05/07/2023 - Pequeno Expediente Carlos Lula Carlos Lula

Carlos Lula

Aniversário: 31/03
Profissão: Advogado, professor e escritor

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O SENHOR DEPUTADO CARLOS LULA (sem revisão do orador) – Senhor presidente, senhores deputados, senhoras deputadas. Estive nos últimos dias no Distrito Federal, Brasília, acompanhando a 17° Conferência Nacional de Saúde, de sorte que, no dia de ontem, participei, de maneira virtual, da Sessão, mas trago, deputado Cláudio, deputado Leandro, deputado Davi, trago da Conferência Nacional de Saúde, boas notícias. O tema desse ano foi: Garantir Direito, defender o SUS, a Vida, a Democracia amanhã vai ser outro dia. Reuniu mais 7mil pessoas, entre representante da Sociedade Civil, entidades, Fóruns Regional, a saúde inteira do Brasil está em Brasília, a Conferência finaliza no dia de hoje e a Conferência ela tem uma razão de ser, uma razão simbólica. A 8° Conferência Nacional de Saúde foi a Conferência que deu origem ao Sistema Único de Saúde, retomar com a 17° Conferência é reconquistar o SUS, afinal de contas, a gente passa a ter novamente um governo que acredita no Sistema Único de Saúde, que acredita na ciência, que acredita em fazer saúde pública, e que acredita que o Sistema de Saúde, é um grande Sistema de proteção social para sociedade. Mas, presidente Rodrigo, no dia de ontem, a gente fez um Minuto de Silêncio em razão do falecimento da filha do ex-Deputado Bira do Pindaré, nosso amigo, e quero aqui também registrar minhas condolências ao Bira, a Leyde, à família, aos amigos. A gente nunca sabe, a gente nunca está pronto para perder uma vida e muito menos perder uma vida que deveria esvair depois da vida de seus pais. A gente pensa nos nossos filhos, a gente pensa em nossa própria vida. E é uma dor que a gente queria não poder sentir. Perder um filho é perder parte de si. E eu tenho rezado muito nos últimos dias para que Deus possa amenizar o sofrimento e a dor no coração desses pais. Mas isso traz a necessidade e era um tema debatido na conferência, Presidente, de a gente poder debater e poder discutir a dimensão real da saúde mental em nossa sociedade. A gente vive, hoje, o que alguns filósofos chamam de sociedade do cansaço. É uma sociedade que perde a sua razão, perde sua essência e que é baseada em produtividade o tempo inteiro. E se a sociedade que Foucault estudou, onde ele falava do pan-óptico, falava das escolas, das prisões, dos hospícios, rendeu o que a gente chama de loucura. A sociedade de hoje está doente e ela entrega para a gente pessoas doentes e pessoas em depressão, no mais profundo abismo, onde simplesmente as pessoas se deixam de reconhecer e viver se torna um infortúnio tão difícil que, muitas vezes, elas põem fim à própria vida. Esse é um drama do século XXI. Drama não é bacteriológico, não é viral. O drama está nos nossos neurônios, está na nossa saúde mental. Deputado Florêncio, a gente tem um departamento de saúde mental na Secretaria de Saúde, mas eu faço aqui um pedido ao Governador Carlos Brandão, que ele possa aprimorar essa política, que ele possa criar uma Secretaria Adjunta voltada, apenas e tão somente, para a política de saúde mental, porque a gente vai viver esse drama nos próximos anos e nas próximas décadas e talvez a gente não esteja preparado. E eu peço minuto, Senhor Presidente, para terminar minha fala...

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO RODRIGO LAGO – Concedido, Deputado Lula.

O SENHOR DEPUTADO CARLOS LULA (sem revisão do orador) - A gente não esteja preparado enquanto sociedade para viver esse drama. Ontem, no dia de ontem, a Ministra Nísia Trindade está aumentando recursos para os CAPS, para os serviços de residência terapêutica, de modo que o SUS passa a ter um incremento de R$ 200.000 milhões ainda esse ano e vai poder dispender mais de R$ 400.000 milhões apenas para essa finalidade. A gente deve seguir também esse movimento. E esse é um pedido que eu faço ao Governador Carlos Brandão, que eu sei que acessível a essa causa. A gente precisa tratar a saúde mental enquanto maior problema da sociedade no século XXI, um grande problema da gente, dos nossos filhos, sobretudo dos mais novos. Que a gente possa compreender, entender, mas, sobretudo, tratar. É a doença do século XXI. É uma doença que muitas vezes a gente ainda não sabe como resolver. Então que a gente possa compreender a depressão e os outros problemas de saúde mental na dimensão que a sociedade merece. A gente precisa tratar e levar a saúde mental a sério. Essa era minha fala, senhor presidente.

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