21/09/2023 - Tempo dos Blocos Rodrigo Lago Rodrigo Lago

Rodrigo Lago

Aniversário: 13/07
Profissão: Advogado

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O SENHOR DEPUTADO RODRIGO LAGO (sem revisão do orador) - Senhora Presidente, senhores deputados, senhoras deputadas, membros da imprensa, da galeria, pessoas que nos acompanham pelos canais da TV Assembleia. Senhora presidente, esse ano, comemoramos três anos da abertura, no mês de maio, deputado Arnaldo, três anos de abertura do Hospital Regional de Lago da Pedra. Eu me recordo que eu estava no Palácio dos Leões, naquele momento era Secretário de Articulação Política do Governo e também Secretário de Comunicação, e ali foi uma guerra. Vivíamos a guerra contra o corona vírus, contra a covid-19, um vírus novo que, infelizmente, virou uma pandemia mundial e que também chegou ao Maranhão, como chegou ao Brasil e chegou a todos os cantos do nosso planeta, levando muitas vidas, causando muitos problemas de saúde para a população. E naquele momento, houve um esforço da equipe da Secretaria de Estado da Saúde liderada pelo nosso amigo, hoje Deputado Carlos Lula para exatamente regionalizar toda a rede de saúde de atenção à covid. Vários esforços foram feitos. Contratamos inclusive mais UTI aérea para carregar pacientes que, infelizmente, precisavam de apoio necessário ambulâncias, equipamentos, era muito difícil chegar no mercado internacional e adquirir todos os equipamentos necessários para a população. E esse esforço foi feito, na época, pelo ex-governador Flávio Dino, que foi atrás de comprar os equipamentos necessários para garantir que hoje nós podemos vir à tribuna e dizer que o Maranhão foi o Estado Brasileiro em que houve menos mortes, em termos proporcionais por conta do coronavírus. Isso não foi ao acaso, isso foi decorrência de muito trabalho, de muita dedicação, de vários profissionais de saúde, de vários profissionais da Secretaria de Estado da Saúde, da turma da Administração e, no caso específico, que eu vim tratar hoje aqui do Hospital Regional de Lago da Pedra fica aqui sempre a minha homenagem à equipe que conduziu e que abriu aquele hospital, houve também uma guerra política. Guerra política porque se dizia, na época, que abertura do Hospital Regional de Lago da Pedra atrairia o vírus para Lago da Pedra, como se o vírus não fosse chegar, naturalmente, mas eu quero fazer aqui uma homenagem aos heróis que aceitaram entrar no hospital, naquele momento, para garantir a sua abertura contra tudo e contra todos colocando as suas vidas em risco, colocando a vida dos seus familiares em risco, porque uma vez eles estavam em contato com pacientes adoentados pelo coronavirus, pela covid-19, eles próprios também poderiam se contaminar e talvez eles virassem pacientes. Por isso, fica essa minha homenagem. O governo, recentemente, há cerca de um mês, trocou a direção do hospital é razoável, é normal, é da política, a gente aceita e entende isso. Logo após essa troca, começou a ameaça de demissões do pessoal do hospital, pessoas que estavam lá, deputado Ricardo Arruda, desde 2020, desde a abertura, abriram o hospital e começaram a receber os pacientes, evitando o colapso do sistema de saúde no momento daquela grave pandemia que o Maranhão soube muito bem enfrentar, começou a ameaça de demissões, dessas ameaças fui ao Palácio dos Leões, conversei com o subsecretário da Casa Civil, Júlio Viana, conversei com o secretário de Articulação Política, Rubens Pereira, e as informações que eu recebi aqui que não haveria demissões, eram apenas boatos, a orientação do governo era nesse sentido, falei outro dia com o governador Carlos Brandão, que reiterou, a orientação do Governo é que não houvesse demissões, é que a equipe de trabalho, os técnicos, motoristas, recepcionistas, técnicos de enfermagem, enfermeiros, jamais seriam demitidos houve apenas uma troca no comando da casa e o comando do hospital agora sob a direção de uma vereadora que assumiu, tomou posse e começou o clima de terror. O que eram apenas boatos, apesar de toda a orientação do Palácio dos Leões, de toda a orientação do governador de que não haveria demissões, transformaram-se em realidade. Só aqui esta semana estou aqui com cinco demissões na mão. Cinco demissões emitidas. Convidaram os colaboradores. Aqui um motorista, função motorista, foi admitido em 02 de setembro de 2020, está lá praticamente desde o início, e foi demitido essa semana. Estou com outra demissão aqui de um assistente administrativo também contratado desde 2020. Estou com outro aqui também de um assistente administrativo contratado em junho de 2020. Abriu as portas do hospital há três anos. Estou com outro aqui de uma recepcionista contratado em 2020, novembro de 2020, também demitido esta semana. Estou com outro aqui de um técnico de enfermagem também demitido esta semana. Data de admissão: 08 de junho de 2020. Essas pessoas que abriram hospital contra tudo e contra todos, contra todo preconceito, inclusive político que havia na cidade, contra aqueles negacionistas que negavam o vírus, que negavam a pandemia, que trabalharam ardorosamente para poder salvar vidas, para proteger a integridade física das pessoas, agora recebem a carta de demissão. É óbvio que essas pessoas são celetistas e não há para elas a proteção da estabilidade, podem ser demitidas a qualquer tempo e sabem disso, mas não podem ser demitidas de forma imotivada e muito menos por critérios de perseguição política, critérios esses, como eu ouvi do governador, como eu ouvi do subsecretário da Casa Civil, como eu ouvi do secretário da Articulação Política, que não são a orientação do governo. Por isso eu faço essa manifestação aqui da tribuna para fazer essa advertência de que esses atos praticados pela nova gestão do Hospital Regional de Lago da Pedra representam atos de improbidade administrativa porque são desvirtuados dos princípios que devem reger a administração pública, dentre eles a impessoalidade. Não se deve ali escolher quem votou em A ou B, até porque todos votaram no governador e, mesmo que não tivessem votado, são profissionais contratados e dedicaram as suas vidas, durante três anos, a salvar vidas de outras pessoas de Lago da Pedra, por isso é muito injusto e, muito mais do que isso, são ilegais as demissões, poderão até ser revertidas no Poder Judiciário, e causam sim, isto sim, ato de improbidade da gestão atual que assumiu o hospital de Lago da Pedra. Portanto, fica aqui a minha advertência, já comuniquei ao governo, também estou comunicando à sociedade de Lago da Pedra, eu fui muito bem votado na cidade de Lago da Pedra e tenho responsabilidade pela melhor atenção dessa importante política pública que é a saúde. O Hospital de Lago da Pedra já realizou, somente agora no aniversário de três anos, mais de 300 mil atendimentos em Lago da Pedra, e esses atendimentos foram feitos por esses profissionais que agora foram convidados a sair, causando prejuízo ao erário, porque sairão dos cofres públicos as verbas indenizatórias da rescisão do contrato de trabalho de cada um deles. Por isso eu faço essa advertência e um apelo para que o governo faça cumprir a orientação do Palácio dos Leões, que é exatamente não haver demissões por perseguição política. Muito obrigado.

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