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O SENHOR DEPUTADO CARLOS LULA (sem revisão do orador) - Senhor Presidente, senhores deputados, senhoras deputadas, eu subo a esta tribuna dessa vez, meu líder Deputado Rafael, para fazer um debate que é necessário à Casa, mas, sobretudo, necessário ao Poder Executivo do Estado do Maranhão. A gente já entra na Ordem do Dia em poucos instantes, nós iremos votar um projeto que é importante para a sociedade, que é o aumento da remuneração dos servidores do Estado, mas a condução política foi completamente equivocada. E eu falo isso porque foi equivocada no começo, foi equivocada no meio e está sendo equivocada agora no final. Eu estou solicitando mais uma vez aqui à Mesa, já tinha feito isso em outras ocasiões e quero fazer isso formalmente, senhor presidente. É um erro essa galeria não estar cheia. Há representantes de servidores e de sindicatos, e não faz sentido esta Casa negar a participação dessas pessoas. Não faz sentido! Eu já tinha pedido à Presidente Iracema mais de uma vez. Eu já tinha usado esta tribuna para falar disso. Não faz sentido a gente ter medo do debate público. Não faz sentido a gente negar às pessoas o uso da galeria desta Casa para poder reclamar da gente. É natural que isso aconteça. É um erro de condução. Não faz sentido a gente negar às pessoas o uso da galeria desta Casa para poder reclamar da gente. É natural que isso aconteça. É um erro de condução. Não faz sentido, mas também não faz sentido as coisas acontecerem como vêm acontecendo. A gente soube pelas redes sociais que o governo teria enviado a essa Casa, no sábado, o projeto de lei. Desde sábado, a gente pediu o projeto de lei e, ontem à noite, já saindo aqui da Assembleia, eu recebo uma notícia em blog. O blog soube antes dos deputados. Então, a gente vai votar as coisas dessa forma? Não tem por quê. Ninguém está se negando. A gente sabe das dificuldades por que passa o país, não só o Maranhão, e esta Casa está disposta a ajudar o Poder Executivo, porque a gente não é só amigo na zona de facilidade, nas horas de dificuldade que a gente reconhece quem é leal, e esta Casa tem sido leal ao Poder Executivo, tem se ombreado ao Governador Carlos Brandão e nas dificuldades tem sido correta. A gente não faz aqui reclamação pública. A gente não debate determinadas situações que a gente sabe que decorrem de uma piora da das condições econômicas do país e do Estado, mas é preciso que essa lealdade seja correspondida com a Casa para que a gente possa debater isso de maneira correta, para que gente não tenha medo de debater o projeto. O projeto vem à Casa, a gente fica sabendo na véspera, à noite? É convidado para uma reunião, o secretário não pôde comparecer, chega um servidor, coitado! É constrangedor para a gente e é constrangedor para o servidor. Não há necessidade de as coisas serem conduzidas dessa forma. Eu peço, mais uma vez, com todo respeito, acho que o discurso que aqui faço é para tentar corrigir a rota da condução política, pois é possível conduzir melhor as coisas, é possível fazer um debate, a gente queria muito estabelecer uma mesa negociação, a gente não conseguiu por quê? Qual é o problema? A gente recebia aqui quantas vezes com o deputado Ricardo Arruda na comissão educação recebemos Sindicato dos Professores da Uema, a gente não tinha resposta para dar, porque simplesmente não tinha resposta, por parte do Poder Executivo. Por que levar as coisas dessa forma? Não há necessidade, a gente podia ter conduzido as coisas com muito mais facilidade e ter chegado à situação melhor. A gente está transformando uma pauta que é positiva, porque poucos Estados, deputado Wellington, concederam reajuste aos servidores esse ano três ou quatro, numa pauta de frustração, era para todo mundo está feliz aqui hoje, deputado Rafael, deputado Roberto e a gente conduz isso, para invés de ser uma pauta positiva para Casa, para o Poder Executivo, ser uma pauta de desgaste com os servidores do Estado. Não há necessidade, eu falo isso, com maior respeito, respeito, porque é só da base do governador Carlos Brandão, tenho defendido o governo, mas é necessário corrigir a rota, é necessário corrigir a rota para gente não bater a cabeça, porque é possível e com agendas positivas, a gente ter resultados positivos para o Estado. É essa a solicitação que eu faço, sobretudo, da articulação política do Governo do Estado que nesse caso errou no começo, errou no meio e tem errado agora no final, na finalização do projeto.