia na Casa. Eu espero que tenha sido a última vez, porque eu não vou ficar aqui discutindo. Eu vou me focar no tema principal, mas isso serve para reflexão. Se traz aqui, primeiro, quem tem uma outorga de quarenta e dois mil votos. O povo costuma achar que tem responsabilidade para trazer as coisas aqui. Não se está trazendo foto com rosto, nada disso. Infelizmente, ela foi humilhada, violentada com palmadas fortes, com golpes, com agressões fortes na região dos glúteos. Uma verdadeira humilhação, Deputado Arnaldo. Tive a notícia feliz de que o governador do Ceará já afastou o comandante do curso, o diretor do curso e encaminhou para providências. Lamentavelmente, isso aqui, no final, no máximo, se fosse na justiça comum, ia virar uma lesão corporal leve, porque eles vão dizer que não teve perda de função por mais de 30 dias, e é capaz de um cidadão como esse, inclusive, ficar ainda na corporação. Tentei falar, há pouco, com o Secretário Maurício, acho que ele não viu a mensagem ainda, para saber o que o Maranhão vai fazer em termos de providências para defender essa policial e permitir que ela tenha acesso a todo acolhimento necessário dentro da Polícia Civil do Maranhão, porque não tem como a gente mandar nossas policiais femininas fazerem cursos fora para voltarem humilhadas de outros estados! Eu inclusive conclamo e vou fazer um pedido ao Governador Brandão para que se posicione em relação a isso aí porque, apesar do governador de Ceará ser do fim de mundo aí do PT, precisa ter uma reprimenda aqui do estado do Maranhão, uma solidarização com essa policial. O Governador Brandão sempre tem feito isso. Quando maranhenses são vítimas de violações, ele tem se posicionado, diferente do ministro da Justiça, comentarista de Roger Waters, de oração de pastor, de uma série de coisas. O espírito de censura geral dele, que inclusive é compartilhado pelos seus apêndices aqui no estado, lamentavelmente não permite que ele fale de alguém do PT, um governo do PT. Mas eu fico esperando aqui a manifestação do governador. O que eu digo é que já passou do tempo. Nós temos vários regramentos em defesa de policiais femininas dentro do regramento das corporações militares, fica agora uma lição para o olhar também dentro da Polícia Civil. A Polícia Civil que vem sendo sucateada há muitos anos, pegou 8 anos praticamente de taca do Jefferson Portela e do Flávio Dino. Como os policiais civis não estavam sob controle ideológico do seu Jefferson Portela, ele botou para arrebentar com a Polícia Civil. Visite uma delegacia do Maranhão que você vai ver a pobreza de recursos, o abandono que existe dos delegados. Tanto que passaram, foram chamados agora, se não me engano, 13, mas só assumiram 5 até o momento. Por quê? Porque a Polícia Civil foi destruída e agora precisa de um grande esforço de valorização, de reequipamentos dentro dela. Fazer de novo a Polícia Civil ter capacidade investigatória, essa missão ficou para o Governador Brandão. O que foi feito nos 8 anos anteriores é de entristecer qualquer pessoa, porque a segurança pública é um negócio sério. Como é que pode?! Vai num Plantão Central, na Delegacia de Costumes, é uma infinitude de ácaro, material que não funciona, computador sem funcionar, instalação elétrica em risco, banheiro insalubre. É uma imundice isso aí que o ministro da Justiça fez com a segurança pública do Maranhão. Quando ele saiu, arrebentou o caixa do Estado, executou o orçamento de 2022, todo em abril. Só deixou o troquinho para Brandão terminar o ano do custeio. Investimento, ele torrou todo até abril, por quê? Porque é personalista. Queria apenas resolver o seu governo. E aí o que aconteceu? Agora fica a bomba relógio ativada, todo dia, deputado, fale com o governador para nomear os 1.300 mil policiais que faltam, recebo todo santo dia e trago aqui, porque a segurança do Maranhão precisa, de fato dos 1.300 mil policiais. Só que perdemos mais de R$ 200.000 milhões de reais, por mês, de ICMS, quando foi reduzido. E agora, felizmente, parece que vai recompor um pouco, mas o estrago demora um pouco a ser resolvido, não adianta se pensar em segurança pública sem fazer uma reestruturação completa, não só da Polícia Militar, não adianta só tirar o bandido da rua, prender e não ter Polícia Civil para executar inquérito, e a visão do Jefferson Portela com patrão dele, com Flávio Dino, era essa inclusive. É de uma incompetência tamanha, que, depois de seis meses praticamente, nós já estamos aí o que terminando sexto mês, do Ministério da Justiça, tem um Projeto de Lei tratando sobre exploração de ouro. Não conseguiu fazer nada, que não fosse futrica, em rede social, bater boca com deputado, com senador. Comandar operações ilegais na casa até de senador da República. Mandou fazer busca e apreensão na casa do senador Marcos Do Val, por conta de um pendrive. O conluio de Flávio Dino com Alexandre de Moraes, manifesto nas ações. Alexandre de Moraes incluiu o senador por causa de duas declarações num inquérito, já existente. Busca e a apreensão na casa de um senador da República. No dia do aniversário do senador. Julgamento do Bolsonaro da inelegibilidade, no dia 22, para fazer alusão ao número do partido. Então, nós estamos vivenciando, e isso é importante que se diga. Nós estamos vivenciando a década da inconstitucionalidade. Essa década é a década da inconstitucionalidade. Faz ao arrepio da lei, tem 11 constituições, lá no Supremo Tribunal Federal, cada um faz de um jeito, cada um interpreta de um jeito, e tem um todo poderoso que avocou para si o papel de censurar. Quem conhece aqui aquele Monark da internet, acho que é uma parte aqui talvez conheça, o cara só fala besteira o dia todinho. Pois é, esse aí foi censurado, previamente, redes sociais todas abortadas, como ameaça à democracia. A pessoa com mínimo de bom senso que escuta o que aquele rapaz fala, não vai, de forma alguma, levar a sério a maioria das coisas. Fica meramente no plano das abstrações, mas o Alexandre Moraes, porque foi falado, mal falado pelo Monark, o que ele fez? Censurou, tirou de todas as redes. Aí eu fico a pensar até onde vão censurar a liberdade de pensamento das pessoas. Já estão invadindoe intimidando parlamentares, parlare, falar, dizer, expressar. Isso aqui, essa tribuna é um instituto da sociedade. Não é aqui o Deputado Yglésio que está falando. Muitas vezes chegam moções da sociedade, chegam denúncias, chegam argumentações que outros me trazem. Eu subo aqui, muitas vezes, para falar palavras de outras pessoas e digo com toda humildade, porque essa é a minha função. Agora veja só, se este Parlamento, este parlamentar ou qualquer outro parlamentar perder o direito à fala, o que vai ser de nós? Nós vamos nos transformar todos em joguetes, joguetes de Lula, joguetes de Flávio Dino, joguetes do que eles querem que façamos, como, infelizmente, a senadora Eliziane, que tinha uma história excelente aqui na passagem pela Assembleia Legislativa. Fez um bom trabalho aí na CPI da pedofilia, mas hoje está passando todo santo dia vergonha lá em Brasília. Todo santo dia, conduzindo a CPI em uma forma extremamente parcial, fazendo um jogo de escravidão do senador Flávio Dino. E deixo logo claro: zero relacionada à condição de mulher, mas, sim, à falta de condição de respeitabilidade própria, auto respeitabilidade, condição humana. Está fazendo o jogo e afundando as prerrogativas parlamentares, lamentavelmente. Então não sei até onde vai, daqui a pouco, o nosso direito de fala. Eu tenho, de vez em quando, aqui chega um processo para mim por coisas que eu falo na tribuna, tentando jogar para primeiro grau, tentando desconsiderar a imunidade parlamentar. Tudo isso aí por que as pessoas não querem a verdade muitas vezes, querem tentar intimidar. Quem quiser pode processar. Se o TJ daqui, de alguma forma, entender qualquer coisa diferente da imunidade, vamos continuar subindo, buscando o nosso direito até a última linha de defesa. Cercear palavra, censura prévia, coisas assim podam a alma. Gustave Flaubert dizia: censura é crime de lesa alma. Para que, Deputado Nagib, nós estamos vivos se a gente não pode pensar e falar o que pensamos. Imagina a escassez, a aridez de uma vida de alguém que quer falar algo e não pode. Tem que ser policiado o tempo todo, vítima de um estado sensor, opressor, vingativo, perseguidor. Imagina o que seria disso aqui se nós perdêssemos a nossa liberdade. Então é por isso que eu subo à tribuna, subo com coragem, subo com força de vontade para enfrentar esses problemas. Tem dia, claro, nós sentimos as pressões lá fora, as perseguições como todo tempo eu sinto do meu partido. Não querem me tirar do partido, porque querem me matar na unha, sufocado, asfixiado. O príncipe do Dino, filho afetivo dele, o Deputado Federal do PSB se arrepia de medo da minha participação na eleição. E pode perguntar para vários do PSB que foram nas últimas reuniões. Ele fica desesperado: não, não pode deixar o Yglésio ser candidato. Não pode, porque ele vai bater em mim. Olha o que ele tem medo: de debater ideias, por quê? Porque é incapaz. Porque foi forjado, infelizmente, numa rede de mentiras, nesse processo medíocre que a janonização da política. No Maranhão, infelizmente, cada vez mais se encontram esses difusores de fake news. Censura! Crime de lesa-alma, já dizia Flaubert.

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